sábado, 13 de abril de 2019

Grupo Seisha Brasil de Koto

Assisti a apresentação do Grupo Seisha Brasil de Koto no IV SPHarpFestival no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Que linda apresentação. Foram 4 kotos, instrumento de cordas japonesas. O grupo toca canções tradicionais japonesas para difusão da cultura. Tamie Kitahara, Marcia Abe, Daisuke Takai, Alejandro Barrios e Alvaro Nishikawa, tocaram koto e Alexander Iwami Petzhold, shakuhachi. Incrível porque eu gosto de filmes japoneses então eu acabava vendo mentalmente imagens de filmes lindos que tinha visto, era como se a música me transportasse imediatamente a aquele universo, principalmente a filmes japoneses de época. Se forem na # abaixo, japonês, vão achar vários filmes que vi e comentei aqui. O grupo tocou também músicas infantis, tinham muitos orientais na plateia e alguns entoavam as canções. Fiquei imaginando as emoções que deviam sentir de lembrar da infância ou de filhos, netos. O evento foi gratuito.

Beijos,

Pedrita

quinta-feira, 11 de abril de 2019

O Nome da Morte

Assisti O Nome da Morte (2017) de Henrique Goldman no TelecinePlay. É um filme difícil de ver, baseado no livro de mesmo nome de Klester Cavalcanti, sobre Júlio Santana, um matador profissional que alvejou 492 pessoas.

O rapaz vivia com a família em uma área rural, não gostava em nada das atividades cotidianas. O tio aparece e leva o rapaz para a cidade, para ele ser policial. Assim que chegam na cidade o tio diz que ser policial não é fácil, tem que fazer concurso, que não tá aberto, mas que o rapaz vai ajudá-lo nos afazeres e começa a treinar o rapaz pra matar. No começo ele reluta, sofre muito, mas aos poucos vai se acostumando, querendo o dinheiro. Mostra bem a hipocrisia. Quando o rapaz vai pra outra cidade fazer o serviço, o tio deseja que ele vá com Deus. O matador volte e meia fazia o sinal da cruz antes de executar o serviço.

Quando ele se apaixona passa a querer muito dinheiro pra poder montar casa, pra ir viver com a mulher que acredita que ele é policial. Quando ela descobre o que o marido faz, ele passa a ter crises de consciência, fato que acontece mais algumas vezes, mas ele acaba voltando a função.

Eu não me choquei tanto com o número de mortos do matador, acho que quem começa a matar fica meio anestesiado e acaba banalizando a profissão. O que me assusta mais é que mais ou menos 492 pessoas pagaram alguém para resolver os seus problemas, pra matar alguém. Mesmo que o mandante seja o mesmo em alguns casos, é gente demais querendo resolver os seus conflitos a bala. Do Pará, o matador alvejou pessoas em 13 estados brasileiros. No filme chega até mostrar um líder de movimento sem terra que é morto a mando de um prefeito, mas boa parte dos mortos são pessoas comuns, de todos os tipos. O quanto o Brasil resolve as suas questões a bala, e o quanto esse país é violento. Marco Pigossi está incrível. O tio é interpretado por André Mattos, a esposa por Fabíula Nascimento, o amigo do tio por Gillray Coutinho. Há várias participações especiais: Tony Tornado, Matheus Nachtergaele, Martha Nowill e Augusto Madeira.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Fique Ligado

Assisti ao Fique Ligado na TV Brasil. Gosto muito desse programa que é diário e fala de cultura. Os apresentadores são Ana Luísa Médici e Gustavo Minari. Passa no Brasil todo então tem matérias com eventos culturais de vários estados. O programa começou falando do novo clipe da Fafá de Belém, O Resto do Resto que ela gravou no Viaduto do Chá em memória da sua ativa participação nas Diretas Jás. Da Bahia falaram de bibliotecas públicas. Gostei muito da mudança do painel atrás dos apresentadores. Ali passa trechos das matérias, do ao vivo. Fica muito bonito.
Falaram da reedição de Grande Sertão: Veredas de João Guimarães Rosa da Companhia das Letras.

Ao vivo estava o Duo Floratta com Tatiana Henna na harpa e a Letícia Castro na flauta. Tocaram três músicas, uma delas da trilha sonora de Coração Valente. Elas contaram que abrem o SPHarpFestival, Festival de Harpas, no CCBB SP, de graça.

Beijos,
Pedrita

domingo, 7 de abril de 2019

Proud Mary

Assisti Proud Mary (2018) de Babak Najafi na HBO On Demand. Faz um tempo que estava querendo ver esse filme, gosto muito da atriz, Taraji B. Henson, linda e talentosa.

Começa com a Mary se preparando, ela vai matar um homem. Ela vê depois que tem uma criança no apartamento. Um ano se passa, vemos o garoto fazendo serviços para o crime e Mary olhando-o. Ela cuida dele e começa uma bonita relação. Ele é interpretado por Jahi Di´Allo.

