A Quinta das Virtudes

Terminei de ler A Quinta das Virtudes (1991) de Mário Cláudio pela Editora Record. Eu estava escolhendo livros novos que estavam em promoção e me deparei com esse. Converso sempre com meus amigos blogueiros portugueses do pouco intercâmbio de produtos culturais em países de mesmo idioma. Quando vi que esse autor é português, comprei. E essa capa é belíssima! A imagem é do arquivo particular do autor. Depois na pesquisa em casa descobri que esse escritor é muito premiado.

Obra Mariana Benedita Vitória de Sequeira (1822), de Domingos Sequeira

A Quinta das Virtudes é um romance ambientado em uma casa ao norte de Portugal entre 1752 e 1852. Os personagens vão surgindo em volta desse cenário. Como é uma casa o eixo central, os objetos são muito determinantes. Mário Cláudio escreve essa obra com um texto rebuscado, com muitas palavras  difíceis. Gostei muito! Enquanto os personagens passam pela casa, vemos o autor narrar ao fundo um pouco da história de Portugal desse período que se confunde com a nosso. O Brasil aparece então na narração com a vinda da família Real para cá. E em outros momentos históricos. É uma bela obra!

Tanto o pintor bem como o compositor ilustrados são portugueses e viveram próximos ao período que a obra é narrada.

Beijos.

Pedrita

Recital de Abertura do 11º Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas

Fui ao Recital de Abertura do 11º Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas no Theatro São Pedro. Entre os intérpretes, cantores que foram vencedores das edições anteriores: Edna D`Oliveira, Silviane Bellato, Marília Vargas, Taís Bandeira, Edinéia de Oliveira, Magda Painno, Keila de Moraes, Ana Lucia Benedetti, Marcello Vannucci, Richard Bauer, Giovanni Tristacci e David Marcondes. O pianista foi o italiano Marco Boemi. No repertório trechos de óperas de Verdi, Puccini, Gounod, Donizetti, Kálman, Cilea, Tchaikovsky e Giordano. Foi um belo recital e de graça.
A foto é de Daniel Guimarães.
O vídeo não é desse recital, é com as irmãs Edinéia de Oliveira e Edna D´Oliveira.

Beijos,

Pedrita

Embarque Imediato

Assisti Embarque Imediato (2009) de Allan Fiterman no Prime Box Brasil. Minha mãe tinha visto no Canal Brasil e tinha me indicado. É bem bonitinho! Fala muito de solidão, sonhos e da dificuldade que é viver no Brasil. Gosto demais dos três atores principais: Marília Pêra, Jonathan Haagensen e José Wilker. São muito bonitinhos os personagens da Marília Pêra e do Jonathan Haagensen.

Marília Pêra é uma funcionária linha dura do aeroporto. Bem divertido o nome do concurso Picanha de canto realizado por uma churrascaria. Alguns outros do elenco são: Sandra Pêra, Clara Choveaux e Ed Oliveira.

Beijos,

Pedrita

Brasil, Nação Sem Caráter

Terminei de ler Brasil, Nação Sem Caráter (2013) de Hermano Leitão da All Print Editora. Gostei muito! O autor é advogado e faz um apanhado histórico do Brasil para mostrar a falta de identidade do Brasil. Sempre gosto de ler livros históricos, que dão um olhar diferenciado sobre a história desse país, tão cheia de nuances. Não lembrava que foi o Fernando Henrique que criou o imposto sobre o cheque com outro nome. Esse imposto chegou a parar por um momento até voltar como CPMF futuramente, por sorte não existe mais e espero que não volte.

Hermano Leitão mostra com alguns exemplos a dificuldade burocrática de nossa sociedade. Ele fala de uma pessoa que queria regularizar sua dívida com a Receita Federal e a peregrinação surreal de lugar em lugar, horários absurdos, senhas que acabam. Por sorte essa pessoa insistiu muito. Como diz o Hermano Leitão, é um descaso como o sistema brasileiro ignora seus cidadãos, mesmo cobrando tantos impostos. Por último, o advogado sugere uma nova forma de estruturação para o Brasil, transformar o país como união, e as regiões como países para que cada um tenha autonomia financeira e constituição própria, para realmente levar em conta cada particularidade de cada região. Achei  muito importante o livro debater tantas questões cruciais que atrapalham tanto o brasileiro e o desenvolvimento desse país.

Essa foto é de Ivan Pontes.

Beijos,

Pedrita