sábado, 4 de outubro de 2008

A Casa das Sete Torres

Terminei de ler A Casa das Sete Torres (1851) de Nathaniel Hawthorne. Comprei esse livro em um sebo por R$ 12,00, mas ele é encontrado em livrarias e principalmente em sebos. Eu comprei daquela coleção da Editora Abril de capa dura vermelha e dourada, não dessa capa da foto. Adorei! Nunca tinha lido nada desse autor. Gostei do estilo e dos mistérios. É muito interessante como o autor, através de mistérios, transmite seus ideais religiosos e conservadores. Em A Casa das Sete Torres ele mostra que o mal é castigado severamente e misteriosamente sempre. Que o bem encontra o seu caminho. Que a virtude, o trabalho e a dignidade são recompensados. E que os maus encontram a fúria divina.

Obra Dutch Flower Girls de George Hitchcock

Começa com um homem usurpando um pedaço de terra na Nova Inglaterra. Ele condena seu proprietário de bruxarias e o queima. Depois resolve construir A Casa das Sete Torres em cima do local onde o homem foi queimado apesar dos avisos da população da cidade. Depois o livro passa um tempo e começa com um dos seus descendentes vivendo pobremente na A Casa das Sete Torres. A obra é cheia de mistérios, fantasmas, mas com uma lógica moralista impressionante.
Obra Mrs. Charles Ridgely Carroll (1822) de Sarah Miriam Peale

Anotei alguns trechos de A Casa das Sete Torres de Nathaniel Hawthorne:

“A meio caminho de uma das ruas da nossa cidade da Nova Inglaterra, encontra-se velha casa de madeira com sete torres pontiagudas e uma enorme chaminé central olhando para diversas direções.”

“Não há maior fantasma do que um parente poderoso.”


Tanto os pintores e o compositor são americanos e viveram no período próximo ao do escritor.

Música do post: Gershwin - Prelude no.2

Get this widget Track details eSnips Social DNA



Beijos,

Pedrita

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

As Mil e Uma Noites

Assisti As Mil e Uma Noites (1974) de Pier Paolo Pasolini no Telecine Cult. A abertura teve um vídeo com explicações do filme e da Trilogia da Vida desse diretor pelo Marcelo Janot. Eu já tinha lido poemas do Pasolini, ouvido histórias, mas ainda não tinha visto nenhum de seus filmes e estava ansiosa. E foi bom ouvir antecipadamente os comentários do Janot para entender melhor esse grande diretor. Esse é o último filme da trilogia, com conteúdo bastante erótico faz um apanhado sobre submissão, preconceito e liberdade. Soube pelo Janot que o Pasolini utiliza muito elenco de atores praticamente desconhecidos e regionais, alguns amadores e do povo. É realmente perceptível a simplicidade e espontaniedade dos atores que dá um frescor e um diferencial muito peculiar, gostei bastante.

As locações foram na Etiópia, Índia, Irã e Nepal. E os filmes são mal dublados em italiano. Fiquei imaginando o quanto deve ter sido estranho para esses povos atuar nesses filmes e muitas vezes nus e na década de 70. Esse filme foi proibido nos Estados Unidos e Brasil. Nos Estados Unidos só foi exibido na década de 80 e no Brasil depois da abertura política.
As Mil e Uma Noites fala de amor, escravidão, preconceito, poder, dinheiro e debate metaforicamente vários temas políticos.
No elenco estão Ninetto Davoli, Franco Citti, Tessa Bouché, Margaret Clementi, Ines Pellegrini, Franco Merli e Francelise Noel.
As Mil e uma Noites foi vencedor do Grande Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes.
A trilha sonora belíssima é de Ennio Morricone.

Música do post: aderech arada, instrumenta


Youtube: Pasolini tribute




Beijos,

Pedrita

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

O Homem que Desafiou o Diabo

Assisti O Homem que Desafiou o Diabo (2007) de Moacyr Góes no Canal Brasil. Quis muito ver esse filme quando esteve em cartaz nos cinemas mas não consegui. Chegou a passar na TV Globo, tarde da noite, e o 007 viu e falou para que eu não perdesse. Não tanto pelo filme, mas pelas belas atrizes que aparecem. São talentosas e lindas mesmo: Lívia Falcão, Fernanda Paes Leme, Flávia Alessandra, Gisele Lima e Juliana Porteus. O Homem que Desafiou o Diabo é baseado romance "As Pelejas de Ojuara", de Nei Leandro de Castro. Fiquei com vontade de ler esse livro.