Ela faz parte de uma família. Como o garoto ela foi aliciada na infância para fazer pequenos crimes e foi sendo treinada para ser matadora profissional. O chefe da família é interpretado por Danny Glover, o filho dele por Billy Brown. O garoto participava de outra gangue. O final chega a ser cansativo e bem forçado na aventura, mas entretém.
Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Espelho da Vida

Assisti a novela Espelho da Vida (2018-2019) de Elizabeth Jhin na TV Globo. A direção foi de Pedro Vasconcelos. Amei! Entre as minhas novelas preferidas. Essa autora é sempre atacada por espíritas que dizem que ela erra a forma como acontecem as reencarnações. No Brasil acontece essa insistência religiosa de achar que a única religião que abraça a reencarnação é o espiritismo. e que o espiritismo sabe exatamente como é a reencarnação. São dois equívocos. Várias religiões orientais acreditam em reencarnação, com teorias completamente diferentes.

A própria autora diz que a novela dela é espiritualista. Eu que não sei se os fenômenos existem ou não e por achar que a autora arruma tudo muito bonitinho demais, vejo a novela como de fantasminhas. Mas acho que 007 resumiu bem, é uma novela fantasia. É isso. Os fenômenos existem para que se contem duas boas histórias no passado e no presente, uma trama profunda, como a autora já tinha feito com maestria em Além do Tempo.

Muito se reclamou do ritmo lento da novela, mas eu amei cada segundo e achei que se tivesse mais uma semana ou quinze dias as tramas se acomodariam melhor. Quase todos os personagens interpretam mais de um, seja na vida atual ou na vida passada. Victoria Strada estava majestosa como Cris/Júlia. O namorado dela, interpretado por João Vicente, é um cineasta e ela uma atriz de teatro. Ele precisa voltar a cidade de Rosa Branca porque seu avô está morrendo. Na cidade Cris fica surpresa e diz que já esteve lá. Ela acha então uma casa abandonada e passa a viver experiências no passado. Por um espelho, como em Outlander, ela vai ao passado e se vê como Júlia.
No passado, Júlia teria sido assassinada pelo seu amado Danilo, interpretado por Rafael Cardoso, que aparece na trama no passado e demora muito para aparecer no presente, podia ter aparecido um pouquinho antes. Cris passa a sofrer pressão por pessoas em Rosa Branca que querem que ela limpe o nome de Danilo e descubra quem realmente matou Júlia. Cris passa a ir e vir ao presente e ao passado e a novela passou a ser muito criticada por isso. Resolveram mudar algumas questões e eu fiquei apavorada de a trama se estragar, mas foram muito inteligentes. Depois de idas e vindas, Cris fica presa ao passado para ficar até Júlia ser morta. Então a trama nos dias de hoje passam a não contar com a protagonista. Para ajudar no entendimento, alguns personagens do presente dizem que o tempo do passado é outro. Então isso acomodou as licenças poéticas. 

Outra crítica seria sobre a turma do cinema, mas eu amava a produção de cinema, quem seria o ator que faria o personagem da novela do passado. As gravações, o elenco,m os figurantes, cada detalhe.

Bola era o braço direito de Alan no cinema, o assistente de direção que substituía o diretor quando necessário, Eu adoro esse ator, Robson Antunes. Ele tem um romance quente com Sheila, que atriz linda e talentosa, Dandara Albuquerque. A personagem não valia nada, no começo da trama está na cidade grande tentando uma vida melhor. Sua filha fica com o avô (Cosme dos Santos), que fofa essa menina, Maria Luiza Galhano. Eu queria mesmo que Bola ficasse com Sheila. Desde o começo a novela insinuava que ele ficaria com a competente produtora Daniela (Renata Tobelem), mas nunca deu química. E eu me incomodava com a ideia que gordinha só consegue gordinho pra namorar. Seria muito melhor ela ficar com algum galã de filme, bem mais jovem que ela e deslumbrante. Gordinhas também amam e muito. E Bola tinha muito mais química com Sheila. E Espelho da Vida falava muito em perdão. Seria bem mais bonito ele perdoar Sheila e ajudar a moça a ser alguém melhor.

Eu amava as crianças das novelas, lindas e talentosas. Priscila (Clara Galinari) e Jadson (Otávio Martins). Os dois tinham vidas difíceis nos dois tempos da novela. Como seus personagens sofriam e como estavam bem. A preparadora do elenco infantil é a Pequetita de Cabocla, a Mareliz Rodrigues que se especializou em ajudar jovens atores em novelas. E as crianças pareciam adorar porque volte e meia punham fotos com ela nas redes sociais.
As adolescentes também eram demais. Amei as atrizes Débora Ozório e Catarina de Carvalho. Mas se juntavam a elas outros atores muito bacanas Cadu Libonati, Guilherme Hamacek e Anna Rita Cerqueira.

