sexta-feira, 6 de maio de 2022

Pares Díspares de Giovanna Nucci

Fui a exposição Pares Díspares no Centro Cultura Fiesp. São 30 fotografias de Giovanna Nucci, em pares, com imagens de São Paulo e Rio de Janeiro, fascinante! E que fotos lindas!

Muita emoção ver os dois Theatros Municipais que proporcionaram tantos momentos mágicos.
Detalhes de arquitetura! A curadoria é de Enock Sacramento

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 5 de maio de 2022

A Luz do Farol de Colm Tóibín

Terminei de ler A Luz do Farol (1999) de Colm Tóibín da Companhia das Letras. Foi o livro errado na hora errada. Sim, é incrível, como escreve bem, mas eu queria um livro diferente para esse período.

O marcador de livros é um peixe.

Obra Farol de Bell Rock (1819) de William Turner

Eu não costumo ler detalhes do livro que escolhi, comprei esse na última Feira do Livro da USP que foi virtual. Se eu tivesse descoberto o eixo central teria deixado pra ler em outro momento. Apesar do livro difícil, a trama me prendeu tanto que não queria parar de ler, que não queria fazer outra coisa. Esse autor escreve divinamente bem. 
Obra Columbina; O Selvagem de Kirsten Flagstade (1972-74) de Colin Middlenton

Começa com a família da protagonista. É uma festa em sua casa, ela e o marido tem um ótimo relacionamento e dois filhos. Há muitos músicos na festa, inclusive o marido. No dia seguinte um amigo do irmão a procura e ela fica sabendo que o irmão está muito doente, soropositivo, ele está com doenças oportunistas e provavelmente perdendo a batalha. A irmã nunca soube que o irmão estava soropositivo. Ele pede que ela conte a mãe e a avó, ela não fala com as duas há décadas. O hospital autoriza que o irmão saia de lá e passe uns dias com a família. Ele resolve ir na casa da avó, em um penhasco em uma praia da Irlanda. Algumas casas já despencaram na região e a da avó não parece que será diferente.
Obra Mulher Nua (1963) de Francis Bacon

Seguem para essa casa o irmão, dois amigos que cuidam dele, a irmã e a mãe. A avó vive lá sozinha. Nesse lugar todos começam a ter longas conversas sobre o passado e o presente. Conversas tensas, cheias de rancor. que texto primoroso. A mãe e a avó são autoritárias exacerbadamente, elas querem decidir tudo o que os outros fazem, acho que se pudessem até mudar o passado iam querer. E uma quer mandar na outra também. Como o autor sabe desenvolver a narrativa e ir colocando os debates e desconfortos no cotidiano deles. Gostei muito também como termina. Brilhante! Fiquei com vontade de ler outras obras do autor.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 3 de maio de 2022

Era Uma Vez o Moderno


Fui na exposição Era uma Vez o Moderno (1910-1944) no Sesi.  A mostra é uma parceria entre o Centro Cultural Fiesp (CCF) e o Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB/USP). São obras de artes, cartas, manuscritos, fotos de artistas envolvidos nos movimentos de arte moderna. A curadoria é de Luiz Armando Bagolin e Fabrício Reine.

Obras Auto Retrato (1922) de Tarsila do AmaralEstrela da Manhã, de Manuel Bandeira de Tomás Santa Rosa Jr.

Obra O Mamoeiro (1925) de Tarsila do Amaral

São obras de Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Manuel Bandeira, Cícero Dias, Di Cavalcanti, Osvaldo Goeldi, Ismael Néry, Guilherme de Almeida, Gilberto Freire, entre outros. A montagem é linda, tudo muito colorido, com muitas obras que gosto e algumas que nunca tinha visto ao vivo. gostei demais! A mostra segue até 29 de maio e é gratuita.
 Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 28 de abril de 2022

Cidadã de Segunda Classe de Buchi Emecheta

Terminei de ler Cidadã de Segunda Classe (1974) de Buchi Emecheta da Dublinense. Eu amo essa autora! O primeiro que li foi No Fundo do Poço que comentei aqui.

O marcador de livros é um tapete.
 

Obra Have You Heard II (2010) de Bruce Onobrakpeya

O anterior que li é a continuação desse. A autora escreveu primeiro o outro e depois esse. Com o distanciamento, eu até questionava porque amava tanto a autora. No primeiro parágrafo lembrei o motivo, que escritora, que texto. A história desse consegue ser pior que a outra, como se isso fosse possível. Buchi conta a história de uma personagem, Adah, que se mistura com a sua, ficção e realidade. Ela não é muito crítica aos horrores dos costumes da sua terra, mas nós ficamos aterrorizados, o machismo é nocivo como no Brasil, com algumas características diferentes.

