sábado, 1 de março de 2008

Nunca Fale com Estranhos

Assisti Nunca Fale com Estranhos (1995) de Peter Hall no Telecine Action. Uma c-produção entre Estados Unidos, Canadá e Alemanha. Vocês não acreditam como é difícil achar um filme pra assistir às sextas-feiras. O Telecine Cult coloca às 22hs filmes dos anos 80 ou 90, vários muito questionáveis pra Cult, beirando a péssimos. Muitos são aqueles filminhos mal feitos para adolescentes e sempre acho que o programador foi adolescente nessa época e confunde qualidade com o que gostava na tenra idade. Os HBO acham que todo mundo se diverte e ama comédia retardada depois de uma semana de trabalho. Eu fico com alergia. Só passam comédias altamente duvidosas e de péssima qualidade. Eu adoro ver filmes às sextas-feiras e é sempre um sofrimento. É o 007 que sempre me ajuda a escolher entre as opções comerciais, qual deve ser a menos ruinzinha. Ele que me ajudou a escolher Queridinhos da América, que era fraquinha, mas divertida.


Nunca Fale com Estranhos fui eu que escolhi, comentei com o 007 que se o Antonio Banderas aparecesse uma única vez nu já valeria ver o filme. E foi o que aconteceu. Não só ele aparece nu como em uma longa cena com a mulher do filme. A cena da transa é muito linda, vocês vão gostar. A música é bem chatinha, mas as cenas são muito bonitas e ele é lindo de doer. Mas Nunca Fale com Estranhos é muito ruim, muito mesmo. Clichê do começo ao fim, música muito ruim, um roteiro de Lewis A. Green e Jordan Rush ultra-machista. Banderas contracena com a bela Rebecca De Mornay. A direção é bem ruim e os dois estão péssimos, mas a cena deles transando é bonita.

Nossa protagonista é uma psicóloga. Ela tem que analisar um homem que foi condenado a pena de morte, se ele tem problemas mentais que o salvem da morte. Ela mora sozinha e conhece o Banderas. Nunca Fale com Estranhos tem furos demais. Ela diz que se protege, mas mal conheceu o cara aceita um convite pra degustar um vinho no apartamento dele. Nem se dá ao trabalho de marcar em um lugar público. Quando no final descobrimos o suspense tudo começa a se desencaixar, fica totalmente sem sentido, uma bobagem só. Um detetive particular é contratado, mas ele desaparece em um momento do filme e nunca mais ouvimos falar dele. Tem todos aqueles clichês de que se alguém sofreu na infância então... Blá, blá, blá. Muito ruinzinho.

Música do post: pino_donaggio-sally_and_jack


Beijos,


Pedrita

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

80ª Cerimônia do Oscar

Assisti a 80ª Cerimônia do Oscar nos canais E!, TNT e Rede Globo, exatamente nessa ordem. O 007 que me avisou uma vez que o E! passa sempre os vestidos antes, abaixo há um post especial sobre o Tapete Vermelho. Depois a TNT passa um pouco da festa e toda a cerimônia e por último a TV Globo que apesar de comprar a exclusividade dos direitos de exibição, impede que aqueles que só tenham a tv aberta assistam a maior parte da festa porque não antecipam sua programação como fazem com o futebol e o carnaval. Passam depois de tudo mesmo. Deveriam permitir que outra tv aberta passasse desde o começo a cerimônia, seria bem mais profissional.
Já faz uns anos que os meus leitores cobram que eu faça um post sobre a cobertura do Oscar. Eu amo de paixão essa festa americana, em janeiro já anoto a data e começo a contagem regressiva. Não sei se sabem, mas eu e um grupo de amigos fazíamos a cobertura ao vivo nos blogs da festa. Foi quando comecei a vestir as minhas bonequinhas para o Oscar. Uma amiga fazia o layout especial para a festa. Pioneiras na cobertura do Oscar em blogs no Brasil, fizemos isso por uns vários anos, o primeiro foi há uns cinco anos atrás. Depois muitos veículos de comunicação começaram a fazer, muitos blogueiros e paramos.
Eu me sinto um pouco desconfortável de comentar a festa já que tenho visto poucos dos filmes que tem concorrido. Esse ano amei os dois únicos que vi, Desejo e Reparação e Sangue Negro, não vi o vencedor. Portanto vou comentar em mais detalhes os que pude conferir. Rubens Ewald Filho amou Desejo e Reparação como eu e queria que fosse o vencedor, mas como o filme não concorria a diretor, ele achava que seria difícil ganhar, e estava certo. Ganhou Onde os Fracos Não Têm Vez dos irmãos Coen, que deu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante ao maravilhoso Javier Bardem. Também adorei o prêmio de Melhor Ator para o Daniel Day-Lewis, eu sou apaixonada por esse ator e ele arrasa em Sangue Negro. Apesar de gostar demais de Sangue Negro achava difícil ganhar melhor filme, por ser realmente um filme difícil. Achava que Desejo e Reparação tinha mais o perfil do Oscar, mas continuava achando que dessa vez iam premiar o dos irmãos Coen e foi realmente o que aconteceu.
Tanto eu, como o 007 e a Marion amamos que a Marion Cotillard ganhou o Oscar de Melhor Atriz por Piaf. Eu e o 007 não vimos Piaf, mas nos emocionamos com essa premiação. Acho que o que mais me empolgou foi o fato de grandes prêmios saírem para atores não americanos. Outro comentário de todos os críticos era de quanto o Oscar desse ano teria indicado grandes filmes, mesmo que eles não fossem tão convencionais, mesmo o vencedor fugia muito ao estilo conservador da Academia e isso fazia dessa edição algo muito especial.

