sábado, 27 de outubro de 2018

Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar

Assisti Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar (2017) de Joachim Rooning e Espen Sandberg da Disney no TelecinePlay. Eu gosto da parte aventureira dessa série, detesto as piadinhas, então nunca corro pra ver, apesar de ficar curiosa. O nome original é muito bonito.

A trama aventureira é muito boa e é lindo o casal romântico interpretados por Kaya Scodelario e Brentom Thwaites. Ela é filha de um pirata que não conhece e tem um livro que diz onde está o tridente que salva. O rapaz é filho de outro pirata que está no barco dos mortos, interpretado pelo Orlando Bloom que aparece muito pouco. No começo quando o rapaz é criança e no final, quando surge também a personagem da Keira Knightley.

O personagem mais chato é o do Johnny Depp. Não sei se a meninada gosta, mas eu detesto. As piadas são sempre de mal gosto. A da guilhotina foi a pior, mas teve outras infames. A explicação da Vingança de Salazar traz Johnny Deep novinho, e esse momento da trama é muito bom. Não gosto da forçação de barra com a música de aventura. Qualquer momento já colocam música impactante, sem clima, muito ruim.

Chato também o personagem do Javier Bardem. O elenco é todo estrelado: Geoffrey Rush, Angus Barnett, Golshifeth Farahani e Kevin McNally.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Três Mulheres Fortes de Marie Ndiaye

Terminei de ler Três Mulheres Fortes (2009) de Marie Ndiaye da Cosac Naify. É mais um livro que comprei com 50% de desconto quando a editora disse que ia fechar. Essa capa de Martin Woike com foto de Nahua é maravilhosa e que bela edição. E a obra, estou impactada até agora. A autora é francesa de origem senegalesa. Esse é daqueles livros que você quer que todo mundo leia e quer compartilhar suas histórias. Há um grande estranhamento no estilo. As três histórias parecem até que foram escritas por pessoas diferentes, mas ao mesmo tempo todo o horror de ser mulher em terrenos inóspitos estão nas três tramas. Não há saída, não há como fugir as tragédias.

Obra Savanne de Ismaila Manga

Na orelha do livro há um texto de Jean-Claude Bernardet. Ele falou claramente a sensação que tive no livro, como areia movediça, vamos afundando sem perceber até sermos engolidos e nesse caso engolidos por tragédias indissolúveis. A primeira história a filha vai visitar o pai. Ela se surpreende como ele está desleixado, a casa não tem mais nada. E aos poucos vamos conhecendo essa história pavorosa.  É insuportável a não possibilidade de solução daqueles conflitos. Eu queria muito que a protagonista fosse atrás das sobrinhas e adotá-las. É a maior história do livro. As três histórias tem tamanhos completamente diferentes.

Obra Tabaski, Sacrifice du Mouton (1963) de Iba N´Diaye

A segunda história tem um homem como narrador. Ele pensa fragmentos do que pode ter acontecido e é por ele que imaginamos um pouco da história da segunda mulher forte. Está com ele todos os pensamentos retrógrados machistas e violentos, as vinganças, o controle. É igualmente assustador. 

Obra de Christian Boltanski

Não sei como é possível alguma história ser pior, mas a última é a pior. É a menor história e a mais dilacerante. Uma mulher fica viúva, por nada ter, vai viver na casa da sogra. Ela trabalha arduamente no negócio da família, mas isso não impede da família do marido mandá-la embora. Como ela não reage, um homem a leva embora e a saga monstruosa dessa mulher começa. Acho que essa história nunca mais vai sair da minha pele.


Beijos,
Pedrita

terça-feira, 23 de outubro de 2018

A Glória e a Graça

Assisti A Glória e a Graça (2017) de Flávio Ramos Tambelini no Canal Brasil. Eu queria muito ver esse filme depois de ver matérias e chamadas. No começo quase desisti, não gosto de filmes com pessoas doentes prestes a morrer. Mas resolvi insistir e fiz bem. É um filme delicado que fala principalmente de família.

A Graça descobre que tem um aneurisma. Ela tem dois filhos, o pai da mais velha é gay e ela transou uma vez só. O pai do garoto é Médico sem Fronteiras e está na África. Ela resolve então se reaproximar do seu irmão. Faz 15 anos que eles não se veem e nós não sabemos o motivo do afastamento. Surge então Glória, seu irmão agora é Glória. A relação delas é muito difícil, cheia de mágoas. Glória não aceita ajudar, mas aos poucos resolve visitar e conhecer os sobrinhos, até efetivamente aceitar a assumir os filhos caso a mãe venha faltar. Carolina Ferraz recebeu muitos prêmios e elogios na interpretação de Glória. Sua irmã é interpretada por Sandra Corveloni.
Os filhos são interpretados por Sofia Marques e Vicente Demori. É muito delicada a forma como essa irmã vai surgindo na família. Cada um vivia no seu mundo. Os filhos mimados viviam só pra eles, ninguém olhava um ao outro. Essa irmã se aproxima dos sobrinhos, da irmã e vai auxiliando todos a resolver os seus conflitos. É um filme muito delicado com um belo roteiro. Ainda no elenco estão Carol Marra, Cesar Mello, Sofia Marques e Lídia Benedito

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Recital do Centro de Música Brasileira

Fui ao recital do Centro de Música Brasileira no Centro Britânico Brasileiro. Primeiro tocou o pianista Vagner Ferreira com composições de Osvaldo Lacerda, Villa-Lobos e Camargo Guarnieri. Belo recital.

Programa da 1ª parte

Osvaldo Lacerda - Ponteio nº 3

Heitor Villa-Lobos
- Choros nº 5 - Alma Brasileira
- Impressões Seresteiras

Camargo Guarnieri - Sonatina para Piano nº 4 (I - Com Alegria, II – Melancólico e III – Gracioso)
Ponteio


Depois tocou o Trio Tokeshi Rosas Bazarian com Eliane Tokeshi ao violino, Giuliano Rosas no clarinete e Lídia Bazarian ao piano. Que instrumentistas e que repertório. Sou fã há anos do trabalho da Bazarian, mas não conhecia o trio. Lindas as obras de Osvaldo Lacerda, dificílima a de Claudio Santoro que gosto tanto e finalizaram com outra obra de grande complexidade de Ronaldo Miranda, que inclusive estava na plateia. Tudo isso e ainda gratuito.

Foto de Katia Kuwabara

Programa da 2ª parte


Osvaldo Lacerda
- Valsa Choro para clarinete e piano (1962)
- Melodia para clarinete solo (1974)
- Invocação para violino e piano (1972)

Cláudio Santoro - Elegia para violino e piano (1981)

Ronaldo Miranda - Seis fragmentos de um Inverno Solar (2013) para violino, clarinete e piano (Reflexões, Cintilações, Revelações, Ecos, Sombras e Luzes)

Os vídeos são com os músicos mas de outras apresentações.



Beijos,
Pedrita