O marcador de livro é da Livraria Cultura com obra naief de Lucia Buccini
Obra Café (1935) de Cândido Portinari
O livro veio depois de uma tese. A pesquisadora e historiadora estudou o colonato, prática utilizada para os imigrantes europeus que vieram em massa ao Brasil para trabalhar noas lavouras de café. Conhecia um pouco do tema que estudei na escola, complementado pelas novelas na TV Globo, mas queria conhecer mais sobre o assunto.
Obra naief de Lucia Buccini
A autora focou na Fazenda de Santa Gertrudes em Rio Claro. Na obra, ela conta que é a fazenda que encontrou mais documentos, fotos, relatórios sobre o período. A Fazenda Santa Gertrudes preferia imigrantes italianos. Tinham de outras nacionalidades, mas a predominância era de italianos. Tinham ainda negros e portugueses. Diferente de outras fazendas, teve muito pouco japoneses, os poucos que vieram partiram logo. Bassanezi acha que as diferenças culturais devem ter afastado esses imigrantes. Todas as relações eram na fazenda, trabalhavam demasiadamente, tinham ainda pedaços pequenos de terra a meia, então quando os imigrantes tinham tempo investiam em suas pequenas propriedades. Criavam porcos, galinhas, tinham horta, boa parte para a sua própria subsistência. Os porcos vendiam na cidade já que pagavam melhor. Poucos conseguiam juntar dinheiro e no futuro conseguiram comprar terras ou abrir negócios na cidade.
Obra Colheita do Café de Antonio Ferrigno
A historiadora relata que os casamentos eram realizados entre os colonos da mesma fazenda, com raras exceções. Mas ela conta a rotina de trabalho, então os colonos pouco tinham tempo de ir a outros lugares. Mesmo as festas religiosas aconteciam na própria fazenda que tinha igreja e missas realizadas lá mesmo. Então os colonos tinham mais chance de conhecer entre os moradores da própria fazenda que trabalhavam.
Obra Colheita do Café (1984) de Manoel Costa
Era alta a mortalidade. As mulheres em geral por problemas ligados ao parto. As mulheres casavam novamente se tinham até 30 anos, quando ainda estavam no período mais fértil para ter filhos e tinham ficado viúvas cedo. Após os 40 anos, a maioria não casava novamente. Bassanezi acredita que se a Fazenda Santa Gertrudes tivesse alguns cuidados já existentes na época a mortalidade infantil seria menor. Como usar botas, alguns hábitos de higiene. Gostei da obra e é uma bela edição. Há várias fotos históricas, gráficos, uma bibliografia extensa.
Beijos,
Pedrita
Sou apaixonada por café e por História então creio que vou gostar muito dessa obra que deve contar com muitas referências.
ResponderExcluirAaahhh tb vou começar a anotar onde pego a indicação ao lado do livro/filme/obra.
Sempre penso em me organizar para o próximo ano (daí ele termina e eu não fiz nada rsrs)
Ótimo 2020 pra ti!
Bjs Luli
https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br
luli, tb adoro café. e fazendas de café. eu me organizo mais ou menos. o blog ajuda bastante.
ExcluirCuriosamente nunca li nenhum romance passado em fazendas no Brasil e apenas um numa roça em São Tomé e Príncipe, apesar de até ser tema de várias novelas que por cá passaram e provenientes de escritores brasileiros.
ResponderExcluirDeduzi que este livro é uma crónica ou exposição histórica e não ficção. Certo?
carlos, realmente o tema tem mais novelas q livros. esse livro foi uma tese acadêmica q ela transformou para a edição. deduziu certo.
ExcluirNem sou fã de café(tomar café) mas tenho curiosidade de conhecer essa história que é real.
ResponderExcluirPosso até ler uma amostra no Kindle e vê se é interessante.
Sou a mulher das lista.
Tenho tantas que vc nem calcula.
Geralmente quando estou no computador ou no Smartfone vou vendo coisas que me interessa e anoto em papeis soltos.
Depois tento colocar nos locais certo.
Tenho agendas antigas que uso para isso.
Bjs,
liliane, amo café e o tema. principalmente fazendas de café. eu tb tenho bastante lista. atualmente mais no computador.
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