Eu amei que Vera Fischer e Luciana Vendramini estavam no elenco. Elas vão pra Rosa Branca porque são grandes atrizes pra atuar no filme. Lindas as homenagens que fizeram a carreira da Vera Fischer. O elenco todo se reuniu para ver um trabalho da personagem e exibiram trechos de Riacho Doce e depois de um filme do Walter Hugo Khouri, que não vi e está entre meus diretores preferidos. Ela tem um grande amor nas duas tramas interpretado por Marcelo Escorel.
Espelho da Vida falou muito de perdão, mesmo quando é muito difícil perdoar. Grace (Patrícia Travassos) abandona a filha grávida quando ela mais precisa da mãe. O suposto pai do filho dela morreu, o ex-namorado foi embora depois da traição. A filha fica sozinha e grávida tendo que assumir tudo. Isabel era uma das grandes vilãs da trama em grandes personagens pra Alinne Moraes, que arrasou. Mas ela não é espancada no final após as maldades, muito pelo contrário, é salva pelo pai da filha dela. Vai presa em uma prisão psiquiátrica, mas recebe a visita da mãe e da filha com muito choro, carinhos e abraços. Muito inovador e necessário nos dias de hoje perdoar até mesmo quem tanto nos magoou.
São muitos personagens e atores maravilhosos. Irene Ravache está majestosa nos dois personagens. A doce Margot tem cenas dilacerantes sobre seu filho que foi sequestrado aos 5 anos. Mas a dura Hildegard do passado também está majestosa. Interessante que achei que Reginaldo Farias ia fazer só uma participação especial no início da novela. Ele morre logo no começo. Mas ele passa a aparecer, mesmo que Margot não veja, para ajudá-la. E depois seu personagem no passado está vivo. Com Patrick Sampaio acontece o mesmo. Parecia uma participação minúscula na trama, mas ele passa a vir como fantasminha e depois tendo um personagem completo no passado. Como seus personagens sofreram, que dó.
Fantasminhas foram muitos, eu amo trama de fantasminhas. Que personagens incríveis para Suzana Faini e para Emiliano Queiroz. Interessante que praticamente até o final nós não sabíamos se alguns personagens estavam vivos ou mortos. 

Tinha tanto personagem que eu gostava que eu fico tentando não esquecer nenhum. Amei a atriz que faz a Bendita e a Débora, Luciana Malcher. Ela foi uma verdadeira guardião da Júlia e da Piedade. E nos dias atuais uma grande atriz.

Júlia Lemmertz também ganhou grandes personagens. A sofrida Piedade, submissa ao marido e nos dias de hoje, uma mulher realizada e com um casamento feliz.

Felipe Camargo e Ângelo Antônio. tiveram dois grandes personagens em cada tempo da novela. Felipe surge como Américo, um pai relapso, alcoólatra, trambiqueiro e fazedor de filhos largados pelo mundo. No passado um coronel monstruoso e igualmente fazedor de filhos. Ângelo um padre no passado e um homem íntegro e dedicado a filha do primeiro casamento da esposa.

E que personagem para Ana Lucia Torre. Depois de despertar pra vida por um amor não correspondido, ela faz um texto maravilhoso achando que Américo está dormindo, agradecendo a ele por ter feito ela voltar a ter sentimentos, a se sentir bonita e a despertar para a vida. Ela acaba encontrando um par no final com o personagem de Roberto Perillo.
A pensão era uma delícia, as irmãs Zezé (Maria Mônica Passos) e Abigail (Andréa Dantas) proporcionaram deliciosos momentos. Zezé se apaixonava por qualquer um que chegasse na pensão, não importava se tivesse 25 anos, ela achava que qualquer um estava apaixonado por ela. Mas eram grandes os personagens também de Lenita (Luciana Paes), Marcelo (Nikolas Antunes), Martim (Wal Schneider), Letícia (Letícia Persiles) e Dalva (Andrea Bacellar), esses todos tiveram outros personagens no passado. Eu delirava cada vez que surgia no passado um personagem do presente. Kéfera Buchmann estava ótima. Disseram que ela estreava, sim, em novelas, mas ela já havia atuado em alguns filmes. Ficaram só no presente ainda outros personagens que gostava muito Mauro César (Rômulo Arantes Neto), Tavares (Marcelo Laham), Neusa (Flavia Garrafa), Sergio (Márcio Machado), Josi (Thati Lopes), Claudio (Pedroca Monteiro), Jorge (Miguel Coelho), Padre Léo (José Santa Cruz), Emiliano (Evandro Mesquita) e Valdete (Rosana Dias).

No final inclusive, após o assassinato de Julia, o elenco todo estava entre os curiosos. Imagino o trabalhão que foi preparar cada ator em figurino de época para a cena. Tudo era primoroso. Foram feitos dois casarões no cenário. Um com cara velha e caindo aos pedaços e outro novinho para as gravações duas épocas. A trilha sonora também é incrível.

Sérgio Santos do De Olho nos Detalhes também amou a novela e escreveu vários textos sobre a trama.

Beijos,
Pedrita