quinta-feira, 14 de março de 2019

O.G.

Assisti O.G. (2018) de Madeleine Sackler na HBO. Eu tinha ouvido falar desse filme, que foi feito realmente em uma prisão americana de segurança máxima e gosto muito do Jeffrey Wright. É um filme feito especialmente para a HBO e é muito bom. Não é um filme de ação, não é um filme violento, é um filme filosófico sobre a rotina em uma prisão de segurança máxima. E não vem em defesa de ninguém. Só conta a história do protagonista nesse contexto. O ótimo roteiro é de Stephen Belber.

O protagonista está prestes a ganhar a liberdade condicional após 24 anos de reclusão. O filme passa então nessa organização para a liberdade, as reuniões com os órgãos que cuidam desse segmento. E a relação do preso com os outros detentos. Ele foi um O.G., não achei uma explicação clara. Ele foi o chefe do presídio para os prisioneiros, isso lá atrás, e se tornou muito respeitado e temido, mas ele não se envolve em mais nada, só lê e fica tranquilo. Mas como foi poderoso e todos confiam nele, órgãos responsáveis pela ordem no presídio sempre o interrogam tentando saber de possíveis motins. Como ele está prestes a ter liberdade condicional, e como ele segue as regras que o presídio impõe, não é delator e é muito pressionado por todos. O presidiário tenta também ajudar outro preso a não entrar na criminalidade dentro da cadeira, interpretado por Theotus Carter.
Há muitas questões no filme, achei incrível. Alguns outros do elenco são: William Fitchner, Bahani Turpin, Boyld Holdbrook, Mary Whinningham, Ato Essandhu e Ryan Cutrona. O trailer tenta mostrar um filme de ação, mas não é, é mais contemplativo e filosófico.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 11 de março de 2019

Soundtrack

Assisti Soundtrack (2017) de Bernardo Dutra e Manitou Felipe no TelecinePlay. Faz tempo eu tinha visto uma matéria desse filme, com entrevista com o Selton Mello e fiquei curiosa, mas não identifiquei o pôster do filme no Now. Ontem só que descobri, que filme, impressionante!
Soundtrack é um filme muito filosófico e profundo. Um fotógrafo (Selton Mello) resolve seguir para uma base no Polo Sul para fazer imagens que serão expostas com diferentes músicas. Lá só há cientistas que não entendem o artista. Um deles (Ralph Ineson) perdeu o direito de ir ver a família, filha pequena e a mulher grávida porque vai precisar cuidar do fotógrafo e está bem irritado com ele. O fotógrafo não leva nada, computador, celular, diz que quer se desconectar do mundo.

São quatro ao todo na base (Thomas Chaaning e Lukas Loughran), um é biólogo (Seu Jorge), o único brasileiro como o fotógrafo. Todo o elenco está incrível. Todos conversam muito sobre arte, ciência e deus. Gostei demais de falar muito sobre pesquisas científicas. Um deles precisa colocar na mesma hora todos os dias um balão. Vários outros balões são soltados na mesma hora no mundo todo. Essa pesquisa prevê 90 anos e o artista tem a dificuldade de entender que o resultado só sairá quando esse pesquisador já não estiver mais vivo. Eu acho fascinante esse tempo, a pesquisa que para cada detalhe são anos de avaliações para que outras pesquisas possam seguir daquele ponto.

Há várias citações de livros científicos, o áudio do homem pisando na lua pela primeira vez, de filmes, livros, é muito impressionante. O cientista acha que a ciência não combina com a existência de deus, mas nada é fanático, tudo é pensado, aprofundado, texto maravilhoso. E a trilha sonora também. O fotógrafo coloca os fones no cientista com músicas diferentes pra ele ver como a paisagem muda conforme a música. É muito interessante! Fiquei apaixonada pelo filme, emocionada, simplesmente incrível!

Beijos,
Pedrita