sábado, 4 de janeiro de 2014

O Tempo e o Vento

Assisti O Tempo e o Vento (2012) de Jayme Monjardim na TV Globo. Eu estava com um pé atrás de ver esse filme desde que vi as chamadas na televisão. Parecia uma adaptação da minissérie e não do livro do Érico Veríssimo. E realmente tinha razão, é uma atualização da minissérie. Como ficou em filme e na televisão ficou transformada em três pequenos capítulos, a trama ficou muito atropelada.

O roteiro ficou todo embolado, eu mesma que li recentemente o livro e tinha visto a minissérie em 2010 tinha que quebrar a cabeça para lembrar da genealogia dos personagens. As paisagens eram lindas, mas a limpeza excessiva foi demais. Na época da Ana Terra tudo era limpo demais, dentes muito brancos, roupas limpas. Mas o que mais me incomodou mesmo foi o gloss na personagem da Ana Terra e na do filho, a sombra dourada e o rímel da Ana Terra. Também me incomodou na atualização óbvia da minissérie. Foi Glória Pires que interpretou a Ana Terra, pensaram então na filha, na Cléo Pires, mas eu particularmente preferiria outra atriz já que a Cléo Pires tem várias interferências estéticas atuais que não combinavam com a vida rústica daquele tempo. Ainda me incomodou o lado indígena da Ana Terra, quando quem é o índio é o seu amado. Gostei de ter trechos das missões.

Outro ator que lembra muito o Tarcísio Meira é o Thiago Lacerda. Ele estava bem como o Capitão Rodrigo, mas acho que o diretor quis homenagear o Tarcísio Meira e fez o Thiago Lacerda imitar exatamente os gestos do Tarcísio Meira. Ficou esquisito. O elenco é excelente, linda a Marjorie Estiano como a Bibiana. Fernanda Montenegro faz a Bibiana idosa. Estão no elenco ótimos atores: Leonardo Medeiros, Luiz Carlos Vasconcelos, Paulo Goulart, Mayana Moura, Marat Descartes, José de Abreu, César Trancoso e Vanessa Lóes. Outros do elenco são Rafael Tombini, Ígor Rickli e Rafael Cardoso. Apesar de gostar de quadrinhos, não me identifiquei com a abertura melodramática. O melodrama foi o tom de O Tempo e o Vento, como tudo tinha que ser corrido e em pequenas pinceladas, só as cenas dramáticas tinham mais lágrimas, dramalhão e tempo.
Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

A Última Crônica

Assisti ao curta A Última Crônica (2007) de Jorge Monclar no Canal Brasil. Gostei muito! É inspirado em um conto do Fernando Sabino. Um jornalista interpretado pelo André Gonçalves anda pela cidade falando ao celular. Ele nada vê, tudo acontece em volta e ele nada vê. Até que ele entra em um bar e vê uma família, um casal e duas filhas, comemorando o aniversário da menina com uma única Coca-Cola e um bolo individual. A mãe é interpretada pela Roberta Rodrigues e o pai pelo André Ramiro. O garçom é interpretado pelo Marcello Gonçalves. É muito bonitinho o curta.
 
Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A Próxima Vítima

Assisti A Próxima Vítima (1983) de João Batista de Andrade no Curta!. O canal está fazendo uma homenagem a esse cineasta passando vários de seus filmes. Quis muito ver esse e adorei. O roteiro é de Lauro César Muniz. É um filme policial sobre um assassino em série de prostitutas. Antônio Fagundes faz um jornalista de matérias eleitorais, mas é afastado para cobrir esse caso. O policial que cuida do caso é interpretado pelo Othon Bastos.

A Próxima Vítima é um filme muito político. É época de eleições, em uma época que o Brasil ainda acreditava no PT. A polícia precisa então achar um culpado e escolhem um negro que frequenta a casa das prostitutas e já tem ficha policial, interpretado pelo Aldo Bueno que ganhou APCA e Kikito no Festival de Gramado de Melhor Ator Coadjuvante. O personagem do Antônio Fagundes tenta investigar também e se afeiçoa a prostituta interpretada pela Mayara Magri, ela interpreta uma menina de 15 anos, é a estreia da atriz no cinema e ganhou APCA de Melhor Atriz Coadjuvante. O jornalista namora outra jornalista interpretada pela Louise Cardoso.

João Acaiabe ganhou prêmio de Melhor Ator Coadjuvante pela APCA. Ele interpreta o irmão do personagem do Aldo Bueno. Esthér Goes faz a ex-mulher do jornalista. O elenco estrelado continua: Gianfrancesco Guarnieri, Walter Breda, Denise Del Vecchio, Celso Frateschi, Ednor Messias e Zé Carlos Machado.
Beijos,
Pedrita

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Retrospectiva 2013

2013 foi um ano de incríveis eventos. A criatividade cultural é magnífica. Vou escolher um único evento de cada categoria, é pouco, vou só mencionar um ou outro junto. Só pra constar. Eu não ia fazer uma Retrospectiva, mas o último evento do ano ia ser muito pesado. Preferi fazer uma retrospectiva.

