sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Balão Cativo

Terminei de ler Balão Cativo (1973) de Pedro Nava da Ateliê Editorial. Eu tinha lido há vários anos Baú de Ossos do autor e amado. Fiquei muito feliz quando vi que na biblioteca da minha amiga existia esse. E parece que nunca tinha sido lido. É igualmente maravilhoso!

Obra Jardim com Flores (1891) de Belmiro de Almeida.

Em Balão Cativo, Pedro Nava aparece. Em Baú de Ossos ele conta a história de seus antepassados. Em seus relatos no Balão Cativo, Nava, seus irmãos e sua mãe moram em Juiz de Fora, na casa de sua avó. Era costume baterem com palmatórias nos negros. Nava estranha ser a própria negra que iria apanhar a buscar na vizinha a palmatória e vice-versa. Quando a avó falece, os bens são divididos e a mãe segue com os filhos para Belo Horizonte.

Obra Homens Trabalhando de Zina Aita

Em Belo Horizonte, Pedro Nava ingressa na escola e conta no livro as suas descobertas. Engraçado quando Nava lista o nome completo de todos os amigos do colégio e diz que os críticos vão falar mal desse exagero. E Nava diz que mesmo assim vai escrever os nomes detalhadamente. E Nava gosta de detalhes. Acaba falando de várias profissionais, escritores, jornalistas importantes que na época eram só profissionais que fizeram parte do universo dele. A obra é rica demais, fascinante demais. Sou fã do Pedro Nava, acho um autor inesquecível com obras deliciosas.

Tanto os pintores, bem como o compositor, são mineiros como Pedro Nava.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Emmanuele Baldini & Dana Radu

Assisti ao recital com o violinista Emmanuele Baldini e a pianista Dana Radu na série BMA Música Erudita na Biblioteca Mário de Andrade. Que apresentação maravilhosa, que interpretações, que repertório. Eu gosto demais da pianista romena Dana Radu, já falei dela em postagens aqui. Eu já tinha ouvido interpretações do italiano Emmanuele Baldini como spalla da OSESP, mas foi a primeira vez que vi em recital. Os dois são músicos incríveis.

César Franck por Pierre Petit

Eu gosto demais do compositor belga César Franck. O violinista contou que iam interpretar uma das grandes obras para violino e piano de todos os tempos, a Sonata em Lá Maior, que maravilha! O duo ainda interpretou a Sonata em Ré maior D 384 de Franz Schubert e estreou uma obra brasileira de Caio Facó, Canções Errantes, inclusive o compositor estava na plateia. Em plena crise econômica é de emocionar ver uma série patrocinada. Além de um recital belíssimo, era ainda gratuito! 


Beijos,
Pedrita

terça-feira, 13 de setembro de 2016

A Idade de Adaline

Assisti A Idade de Adaline (2015) de Lee Toland Krieger na HBO. Foi a Liliane do Paulamar que me falou desse filme. Gostei, mas confesso que do meio para o final não me identifiquei com o desfecho. Achei muito esquemático e pouco criativo. No Brasil está com o péssimo nome A Incrível História de Adaline.

A Idade de Adaline é um novo roteiro para um filme romântico tradicional. Adaline sofreu um acidente no início do século passado. De forma fantasiosa falam que nevou onde nunca nevou, o que deu uma hipotermia. Um raio renasceu ela que tinha morrido e por isso ela nunca mais envelheceu. Com isso ela vivia fugindo, mudando de nome e documentação. Adaline é interpretada por Blake Lively. Até que ela se apaixona pelo personagem do Michel Huisman e resolve parar de fugir.

Ela aceita então conhecer a família do namorado, os pais dele iam fazer 40 anos de casados. É quando o filme começa a ter problemas no meu entender. Foram escolher o Harrison Ford para ser o pai do rapaz. Eu imaginei que nessa festa alguém ia reconhecê-la e se espantar que ela não envelheceu, mas não imaginei que seria um grande ex-amor. A química entre os personagens é tão forte que fica difícil acreditar que ela ainda amava o namorado. Eu passei a torcer fortemente por esse amor do passado.

No passado o rapaz foi interpretado por Anthony Ingruber. Provocam então um acidente igual ao do passado, com a mesma narração, o que fica bem bobo e nós percebemos que ela passou a envelhecer. Mas como acham que o público é bobo, mostram depois que sim, ela parou de envelhecer.

Tenho a impressão que a química dos personagens incomodou o esquema do filme, porque na festa de 40 anos o jovem casal não aparece, o marido faz um discurso pra lá de forçado para a esposa dizendo que é a mulher da vida dele, mas não me convenceu. Ela é interpretada por Kathy Baker. A filha da protagonista é interpretada por Ellen Burstyn. Acho que tentaram consertar aquele amor atual, mas eu não consegui acreditar. O amor do passado parecia bem mais real e interessante. As pessoas no twitter pareciam que embarcaram na farsa. Vários adoraram, alguns exageraram dizendo ser um dos melhores filmes que já tinham visto. Precisam ver mais filmes diferentes para mudar o paladar. A Idade de Adalina é bem fraquinho para ser o melhor filme da vida de alguém. Há filmes bem mais interessantes.

Beijos,
Pedrita