sábado, 3 de agosto de 2013

Chove Sobre Minha Infância

Terminei de ler Chove Sobre Minha Infância (2000) de Miguel Sanches Neto da Editora Record. Eu comprei esse livro em uma promoção na FNAC online, no site a foto era a da primeira edição, mas chegou a dessa capa da segunda edição. E qual não foi a minha surpresa de ver que as orelhas trazem texto do Júlio Pimentel Pinto, blogueiro que me apresentou esse autor? O blog do Júlio Pimentel Pinto está praticamente desativado, mas vale uma visita, há ótimos textos. O do Miguel Sanches Neto já foi desativado. Chove Sobre Minha Infância é ambientado no Paraná, é o primeiro livro desse autor e o terceiro que li dele. Amei!

Essa é a capa da primeira edição. Adoro essa capa, mas a atual também é lindíssima. Acho que essa capa resume melhor a obra.

Em tudo o que lia do livro Chove Sobre Minha Infância ressaltavam constantemente que não é uma autobiografia. Que há aspectos da vida do autor, mas que não é uma autobiografia.  Fiquei encantada com a obra! Começa com uma criança contando sobre a sua infância, difícil acreditar que não é uma criança contando, esquecia várias vezes que o livro não foi escrito por uma criança. A passagem para a adolescência deu a mesma sensação, parecia um adolescente rebelde, mais rebelde que os aspectos da idade, relatando. Na parte da infância do personagem, amei os relatos das frutas, e como as frutas contaram a história.


Miguel Sanches Neto por Hugo Harada

Há várias mudanças na vida desse menino, muitas delas não favoráveis e fiquei perplexa ao constatar o quanto o Brasil investe pouco no estudo, na cultura e na formação dos indivíduos. Não é culpa do padrasto não acreditar nos livros, é o universo dos brasileiros. As escolas são precárias, porque os professores também tem pouco do universo cultural em suas vidas. A maioria vive do que produz, tem pouco acesso a cultura e desconhecem outros universos. Sempre me impressiono negativamente o quanto o Brasil cria braços fortes e batalhadores para serviços e cria muito pouco pessoas críticas e estudadas. Gostei muito que o autor menciona livros de sua formação na obra e da maioria ser de brasileiros.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Fausto

Assisti Fausto (2011) de Alexander Sokurov no Telecine Cult. Esse filme é baseado no texto de Johann Wolfgang Von Goethe e é uma obra prima. No início Marcelo Janot falou do filme, que o tom sépia é feito pelo mesmo do filme Amélie Poulan. Eu não li essa obra do Goethe, só li o Dr. Fausto do Thomas Mann que é apaixonante. Eu vi alguns trechos do texto que foram musicados em um recital. Em 2011, vi A Arca Russa desse mesmo diretor e comentei aqui.

Criador e criatura se encontram. Um médico disseca corpos para tentar descobrir onde está a alma. Até que encontra um mercador muito rico e começam a caminhar juntos. É aí que a musa aparece e o desejo de possuí-la. Tudo nesse filme é fascinante. No elenco estão: Johannes Zeiler, Isolda Dychauk, Anton Adasinsky e Georg Friedrich. Fausto é vencedor do Festival de Veneza.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Recital Schumann

Assisti ao Recital Schumann nos Recitais Eubiose. Se apresentaram o Quarteto Quadrus Chordarum e a pianista Liliane Kans. O quarteto é formado por Alexandre Cunha e Edgar Leite, violino, Davi Caverni, viola e Alberto Kanji, violoncelo. Eles interpretaram o Quarteto opus 47 e o Quintento opus 44 de Robert Schumann. Foi um bonito recital com um lindo programa.
Beijos
Pedrita

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Skyfall

Assisti Skyfall (2012) de Sam Mendes no Telecine Premium. O 007 ficou de fazer um post sobre esse filme quando assistiu, mas não fez, então vocês vão ter que se contentar com o meu. Eu não gostei de Skyfall, espero que o 007 escreva para defender o filme.

Eu achei cansativa aquela perseguição de gato e rato, no filme rato e rato. Foi muito chato. E aquele poeminha declamado pela M. no tribunal muito equivocado, percebe-se realmente que o roteirista não lê história atual de outros países para compreender que os inimigos atuais não são invisíveis. E compreender um pouco de psicologia para saber que lunático tem sempre em qualquer época. Não entendi também porque o 007 não beijou a outra agente interpretada pela Naomie Harris, ou será que entendi muito bem.

Achei muito caricato o personagem do Javier Bardem, parecia muito com os vilões dos filmes do Batman. Acho que esse distanciamento do real nesse 007 foi o que mais me incomodou. Skyfall é muito fantasioso. Gostava muito mais dos 007 recentes, com o Daniel Craig, porque eram bem realistas. Alguns outros do elenco são: Judi Dench, Ralph Fiennes, Albert Finney, Ben Whishaw e Rory Kinnear. O começo é ótimo, ágil, inteligente. Belíssima a canção de Paul Epworth interpretada pela Adele que ganhou o Oscar.
Beijos,
Pedrita