sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Praia de Manhattan de Jennifer Egan


Terminei de ler Praia de Manhattan (2017) de Jennifer Egan da  . Adoro essa autora, os outros livros dela comentei aqui. Quando fui na feira da USP no ano passado comprei esse. Gostei!

O marcador de livros é um peixe e é de plástico.


Obra de Ingeborg ten Haeff

 O livro é todo entrecortado, os narradores se alternam. Começa com a protagonista Anna, na infância, indo em uma casa na Praia de Manhattan, a casa é de um homem rico que vive com a sua família. Seu pai está em dificuldades financeiras, desde que perdeu dinheiro na queda da Bolsa de Valores e parece fazer negócios com esse homem. 

O livro pula alguns anos, esse pai sumiu. É a época da Segunda Guerra Mundial. Anna trabalha no Arsenal da Marinha. Nos agradecimentos, ao final do livro, a autora diz que pesquisou sobre a primeira mulher mergulhadora no Arsenal da Marinha. Anna via as medidas de roupas de soldados, mas almejava ser mergulhadora, sofreu uma resistência enorme pelos homens, até finalmente conseguir aprender o ofício. Poucos homens estavam disponíveis, poucos queriam ser mergulhadores pelo trabalho árduo e pela roupa difícil, mas mesmo assim eles dificultavam até mesmo que uma mulher tentasse. O livro fala muito da dificuldade da mulher no mundo, dos cuidados com sua reputação e da luta árdua por sobrevivência em uma época que os homens desapareciam porque iam a guerra, alguns morriam. Era muita mulher tendo que dar conta das despesas e das famílias.


Gostei demais da capa de Carolina Araújo, pode representar vários momentos do livro. Logo achei que tinha entendido a capa, mas serve para vários outros momentos. Como sempre são belíssimas as edições dos livros da Intrínseca Editora.

Beijos,

Pedrita

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Captive State

Assisti Captive State (2019) de Rupert Wyatt na HBO Go. Eu quase desisti de ver esse filme, que filme esquisito. E já aviso, não melhora, muito pelo contrário. Com roteiro confuso e mal desenvolvido, o filme tenta mostrar grupos de resistência clandestinos contrários ao poder alienígena. No Brasil chama A Rebelião.

Sim, o mundo é invadido por alienígenas. Começa com uma família se recusando ao bloqueio, tenta fugir, os pais são mortos, os dois filhos sobrevivem. Anos passam-se, um virou herói e está morto e o outro é um verdadeiro mala, que moleque chato. Ele passa a ser protegido por um funcionário do governo, mas o moleque é dono de si, não tá nem aí pra ninguém. O moleque é interpretado por Aston Sanders. Quem o protege por John Goodman. A mulher do policial por Vera Farmiga, acho que ela tem umas duas frases no filme todo. Jonathan Major faz o herói. Boa parte do elenco deve ter ficado pensando o que estava fazendo ali. Boa parte dos personagens aparecem pouco e raramente abrem a boca.

Tem inúmeras detalhes já vistos em outros filmes, com algumas diferenças. O controle colocado no corpo para localizar as pessoas é um verme, olha que delícia, o bichinho é colocado na garganta. No final, o filme se embrulha todo, não sei se na telona dá pra ver alguma coisa porque fica absurdamente escuro. E muito, mas muito mal explicado. Bom, a moral da história é mais ou menos assim, às vezes uma ação coletiva de revolução é mesmo pra dar errado. Então tá. Parecia projeto piloto para uma série, dá tudo errado mas vão ter uma infinidade de temporadas dando errado até alguma acertar.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Taboo

Assisti a série Taboo (2017) na Fox Premium. É uma série britânica da BBC e fantástica! Foi uma grata descoberta. Eu reparei que vinha aproveitando pouco a Fox Premium que sempre almejei. Consegui abaixar consideravelmente o custo do meu plano da NET / Claro e incluíram alguns canais como esse. É uma série curta, de 8 episódios. A segunda temporada depende de Tom Hardy, o protagonista. No instagram dele não há uma única foto desse projeto, fiquei na dúvida se ele vai querer que tenha mais uma temporada. O roteiro intrincado é de Steven Knight adaptado pelo pai do Tom Hardy, o Chris Hardy.

Eu imagino inclusive que tenha sido uma série de difícil realização, principalmente para o protagonista que entra em rios, cai na lama e várias cenas de difícil realização e atuação. A trama é muito complexa, com muitos detalhes. Delaney volta a Londres quando seu pai morreu.  Ele herdas uma terras indígenas cobiçada por vários países. Começa uma disputa sangrenta pelo controle da área. O elenco é muito bom. 
A viúva é interpretada por Jessie Buckley.
A bela irmã por Oona Chaplin, isso mesmo, parente do Charles Chaplin, neta. Que personagem complexa. Na verdade boa parte dos personagens tem inúmeras camadas. O empregado da casa dos Delaney também é bem complexo, eu fiquei na dúvida o tempo todo se ele era vilão fiel a família. Foi interpretado por David Hayman. Franka Potente faz a prostituta cafetina.

São muitos bons atores e personagens. O químico, contratado para fazer pólvora, é interpretado por Tom Hollander. O filho bastardo da família protagonista por Louis Ashbourne, que graça esse garoto e ótimo personagem. Crianças no passado trabalhavam de modo escravo, não tinham direito a lazer  principalmente se fossem bastardos ou pobres. Ele tem uma função fundamental no final da temporada.
Delaney tem um controle enorme de todos, com inúmeros espiões na cidade, com uma rede enorme de fiéis seguidores, em geral os marginalizados, consegue controlar a tudo e a todos. O chefe da Companhia das Índias é interpretado pelo grande Jonathan Pryce. O médico por Michael Kelly. Incrível o personagem do escrivão das reuniões da companhia, Edward Hoog. Outros personagens importantes são interpretados por Richard Dixon, Leo Bill, Jason Watkins, Danny Ligairi, Lucian Msamati, Ruby-May Martinwood, Stephen Graham e Talluah Haddon.
Beijos,
Pedrita

domingo, 2 de agosto de 2020

Reino Unido

Assisti Reino Unido (2016) de Amma Asante na HBO. Gosto muito do trabalho dessa diretora, sempre resgatando histórias. Esse filme conta a história de Seretse Khama, princípe de Bechuanalândia, atual Botswana baseado no livro Colour Bar de Susan Williams.

É o período da Segunda Guerra Mundial. Seretse estudava direito em Londres quando conhece Ruth e eles se apaixonam. Apesar de toda a oposição familiar, dele e dela, eles se casam. No país dele era proibido casamentos inter-raciais. Na Inglaterra não tinha lei, mas a sociedade não aceitava. Quando ele leva a esposa para o seu país, o seu tio não aceita e há uma separação das tribos. Os governos aproveitam-se dessa racha para forçar o controle do país. Tanto a Inglaterra como a África do Sul tinham interesse na exploração mineral do país e no controle de suas riquezas. Rosamunde Pike e David Oyelowo estão muito bem.

Aqui a família com seus dois filhos. A esposa o apoia o tempo todo e se integra a população local.

Beijos,
Pedrita