Também é a 80ª Cerimônia do Oscar o que permitiu inúmeras imagens comemorativas mostrando grandes premiados nesses oitenta anos e foram realmente grandes momentos.

Eu nunca gostei do estilo Oscar de apresentar a cerimônia. Sempre alguém que segundo eles é um comediante e vai fazer a platéia rir. Mais uma vez foi um horror, piadas de mal gosto, sem graça, um tédio só. O 007 também detestou.

As canções também eram terríveis. O filme Encantado teve quatro indicações e uma música era pior do que a outra, eram literalmente assustadoras. Por sorte nenhuma ganhou. Glen Hansard e Marketa Irglova ganharam pela canção Once do filme Falling Slowly. Eram realmente os menos ruinzinhos.
Música do post: Glen Hansard and Marketa Irglova - Falling Slowly

e


Beijos,


Pedrita

80ª Cerimônia do Oscar - Tapete Vermelho

A 80ª Cerimônia do Oscar foi a das grávidas e dos vestidos vermelhos. Ao lado a foto das três grávidas Jessica Alba, Nicole Kidman e Cate Blanchett. Isso porque a Angelina Jolie não foi a cerimônia. Os vestidos das três eram lindos e elas estavam esfuzeantes. O canal E! foi impecável em mostrar muitos vestidos, muitas personalidades no tapete vermelho. O TNT convidou pra a prévia uma especialista em moda, mas o canal não mostrou os vestidos, às vezes só o rosto e a moça praticamente não serviu pra nada. O bom é que eu tenho o E! e olhava os vestidos de lá e vou poder comentar melhor. A Marion como eu também adora ver os vestidos do Oscar.

A quantidade de vestidos vermelhos chegava a incomodar. Li que os estilistas avisaram que o tempo não estava adeqüado para roupas com muitos brilhos e que muitas mudaram seus figurinos na última hora. Adorei esse da Heidi Klum.


Elogiaram muito o vestido da Anne Hathaway, mas não foi o meu preferido.


Eu gostei muito do vestido da Jennifer Garner do elenco do filme Juno. Todos elogiavam muito a belíssima gargantilha.


Amy Ryan também está muito elegante. Foi a primeira que vi no tapete vermelho.


Marion Cotillard estava com um vestido de escamas, como uma sereia, eu não gostei muito. Alguns elogiaram.
Eu adorei o vestido da mulher que acompanhava o belíssimo George Clooney, que esbanjava simpatia. Ela é a Sarah Larson, muito bonita e elegante.


Definitivamente esse era o pior vestido da festa. É a Diablo Cody, roteirista de Juno que ganhou o Oscar de Melhor Roteiro e subiu assim ao palco. Até concordo que o vestido tem a ver com a personalidade dela, é uma ex-stripper, mas realmente era bem ruim. Eu não gostei nem um pouco também do vestido cortina sem fazer a costura da Tilda Swinton.

Fiquei muito feliz de ver o belíssimo Johnny Deep com a Vanessa Paradis. Eu adoro essa atriz, fazem um lindo casal. O vestido dela até que era estranho, mas achei que tem muito a ver com a personalidade dela.


e

Beijos,

Pedrita

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Corra, Lola, Corra

Assisti ao filme alemão Corra, Lola, Corra (1998) de Tom Tykwer, que também assina o roteiro, no Maxprime. Esse filme era encantado. Tentei vê-lo no cinema umas duas vezes, sempre aconteciam imprevistos. Na tv a cabo foi o mesmo. Valeu a espera, é absoutamente genial! Eu me lembrava na época que muitos falavam que o filme parecia um videoclipe e realmente lembra bem. Há várias linguagens de cinema, edição impecável, animação, muito bom.


Eu sabia que nossa protagonista passava o filme todo correndo para salvar o seu namorado de uma confusão politicamente incorreta, mas não sabia que na verdade ela corre 20 minutos, a história que se reconta três vezes de formas diferentes. É de uma genialidade incrível!

Eu tentei localizar imagens da animação, mas não achei, só achei um vídeo no youtube com a abertura que já mostra várias linguagens do cinema.


Nossos protagonistas são: Franka Potente e Moritz Bleibtreu. Aparecem muitos outros personagens em flashs e em ótima edição ficamos sabendo como serão suas vidas. É tudo muito inteligente! A trilha sonora também é maravilhosa, inclusive a protagonista e o diretor têm músicas no filme. São músicas de: Reinhold Heil, Johnny Klimek, Franka Potente e Tom Tykwer.