Gostei, mas achei o desenvolvimento da trama um pouco irregular, e não achei graça em alguns momentos da comédia. Como a trama é longa e nosso protagonista viaja bastante há um elenco extenso. Nosso protagonista é o Marcos Palmeira, alguns outros do elenco são: Sérgio Mamberti, Renato Consorte, Lúcio Mauro, Otto Ferreira, Leandro Firmino, Antonio Pitanga, Antônio Pompeo e Leon Goes. A trilha sonora é do Gilberto Gil.
Música do post: Procissão - Gilberto Gil
Não é música da trilha do filme



Youtube: Trailer Oficial: O Homem que Desafiou o Diabo




Beijos,
Pedrita

terça-feira, 30 de setembro de 2008

A´Uwe

Assisti A´Uwe dirigido por Laine Milan na TV Cultura. Eu tinha lido que o Marcos Palmeira encabeçava um programa sobre questões indígenas, mas ainda não tinha visto nenhum. Domingo acabei vendo com minha mãe na TV Cultura em Serra Negra, já que no hotel que estávamos só tinha TV aberta. Foi uma grata surpresa. Eu tinha visto uma vez o Marcos Palmeira dizer em uma entrevista que tinha conhecido aldeias indígenas, inclusive o A´Uwe passou no início um documentário onde o Marcos Palmeira convive com os índios por um período. A´Uwe significa povo indígena. Os documentários são legendados já que os índios têm diversos dialetos.

Eu e minha mãe vimos três documentários inseridos nesse programa. O primeiro relatava uma tribo que quase se dizimou com doenças quando o Brasil construiu uma estrada perto deles, na época do "desenvolvimento". Eles então foram transferidos para o Parque Xingú, onde não há floresta e entre duas tribos rivais e entraram em guerra. Depois de muita luta e idas a Brasília conseguiram retirar os garimpeiros e voltar as suas terras. Eles ainda entraram na justiça e foram os primeiros índios a ganhar indenização da Funai e outros órgãos pelos prejuízos a sua tribo. Esse documentário mostrou trechos de vídeos antigos que mostravam a construção das estradas e a aproximação dos brancos na tribo, muitos vídeos estrangeiros. Ainda mostrava fotos daquela época. Com o dinheiro da indenização, eles conseguiram reconstruir sua terra que tinha sido desmatada e delapidada pelos garimpeiros.
Em outros episódios passaram alguns vídeos do Rondon. Eu e minha irmã vimos com meu avô e primos uns desses há muitos anos. Gostaria de rever porque a visão que hoje nós temos dos índios é bem diferente do que a de antigamente.

Os outros dois documentários eram do Vídeo nas Aldeias. O primeiro uma associação ensina os índios a criar tartarugas. Mostrou vários meses e os processos. Eles antes trocavam tartarugas com brancos por presentes. Essa associação ensina a criação não só para o consumo da aldeia, mas eles levam uma parte das tartarugas que nascem de volta a floresta.

O outro documentário ensinava as crianças a plantar árvores frutíferas. Igualmente mostrava os meses e os processos. Esse eu avisei meu pai por telefone, ele viu também e ficou encantado.

Me impressionou o fato de serem os próprios índios a cuidarem da preservação das florestas. Falam tanto na necessidade de preservação e esquecem que os próprios moradores das florestas podem contribuir na preservação e conservação das espécies. Há tantas intrigas entre índios e desenvolvimento, que ações como essas trazem soluções que interessam a todos, a preservação da mata e o direito aos índios de permanecerem em territórios com floresta.

Gostei muito de A´Uwe, passa todo domingo às 18hs na TV Cultura. Inclusive o Marcos Palmeira fala que no site do programa é possível avisar e inscrever mais documentários indígenas para exibição.


e


Beijos, Pedrita

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Ilha das Flores

Assisti ao curta Ilha das Flores (1989) de Jorge Furtado no Canal Brasil. Há anos queria assistir esse curta tão famoso e tão premiado. Sabia que podia ver pela internet, mas preferia ver na TV. Ilha das Flores começa com um texto irônico inteligente narrado por Paulo José.


Ilha das Flores ganhou Urso de Prata no Festival de Berlim 1990, Prêmio Crítica e Público no Festival de Clermont-Ferrand 19 e Prêmio do Público na Competição "No Budget" no Festival de Hamburgo 1991.
No Festival de Gramado 1989, Melhor Curta, Melhor Edição, Melhor Roteiro e Prêmio da Crítica.
Música do post: Caetano Veloso - Odeio



Beijos,

Pedrita