sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Perdido em Marte

Assisti Perdido em Marte (2015) de Ridley Scott no TelecinePlay. Quando estava em cartaz nos cinemas já queria ver, fiquei eufórica quando vi que em breve estrearia no Telecine. Consegui ver uns dias depois da estreia. É baseado no best-seller de Andy Weir. Esse diretor é incrível, eu adoro esse gênero e The Martian é um grande filme.

Começa com um grupo em Marte, no solo, fazendo pesquisas. De repente avisam que virá uma grande tempestade. Uns estão ajudando aos outros a voltar a base, mas um objeto pesado arremessa nosso protagonista. Ele parece que está morto segundo os aparelhos. E a equipe vai embora. Um tempo depois o protagonista acorda, machucado, volta a essa unidade em Marte e sabe que será dado como morto. Ele começa então a calcular tudo porque sabe que a equipe só voltará a Marte muito tempo depois, e que ele precisa sobreviver até lá.

É mais um filme que estimula o interesse a matemática. Tudo precisa ser calculado. A equipe que também está em missão no espaço, precisa calcular tudo. O tempo que falta para chegar, tudo é lento no espaço, o tempo para voltar, o combustível. Em Marte nosso protagonista precisa calcular a comida, as baterias. Ele percebe que precisa ir onde a equipe está programada em um futuro distante, mas precisa calcular tudo, para conseguir sobreviver nos dias e dias que vai ter que se deslocar. Adorei esses cálculos, eu amo matemática.

Na terra, a Nasa avisa o mundo a morte do astronauta até que pelo satélite eles veem a movimentação de um equipamento em Marte e começam a perceber que ele está vivo. Novamente os cálculos para saber qual equipe pode ir até Marte em menor tempo e se ele ainda estará vivo. Matt Damon está excelente, ele é o Perdido em Marte. Chiwetel Ejiofor integra a equipe da Nasa na Terra. O diretor da Nasa é interpretado por Jeff Daniels. Outros da Nasa são interpretados por Sean Bean, Kristen Wiig e Donald Glover.

A equipe do protagonista é interpretada por Jessica Chastain, Kate Mara, Benedict Wong, Michael Peña, Sebastian Stan e Aksel Hennie. O filme e Matt Damon ganharam Globo de Ouro

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

O Anão

Assisti a ópera O Anão de Alexander Von Zemlinsky no Theatro São Pedro. Não conhecia essa ópera, gosto de tudo o que desconheço. É baseado na obra de Oscar Wilde, O Aniversário da Infanta que não li e quero ler. Como em O Retrato de Dorian Gray, o espelho é importante personagem.

Antes da ópera, o Theatro São Pedro promove com o maestro Leandro Oliveira uma palestra sobre a obra. O músico falou que Oscar Wilde ficou impressionado com o quadro com As Meninas de Diego Velázquez, com a Infanta e suas amigas. Nesse quadro há uma anã. Então escreveu esse texto. Zemlinsky acabou fazendo a ópera que incomoda, o texto incomoda, ficamos muito desconfortáveis. E parece que muitos se sentiram assim, porque se mexiam nervosamente em suas cadeiras. A Infanta encantava o mundo não só pela beleza, mas pela doçura, mas a Infanta do texto do Wilde é perversa. Insuportavelmente monstruosa.

Eu adoro as direções do William Pereira, está entre os meus diretores preferidos. Ele é simplesmente genial em O Anão. Os figurinos do Olintho Maliquias também são fantásticos. Adorei ainda os cenários de Karina Machado. A música é belíssima. A regência é de André dos Santos a frente da Orquestra do São Pedro. Adorei as cantoras que interpretam as serviçais, incríveis: Raíssa Amaral, Raquel Paulin, Marly Montini e Andréia Souza. Alguns cantores são da Academia de Ópera São Pedro. O Anão é interpretado por Mar Oliveira, a Infanta por Maria Sole Gallevi e Don Esteban por Gustavo Lassen. As fotos são de Heloisa Bortz.
A história é tenebrosa. Um sultão envia o anão de presente a infanta. O anão não sabe de sua condição porque nunca viu um espelho. Além de ser anão ele é manco e tem uma corcunda. A infanta perversamente se diverte com isso e brinca com os sentimentos do anão. Monstruoso. O Theatro São Pedro estava lotadíssimo! Ainda há apresentações 26 e 28, mas não sei se já estão lotadas.

e

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Todos se Van

Assisti Todos se Van (2015) de Sergio Cabrera no TelecinePlay. Que filme triste! O diretor é colombiano. É baseado no livro autobiográfico de Wendy Guerra, uma cubana que viveu maus bocados com briga de guarda dos pais em Cuba. Ela vivia bem com seu padrasto e sua mãe. Mas seu pai queria a guarda para tentar voltar com a mãe e usa o partido e as pessoas do partido para denegrirem a imagem da mãe.

Como pode alguém mentir em favor de outra quando é a vida de uma criança que está sendo definida? O governo autoritário e machista pergunta a uma criança, em uma audiência, lotada de estranhos, e com os dois pais presentes com quem a menina quer ficar. Não há tato, nada explicam pra menina. Horror dos horrores, mas tudo fica pior. O pai ganha a guarda, é bêbado, na casa não tem cama para a menina, ela divide uma cama de solteiro com o pai. Ela passa fome, ele proíbe dela ir na casa da vizinha e ainda a espanca. Ela fica dias com o mesmo vestido, sujo, passa frio. A escola a maltrata.