Corra, Lola, Corra ganhou prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, no Independent Spirit Awards e prêmio da audiência no Sundance Film Festival.

Música do post: Run Lola Run - 06 - Running Three







Beijos, Pedrita

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Diamante de Sangue

Assisti Diamante de Sangue (2006) de Edward Zwick na HBO. Eu queria muito ver esse filme pelas matérias que li na época, tentei inclusive ir ao cinema, mas não consegui. É muito bom. Embora seja um filme comercial, com o tempo final bastante convencional, debate questões importantes sobre o quanto os países civilizados, o Ocidente, são responsáveis pelos conflitos na África. Gosto quando filmes com atores idolatrados pelo público, de grande bilheteria, debatem questões importantes. Diamante de Sangue fala de uma região que tem seus conflitos esquecidos pelo mundo, mas que movimenta muito o PIB mundial.


Três pessoas se unem. Começa com uma aldeia sendo atacada por líderes revolucionários do continente africano. O pai é levado para a exploração de diamantes, a mãe e os filhos fogem. Ele é interpretado pelo maravilhoso Djimon Hounsou. Esse pai acha um diamante grande, consegue esconder, mas um revolucionário vê e espalha a notícia quando todos estão na prisão. O personagem do Leonardo di Caprio ouve e começa a se aproximar desse homem para conseguir o dimante que pagará o preço da sua liberdade. Junta-se a eles uma jornalista que quer fazer matérias sobre o financiamento das guerras africanas com a comercialização. Ela quer saber quem são os homens europeus e americanos que participam dessa exploração de vidas. A jornalista é intepretada pela ótima Jennifer Connely.



É um filme muito difícil sobre o quanto utilizam crianças nas guerras, o quanto muitas viram assassinas para aumentar o número de revolucionários. Os dois lados em conflito deixam os civis no meio e ninguém protege ninguém. Uma dura realidade de crianças sem infância, mutilidas, assassinadas e nós comprando solitários de diamantes patrocinando esses conflitos, já que os diamantes são muito comercializados para a compra de armas. Uma luta insana. Uma realidade que mal aprendemos nas escolas e que um filme comercial americano conseguiu mostrar um pouco a nossa responsabilidade nessa violência. Como disse, Diamante de Sangue só fica fraquinho no final, com cena de um plenário batendo palmas para o negro, salvamentos nos últimos segundos, mas mesmo assim Diamante de Sangue é um grande filme!

Música do post e do filme Baai


Beijos,
Pedrita

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Conduzindo Miss Daisy

Assisti Conduzindo Miss Daisy (1989) de Bruce Beresford no Telecine Cult. Mais um filme da série todo mundo viu menos você. Eu tinha vontade de ver esse filme e realmente os desempenhos da Jessica Tandy e do Morgan Freeman são maravilhosos. Mas eu achei o roteiro, baseado na peça teatral de Alfred Uhry muito convencional.

Por ser um filme para qualquer idade é bem interessante para passar em escolas. As crianças precisam ter no ensino e na educação em casa informações de respeito ao idoso, paciência com as limitações que eles encontram com o passar do tempo. Vejo muito jovens atropelando mais velhos em shoppings e não sendo repreendidos pelos pais. Já vi inclusive um jovem empurrando em uma escada rolante uma senhora que demorava para focalizar a escada. Conduzindo Miss Daisy seria um bom filme para conversar sobre o assunto nas escolas.


Conduzindo Miss Daisy mostra ainda o filho ausente, que só aparece quando tem que resolver questões imprescindíveis, não tem momentos de convivência com a mãe, não passa um tempo com a mãe. Sua esposa inclusive nem aparece. É uma pena que alguns filhos percam a oportunidade de conhecer melhor seus pais e conviverem com eles, mesmo que a relação não tenha sido das mais afetivas, ou das melhores. É sempre bom passar alguns momentos de lazer e aprender com eles. Ou ensinar. Ou mesmo para aprendermos que assim não queremos ser no futuro. Conviver é muito bom! Inclusive esse filho teve a sorte de ter uma situação financeira razoável que permitia dar conforto a mãe e a independência que ela estava acostumada, sem ter que sustentá-la totalmente ou viver com ela. Deveria aproveitar que não precisava estar 24 horas com a mãe em um cubículo de moradia e ficar algumas horas com ela em momentos de lazer de vez em quanto. O filho é interpretado pelo Dan Aykroyd. Alguns outros do elenco são: Patti LuPone e Esther Rolle.

Conduzindo Miss Daisy ganhou quatro Oscars: Melhor Filme, Melhor Atriz (Jessica Tandy), Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Maquiagem. Três Globos de Ouro: Melhor Filme - Comédia/Musical, Melhor Ator - Comédia/Musical (Morgan Freeman) e Melhor Atriz - Comédia/Musical (Jessica Tandy). Urso de Prata de atuação em conjunto (Morgan Freeman e Jessica Tandy), no Festival de Berlim. E BAFTA de Melhor Atriz (Jessica Tandy).

Música do post e da trilha sonora: Kiss of Fire - Louis Amstrong

Beijos, Pedrita