Obra Competition V (2010) de Ndidi Dike

Aos 11 anos Adah fica órfã e vai morar com outros parentes que ficam muito felizes, já que ela vai fazer todos os afazeres domésticos, muito parecido com o que acontece no Brasil. Como ela estudava e amava estudar ela dá um jeito de conseguir bolsas de estudos pra continuar estudando, mas não poderia jamais deixar de fazer tudo o que mandavam na casa. Depois a única saída daquele inferno era casar, então aos 16 ela se casa. A vida melhorou consideravelmente, ela conseguiu um bom emprego e como costume, sustentava o marido e os sogros. Os três que decidiam tudo. Tudo o que ela desejava, os três se reuniam e depois ela era informada da decisão. Mesmo ela sustentava todo mundo, ela era submissa a eles, como era o costume. Ela convence o marido que seria bom viver na Inglaterra, a Nigéria ainda era posse da Inglaterra. A família se reúne sem ela, concorda, mas o marido iria primeiro. O marido iria estudar lá e a esposa iria sustentá-lo como já fazia Na Nigéria.
Obra Triplas (2020) de Olaoluwa Smith

Na Inglaterra a situação se agrava. Adah agora tem dois filhos e grávida do terceiro. Continua trabalhando e sustentando a casa. Como no Brasil, é muito difícil alugar quartos quando se tem crianças. O marido só estuda, o que até isso eu duvido. Ele passa a espancá-la, manipulá-la. Ela só consegue se libertar dele bem depois e descobre que está grávida do quinto filho. A história segue então no livro que mencionei aqui.

Obra Dançarinos Africanos (1963) de Ben Enwonwu

Trecho de Cidadã de Segunda Classe de Buchi Emecheta:

“Adah rompeu em prantos. Por quê? Qual era o problema?, quis saber o grande homem. Os médicos chegaram a conclusão de que era depressão pós-parto. Adah não conseguia parar de chorar. Não queria parar porque poderia cair em tentação de contar a verdade a eles. Poderia cair em tentação de lhes contar que pela primeira vez na vida detestava ser quem era. Por que ela não podia ser amada como um indivíduo, do jeito que a mulher composta estava sendo amada, amada pelo que era, e não apenar por ser capaz de trabalhar e passar adiante o dinheiro, como uma criança comportada? Por que ela não podia ser abençoada com um marido como o daquela mulher que tivera de esperar dezessete anos pela chegada do primeiro filhinho? O mundo inteiro parecia desigual, tão injusto. Algumas pessoas eram criadas com todas as coisas boas prontinhas à espera delas, outras apenas como enganos”.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 27 de abril de 2022

The Masked Singer - Brasil - 2ª Temporada

Assisti a 2ª Temporada de Masked Singer Brasil ( 2022) na TV Globo. A final terminei de ver no Multishow. Eu amei que foi para o domingo à tarde, mas também é legal porque dá pra ver a hora que quiser no Multishow, um dia depois que passou. Adorei! Já tinha gostado muito do primeiro e esse me emocionou muito. O Dragão não era o meu favorito, mas sim, ele emocionou muito e eu adoro o David Junior.

Nessa edição eu tinha muitos preferidos. Adoro a Leticia Colin e gostava muito da motoqueira, achei que ela saiu cedo demais. Eu já tinha visto a atriz cantar maravilhosamente em O Despertar da Primavera. Eu não gostava do caranguejo que amavam e fiquei com muita culpa de não gostar quando descobri que é a excelente Aline Wirley, canta muito e eu fui implicar com a fantasia. Uma graça a coxinha ser a Heloísa Perissé.

Adorava a leoa, cheguei a achar que pudesse ser a Wanessa Camargo porque ela dança muito. Foi uma surpresa ver que a Lucy Alves além de cantar maravilhosamente, também dança muito. Que talento! A fantasia de leoa era muito linda!

Que surpresa ser a Isabel Fillardis o Abacaxi. A Taís Araújo afirmava muito que era ela, que ela cantava muito, mas eu não imaginava que ela cantava, muito menos daquela forma. Tem uns vídeos dela cantando no youtube que são impressionantes. Eu adoro essa atriz e agora essa cantora. 

Dessa vez Tatá Werneck integrou os jurados. Foi muito divertido! Ela não estará na próxima. Gostei também que fizeram programas temáticos, temas de novelas, de carnaval. Os figurinos de todos eram impecáveis, os jurados também vinham com roupas especiais, muito colorido, brilho. Ótimos Taís Araújo, Rodrigo Lombardi e Eduardo Sterblitch. Bem como os jurados convidados. 
Gosto da positividade do programa, possivelmente orientam que o artista se predispõe a usar aquela fantasia que nem sempre é confortável, participar da brincadeira, que é uma grande entrega. Ensaios, preparação, então todos são o tempo todo elogiados por terem aceito participar da brincadeira. É um programa positivo, onde todos se elogiam, a brincadeira é descobrir o mascarado. Gostamos de escolher o melhor número, a melhor canção, mas não é o motivo principal. 
O capricho é tanto que criaram uma camaleoa para o número final do Camaleão. Gostei muito que era o Thiago Fragoso e logo já sabíamos. Fragoso participa muito de musicais, mereceu o segundo lugar.

Adorei que Juan Paiva era o robô e igualmente não tinha ideia que cantava. Fiquei curiosa qual era o mecanismo que fazia aparecer olho triste, coração, já que eles enxergam muito pouco dentro da fantasia.



Beijos, 
Pedrita