sexta-feira, 20 de junho de 2025

Propriedade

Assisti Propriedade (2023) de Daniel Bandeira na Netflix. Mais um filme que vi por indicação do instagram do Miguel Barbieri. Vi aos poucos, muito aos pouquinhos, porque é fortíssimo. Que filme forte!

Os trabalhadores de uma fazenda são avisados que não vão mais trabalhar lá e que podem acertar as suas contas e pegar os seus documentos. O filme é realizado em Pernambuco, na Fazenda Morim em São José da Coroa Grande. Aos poucos percebemos que os trabalhadores são o que chamamos hoje em dia de trabalho análogo a escravidão. Primeiro é proibido ficar com documentos das pessoas, depois há um caderninho com o que eles devem, que sempre é superior ao que eles tem pra receber, em geral eles devem dinheiro, pra que eles nunca recebam nada e fiquem presos ao trabalho e ao local. Eles viveram sempre no local, amam aquela terra e se revoltam, o filme desanda num grau que é absurdamente desconcertante. O elenco é incrível: Zuleika Ferreira, Carlos Amorim, Marcílio Moraes, Amara Rita Magalhães, Clebia Sousa, não em um único personagem desimportante em toda a engrenagem.
Os proprietários chegam na fazenda sem saber da rebelião. Malu Galli faz a esposa. Ela consegue se esconder no carro, mas o carro é novo, ela não sabe a senha pra ligar. Por sorte o marido blindou o carro. Enfim, o filme é uma agonia só, uma violência sem fim. Muito, mas muito reflexivo!

Beijos,
Pedrita

6 comentários:

  1. Pedrita, deve ser um filme realmente muito pesado. Deveria ser muito divulgado, para despertar a humanidade adormecida que existe na nossa sociedade.

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    1. heloísa, é q é difícil de assistir, pq é realmente urgente.

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  2. Atualmente, todas as práticas injustas instauradas no mundo estão sendo examinadas e expostas. Acho que por isso mesmo tem havido muito enfrentamento entre os que desejam o fim de tais práticas e os que querem que tudo continue “como sempre foi”, porque os beneficia.

    Beijo e bom fim de semana

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    1. marly, o filme fala exatamente. a tranquilidade dos q acham que tá tudo certo, eles não são donos da terra e viveram lá de graça, que partam sem direito algum. e aqueles que com ódio reagem a tanta injustiça.

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  3. Deve ser muito triste.
    Que angústia acompanhar essas pessoas tão abandonadas, tão desconcertante a injustiça, a maldade humana, o horror da escravidão moderna e a insensibilidade de temas tão complexos.

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