No cinema - foi um ano de incríveis filmes, mas poucos no cinema. Elejo Faroeste Caboclo como o melhor. Impecável em tudo, elenco, fotografia, condução da trama, figurino, direção. Gostei ainda muito de outros que foi difícil deixar de lado, então vou mencionar: A Coleção Invisível, LincolnA Busca, Flores Raras e Hannah Arendt.

Livro - Foram muitos livros incríveis, vou destacar somente o maravilhoso Equador de Miguel Sousa Tavares. Inesquecível!

Música ao Vivo - Essa é uma categoria de muitos eventos. É algo que gosto muito e vou muito. Todos incríveis, mas inesquecível o Quarteto com Músicos da Filarmônica de Berlim - Luís Fílip, Ulrike Hoffman, Walter Kussner e Masayuki Carvalho que vi em Salto, interior de São Paulo. Há muitos outros maravilhosos, vou mencionar alguns: Luiz Guilherme PozziConcertos Schlochauer com o Duo Horizontes (Regina Schlochauer, Mário Marques), Mário Rocha e Julia Blasioli.

Teatro - Não vi tantas peças quanto gostaria, mas vi muitas incríveis. A preferida foi A Bala na Agulha de direção de Otávio Martins com Eduardo Semerjian, Denise Del Vecchio e Alexandre Slaviero. Também gostei demais de As Folhas de Cedro de Samir Yazbek.


TV a cabo - É o que vejo mais. Sempre que tenho um tempinho escolho um filme pra ver. Também vejo DVDs. É dificílimo portanto escolher entre tantos um único, então escolho o magnífico Sudoeste de Eduardo Nunes. Poesia pura. Destaco ainda: O Preço da Paz, Erva do Rato, White Material e O Veneno da Madrugada.

Novela - 2013 foi o ano de duas novelas inesquecíveis. Destaco a maravilhosa Lado a Lado que além de toda a trama bem construída, rompeu paradigmas. As duas protagonistas alternavam tudo, situação financeira, preconceito da sociedade. Falou muito de racismo, preconceito contra a mulher e história do Brasil. Sem ficar chata, sem ficar moralista. O casamento do fim da novela foi realizado por uma Mãe de Santo. Mas fico triste de não poder mencionar outra novela maravilhosa de 2013, Saramandaia.

Exposição - Foi o ano de Mestres do Renascimento - Obras Primas Italianas no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Essa exposição o 007 também viu e igualmente amou. 

Minissérie - Vi algumas minisséries esse ano, mas me encantei com a bela O Canto da Sereia de Nelson Motta.

Programas de televisão - Eu vi alguns e gostei de vários. Destaco Conhecendo Museus que adorei. Vi o episódio Museu Regional Casa dos Otoni.

É uma breve Retrospectiva 2013. Uma pequena pincelada! Confesso que na retrospectiva fico sempre com a sensação que deixei de ver muito evento.



Ótimo 2014 pra todos vocês com muita cultura e muita Paz!
Beijos,
Pedrita

domingo, 29 de dezembro de 2013

Amor Pleno

Assisti Amor Pleno (2012) de Terrence Malick no Max. Eu tinha muita curiosidade de ver esse filme porque estão no elenco Ben Affleck e Javier Bardem. É bem poético, mas meio arrastado e cansativo. Linda a atriz Olga Kurylenko. Amor Pleno mostra vários momentos de um relacionamento entre os personagens de Ben Affleck e Olga Kurylenko. Quase todo o texto é em narrativa.

Eles se conhecem em Paris, começam o romance e ele convida ela para viver com ele nos Estados Unidos. Lindas as locações, adorei os figurinos. Eu me incomodei com vários momentos do roteiro, quando ela é rotulada de mãe solteira e o moralismo dela ter uma filha.


E depois nos textos do padre interpretado pelo Javier Bardem. São textos moralistas, pregando um só casamento, textos machistas. Também não entendi porque essa mulher não trabalha. Ela fica só em casa, em uma casa praticamente vazia. É um tédio só. Depois volta pra Paris, escreve que não está conseguindo arrumar emprego, volta pros Estados Unidos e continua sem procurar trabalho. Acaba inclusive reclamando com uma amiga interpretada por Romina Mondello que o marido demora pra chegar, claro, sem fazer nada tudo se arrasta mesmo. Outra personagem é interpretada pela Rachel McAdams. Dá pra assistir se estiver sem sono, sem outra opção de filme.



Beijos,
Pedrita