O governo aproveita para piorar tudo. Colocam a menina em um abrigo para adoção, mesmo a mãe sofrendo e querendo cuidar da menina. É um sofrimento para ela conseguir recuperar a guarda. Quando o padrasto é deportado é que ela consegue. O pai havia insinuado que o padrasto molestava a criança. A mãe tenta a documentação para ir ter com o marido na Suécia, mas o governo não autoriza que a menina saia do país. País que impede o direito de ir e vir das pessoas. A menina adorava o padrasto e as duas são obrigadas a ficar em um país que tanto as maltratou. É a menina que escreve a sua biografia que ganhou inúmeros prêmios. Incrível o desempenho da atriz, difíceis as cenas de espancamento. Ela é interpretada por Rachel Mojena. O pai por Abel Rodriguez. A mãe por Yoima Valdéz. O padrasto por Scott Cleverdon
Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Olimpíadas Rio 2016

Assisti as Olimpíadas Rio 2016. Vi em vários canais: TV Globo, TV Bandeirantes e TV Record. Só depois que descobri a cobertura do Sport TV e seus inúmeros canais e um pouco depois o mosaico. Eu achei que o Brasil não devia ter aceito realizar o evento pela crise econômica, problemas graves na saúde e educação, mas no momento que aceitou, deve realizar da melhor forma. E fomos muito bem na organização, salvo alguns percalços.

As Olimpíadas Rio 2016 tiveram um gosto especial, 5 amigos foram voluntários. Inclusive a Patry, do blog Marion e sua Vida que assina a autoria dessa foto. Ela inclusive relatou em vários posts algumas de suas experiências. São várias postagens além da página principal, é só seguir pelas postagens anteriores também. Deve ter sido muito emocionante ver algumas modalidades ao vivo.

Eu gostaria de colocar as fotos de vários medalhistas, principalmente ouro, das Olimpíadas Rio 2016, mas por receio das autorias das fotos, vou reduzir ao máximo. Essa é do Matt Dunham da AP. Caso eu não possa utilizar, eu retiro. Foi linda demais a competição do Thiago Braz. Que lindo que ele fez. Ele venceu em uma altura que era acima do que trabalhava e venceu. Foi muito emocionante. Foram vários militares que ganharam medalhas, muito bom ver algo positivo do exército, já que em geral os fatos eram sistematicamente negativos. Li várias matérias à respeito e vi que o Exército tem um programa de incentivo a atletas. Gostaria muito que os atletas tivessem mais patrocínio. Infelizmente os empresários brasileiros são muito imediatistas, querem patrocinar para ver o nome mais vezes na mídia, e não pelo esporte e pela cultura como desenvolvimento. Pelos comentários, percebi que alguns atletas passam várias Olimpíadas até terem resultados de medalhas, são anos de investimentos, sem a certeza do prêmio final. Deviam patrocinar independente do resultado final. Fiquei emocionada com as medalhas ouro dos esportes individuais. Linda a vitória de Rafaela Silva no judô e do Pedro Luiz no boxe. Quase não vi as lutas, fico agoniada, vejo um pouco, mas zapeio muito, volto até aguentar e fujo de novo.

Fiquei encantada também com o desempenho do time de futebol feminino. E muito triste que não há camisas com os nomes delas pra comprar. Elas fizeram muito bonito. Ouvi inclusive de comentaristas que a garra delas, disposição, teria influenciado inclusive no time masculino. Pode ser. Essa foto é de Ricardo Stuckert da CBF.

Eu adoro ginástica artística. Sei que a brasileira que mais se destacou foi a linda Flávia Saraiva, mas logo que comecei a ver fiquei fã da Rebeca Andrade. Como nossas ginastas encantaram. Essa foto lindíssima é da Rebecca Blackwell da AP.  Na TV Globo, a Daiane dos Santos comentava as provas. Linda a disciplina dela de explicar cada movimento, do que perdia ponto, do que estava impecável. 

E como as brasileiras fizeram bonito no nado sincronizado. Não chegaram a se classificar, mas foram muito bem. Acompanhei comentaristas que explicavam o que davam mais notas, as brasileiras não eram tão perfeitas como as russas, mas fizeram um belo trabalho. Ouvi inclusive que a filha de uma treinadora russa vem ao Brasil periodicamente ajudar no treino. Lembrem que nado sincronizado são várias atletas que precisam estar em excelência, portanto para chegar a fazer parte do grupo teve que treinar muito e de apoio por bastante tempo. Ouvi que as russas treinam 10 horas por dia.

Dos atletas estrangeiros, foi muito bonita a participação do Bolt da Jamaica nas Olimpíadas. Além de grande atleta, é carismático. Foi bonito também ele ir torcer pelo Brasil no futebol. 

Outro atleta que fez muito bonito foi a americana Simone Beils. Igualmente carismática e talentosa. As búlgaras que ganharam bronze na ginástica artística com objetos também emocionaram. Foi emocionante a última partida do vólei masculino. Priorizei o que vi mais. Assisti pouco os jogos coletivos.

Fiquei muito feliz com a classificação do Brasil no ranking de medalhas. Se pensarmos na crise econômica, na dificuldade de patrocínios, na fraqueza da educação básica, no pouco interesse por cultura e eventos culturais, ver atletas tendo tão bom desempenho e alguns sendo os melhores, é muito emocionante. Aguardo ansiosamente as Paraolimpíadas.

Beijos,
Pedrita