sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

O Campo de Batalha

Assisti O Campo de Batalha de Maurício Meirelles no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Eu gosto muito do Rodrigo dos Santos então quis ver essa peça. Gostei muito! O texto é de Aldri Anunciação que contracena com Rodrigo dos Santos.

Adorei o cenário de Nello Marrese e a iluminação de Jorginho de Carvalho. Além de bonito é muito funcional. Há vários computadores, telões, já que a peça fala da Terceira Guerra Mundial. Com texto irônico, a peça fala de muitos assuntos atuais. O motivo da guerra é a falta d´água. Países vizinhos fazem canos clandestinos no Amazonas para resolver o problema de águas deles. Os dois inimigos são avisados que precisam fazer uma pausa porque falta munição e acabam discutindo. A voz que avisa é da Fernanda Torres.

Foto de Rafael Galo

Um deles segue milimetricamente as regras do seu país, o outro nem tanto. O que segue é contra que o outro país pegue a água atravessando a fronteira, mesmo que o outro país pessoas morram de sede. Esse é outro tema atual, a questão das fronteiras. O mais indisciplinado alerta do interesse comercial das guerras, do faturamento da indústria armamentista, das confecções de roupas de alta tecnologia. É tudo muito irônico e realista. Outro debate é a fiscalização virtual por câmeras, a guerra se tornou um big brother. Gostei muito também da interpretação dos dois e da direção. Sem querer acabei indo na apresentação no dia do aniversário do Rodrigo dos Santos. O espetáculo vai até 6 de abril e os ingressos custam somente R$ 10,00.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Bracher - Pintura e Permanência

Vi a exposição Bracher - Pintura e Permanência no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Vergonhosamente não conhecia esse pintor mineiro. A curadoria é de Olívio Tavares de Araújo e Carlos Bracher. A mostra traz 86 obras do pintor. São belíssimas. O estilo principal é modernista com detalhes expressionistas. Apesar de ser pintura moderna, são muito perceptíveis as obras, lindas as da bela cidade de Ouro Preto. Amei os carros em uma delas.

Há telas de natureza morta, Brasília, Rio de Janeiro, vários retratos. Adorei! Também me arrepiei com a sala que inspirou Carlos Bracher na infância. Dentro do próprio CCBB entramos em uma sala, com objetos, móveis, escada, livros. É emocionante! Dentro daquele cenário inspirador a cultura emana e apesar disso, de muitos livros, quadros, objetos, a sala é insuportavelmente aconchegante. Não queria sair de lá. Há também uma réplica do atelier, com o material de pintura de Carlos Bracher. Essa mostra já passou pelo CCBB de Belo Horizonte, fica no de São Paulo até 2 de março. Grátis. Fiquem de olho para ver se vai para os outros CCBBs.





Beijos,
Pedrita

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Sem Evidências

Assisti Sem Evidências (2013) de Atom Egoyan na HBO. O nome original é Devil´s Knot. O diretor é egípcio. É baseada em uma história real monstruosa contada no livro de Mara Leveritt. Começa com a personagem da Reese Witherspoon indo buscar seu lindo filho na escola. Em casa ele pede para ir com o amigo brincar de bicicleta, ela pede que ele volte antes dela sair para trabalhar. Ele não volta, ela pede para o marido procurar o menino. O marido vai buscá-la à noite e fala que o menino ainda não apareceu. Começa então a agonia dessa mulher.

Os policiais acham as crianças mortas dentro do lago, nuas, amarradas com cadarços, violentadas e com muitos machucados. Esse fato aconteceu em uma cidade muito provinciana. A polícia desesperada pela pressão social e da imprensa, acha logo uns culpados. Três garotos adolescentes. Sem provas, com argumentos frágeis, condena esses três a morte. 

O personagem Colin Firth é um investigador de outra cidade. Ele resolve ajudar no caso porque ele acha que as três crianças não podem ser vingadas com a morte de três adolescentes sem indícios realmente significativos de que foram eles. E o personagem do Colin Firth é contra a pena de morte. Esses três rapazes gostam de ocultismo, de autoflagelação, rituais macabros, mas nada os liga ao caso. Tudo na investigação dos policiais da cidade é frágil, as testemunhas que investigaram alguns fatos, tudo é feito de forma irregular. Uma dessas testemunhas tinha problemas mentais, a outra era uma criança. Infelizmente o máximo que os advogados de defesa conseguem é que eles não sigam para o corredor da morte. Hoje os rapazes já estão soltos, mas o caso segue sem solução. A mãe de uma das crianças começa a desconfiar nos tribunais de que há muitas falhas na investigação e passa a duvidar da versão da polícia local. Até hoje essa mulher investiga para tentar achar uma resposta.

Os adolescentes são interpretados por James Hamrick e Seth Meriwether. O marido por Alessandro Nivola. Participam ainda do filme: Amy Ryan, Robert Baker, Rex Linn e Bruce Greenwood.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Música de Câmara Brasileira

Assisti a abertura da série Música de Câmara Brasileira no Theatro São Pedro. A apresentação foi em uma pequena sala do teatro com entrada na Rua Barra Funda. Por ser uma sala pequena, ser a abertura da série, ser sobre música erudita brasileira e ser gratuita, estava superlotada. A curadoria é de Irineu Franco Perpétuo e a direção artística de Luiz Fernando Malheiro, bela iniciativa da série que prevê 25 apresentações gratuitas com repertório de composições dos séculos XX e XXI.

Se apresentaram Caroline de Comi (soprano foto), Sarah Hornsby (flauta) e nos violões Gilson Antunes e Luciano Cesar Morais. Adorei o repertório com obras de Marcus Siqueira, Rodrigo Lima e Mauricio de Bonis.  As obras traziam poemas de Ferreira Gullar, Alexandre Barbosa, Marcelo Sahea, Simone Cavuoto e Thiago Mori. Estavam na plateia os compositores Rodrigo Lima e Mauricio de Bonis.

Eu adoro flautas e a flautista Sarah Hornsby explicou as duas flautas que ia tocar nesse concerto. Uma delas era uma flauta baixo solo e a obra que ela interpretou foi feita especialmente para ela e teve a estreia mundial nesse concerto. Gostei demais das obras, adorei em especial a obra Cinco Pedras de Maurício de Bonis.

Programa:

Marcus Siqueira
Como lua sendo sua, para voz e violão
Piccolo fiore, para voz e violão

Rodrigo Lima
Dois poemas de Ferreira Gullar, para voz e dois violões

Maurício de Bonis
Weil sie stumm ist, trauert die Natur , para flauta baixo solo (estreia mundial)
Duas canções sobre poemas de Alexandre Barbosa, para voz e violão
Cinco pedras, para soprano, flauta e violão

Beijos,
Pedrita