terça-feira, 23 de agosto de 2016

Todos se Van

Assisti Todos se Van (2015) de Sergio Cabrera no TelecinePlay. Que filme triste! O diretor é colombiano. É baseado no livro autobiográfico de Wendy Guerra, uma cubana que viveu maus bocados com briga de guarda dos pais em Cuba. Ela vivia bem com seu padrasto e sua mãe. Mas seu pai queria a guarda para tentar voltar com a mãe e usa o partido e as pessoas do partido para denegrirem a imagem da mãe.

Como pode alguém mentir em favor de outra quando é a vida de uma criança que está sendo definida? O governo autoritário e machista pergunta a uma criança, em uma audiência, lotada de estranhos, e com os dois pais presentes com quem a menina quer ficar. Não há tato, nada explicam pra menina. Horror dos horrores, mas tudo fica pior. O pai ganha a guarda, é bêbado, na casa não tem cama para a menina, ela divide uma cama de solteiro com o pai. Ela passa fome, ele proíbe dela ir na casa da vizinha e ainda a espanca. Ela fica dias com o mesmo vestido, sujo, passa frio. A escola a maltrata.

O governo aproveita para piorar tudo. Colocam a menina em um abrigo para adoção, mesmo a mãe sofrendo e querendo cuidar da menina. É um sofrimento para ela conseguir recuperar a guarda. Quando o padrasto é deportado é que ela consegue. O pai havia insinuado que o padrasto molestava a criança. A mãe tenta a documentação para ir ter com o marido na Suécia, mas o governo não autoriza que a menina saia do país. País que impede o direito de ir e vir das pessoas. A menina adorava o padrasto e as duas são obrigadas a ficar em um país que tanto as maltratou. É a menina que escreve a sua biografia que ganhou inúmeros prêmios. Incrível o desempenho da atriz, difíceis as cenas de espancamento. Ela é interpretada por Rachel Mojena. O pai por Abel Rodriguez. A mãe por Yoima Valdéz. O padrasto por Scott Cleverdon
Beijos,
Pedrita

14 comentários:

  1. Meu Deus! Que sofrimento esse. Mas conheço casos de pessoas que não pensam na felicidade da criança em uma separação, somente em si própria e com isso faz horrores. Uma amiga minha queria proibir do filho de 10 anos a ir ao novo casamento do pai do menino porque ela ainda gosta do ex. A criança não tem culpa!
    Esse filme deveria ser assistido por pais separados para mostrarem como seus filhos se sentem nessa briga sem fim deles.
    Beijos e boa dica a sua.
    Adriana

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. adriana, por sorte hj isso se chama alienação parental e é crime. ninguém pode apartar um filho de um familiar, pai, mãe, avós. se algum é perigoso, há leis. mas se é só pq quer se vingar, é triste demais, mesquinho demais.

      Excluir
  2. Acho que comecei a vê esse filme, já começado.
    Não sei porque não terminei.
    Vou procurar. Quem sabe encontro para gravar.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. liliane, é muito bom. tb comecei, quase não voltei.

      Excluir
  3. História extremamente forte, fiquei curioso.

    Fui pesquisar para saber se era produção cubana, o que seria algo fora do comum, mas na verdade é um filme colombiano.

    Nos últimos anos o cinema colombiano produziu alguns bons filmes como "Maria Cheia de Graça", "Poker" e "Cão Come Cão".

    Bjos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. hugo, acho que seria muito improvável se fosse cubano. faz muitas críticas veladas ao regime.

      Excluir
  4. E afinal, ela consegue se livrar do pai bebado? a mãe consegue ir embora e viver com o outro marido? a menina continua morando em Cuba? e depois que cresceu? Onde ela mora agora?

    ResponderExcluir
  5. Olá Pedrita
    Deve ser um filme triste que provoca sentimentos controversos como compaixão pela garotinha, vontade de pegar na mão e levá-la até sua mãe, e ao mesmo tempo revolta pelo comportamento egoísta e cruel de seu pai, e tb das leis e da burocracia.
    Nunca assisti um filme colombiano, fiquei muito interessada. Dica devidamente anotada.
    Bjs Luli Café com Leitura na Rede

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. luli, foi exatamente o que senti. pensava como ninguém pegava e levava ela pra mãe. é muito bom. o texto é cubano.

      Excluir
  6. Olá, tudo bem? Sobre o post anterior: não vi o nado sincronizado. Era tanta opção que passou batido por mim. Também acompanhei aquela comentarista com rouquidão aguda no SPORTV. Ela sempre comenta os saltos nas Olimpíadas. Gosto da comentarista. Bjs, Fabio www.tvfabio.zip.net

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. fabio, eu adoro as ginásticas, nado sincronizado. vejo pouco de jogos coletivos. eu acho um horror autorizarem q uma pessoa fale com aquela rouquidão.

      Excluir
  7. Hello, Pedrita!
    Fiquei curiosa para assistir, infelizmente não fica só em filmes, é uma realidade no mundo inteiro. Coitadas dessas crianças.
    Esse filme vai para a minha lista, obrigada por compartilhar!

    Bjs ♥

    ResponderExcluir

Cultura é vida!