sábado, 15 de setembro de 2012

Poll

Assisti Poll (2010) de Chris Kraus no Max. Descobri esse filme vendo o que ia passar pelo controle remoto. É impressionante! Poll é o nome do lugar onde morava o pai de uma menina, na verdade a menina se torna uma grande poeta e escritora, Oda Schaefer (1900-1988). O diretor alemão Chris Kraus é seu sobrinho-neto. Oda Schaefer era alemã, tinha 13 anos, sua mãe morre e ela vai viver em Poll na Estônia em 1914, com o seu pai, que casou de novo e tem outros filhos. Poll é uma co-produção entre Alemanha, Estônia e Áustria.

Seu pai é apaixonado pela ciência, Oda fica fascinada e compartilha seus estudos até descobrir que seu pai compra corpos de anarquistas para suas experiências, alguns mortos, mas outros só feridos, que, segundo ele, não merecem viver. Em Poll também estão alojados soldados que pensam da mesma forma. Um anarquista se esconde em uma capela da propriedade e Oda ajuda a escondê-lo. A bela menina é interpretada por Paula Beer. Outros do elenco são Edgar Selge, Tambet Tuisk, Jeanette Hain e Richy Müller. Poll ganhou muitos prêmios:.

Beijos,
Pedrita


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A Prova de Fogo

Assisti a peça A Prova de Fogo de Consuelo de Castro na Sala Carlos Miranda na Funarte. A direção foi da Vera Fajardo. Esse texto foi escrito em 1968, quando a Consuelo de Castro tinha 18 anos. Ela relata o período de ocupação dos estudantes de Filosofia na USP na época da Ditadura. Várias universidades foram ocupadas pelos estudantes como protesto. A polícia foi convencendo pacificamente aos estudantes se retirarem e sobrou somente a de Filosofia.

A peça é muito interessante porque mostra a própria divergência do grupo, ideias conflitantes. Mas é muito triste também porque mostra um período triste e vergonhoso de nossa história. Esse projeto foi com alunos da Casa da Gávea: Igor Vogas, Mariela Figueredo, Maria Ana Caixe, Daniel Lopes, Camila Moreira, Kalísley Rosinski, Victor Gorgulho, Pedro Henrique Nunes, Pedro Logän e Marcéu Pierrotti. Antes de começar a peça, a diretora disse que só foi possível a vinda para São Paulo porque foi incluído no projeto do Ministério da Cultura, Marcas da Memória, Comissão de Anistía. Esse projeto pede a inclusão de um documentário, então em São Paulo, assistimos antes um documentário com depoimentos sobre a Ditadura dAlípio Freire, José Dirceu, Wanderley Caixe, Marcelo Rubens Paiva e Fernando Gabeira. Gostei muito do espetáculo, de conhecer mais um pouco da história desse país. Foram só quatro apresentações em São Paulo e todas gratuitas. A Prova de Fogo tem viajado pelo Brasil.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Cópia Fiel

Assisti Cópia Fiel (2010) de Abbas Kiarostami no Max. Procurava um filme pra ver pelo controle remoto, adoro a Juliette Binoche, resolvi ver. Um pouco antes passaram entrevistas sobre o filme e lembrei que o diretor é iraniano. Nas matérias falaram o quanto o cinema é universal. Adorei o filme e fiquei muito impactada! A discussão é toda sobre o original ou a cópia, inicialmente nas artes, depois na vida das pessoas, o que é realidade ou ficção. Cópia Fiel é uma co-produção entre França, Itália e Bélgica. São belíssimos os lugares que os protagonistas passam.

Começa com uma palestra, o escritor do livro Cópia Fiel fala sobre cópias, ele é interpretado pelo belo William Shimell. A personagem da Juliette vai assistir e ela fala para o filho que não concorda com as teorias dele. Os dois se encontram depois para debater sobre cópia e original. Depois de um tempo não sabemos se eles estão interpretando um casamento no passado ou se era verdade. Cópia Fiel me virou por dentro, o texto é incrível, os dois arrasam, boa parte das cenas são quadros completos, nós acompanhamos eles sem cortes boa parte do tempo. Obra prima! Juliette Binoche ganhou prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes.

Beijos,
Pedrita


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Ritual

Assisti Ritual (2011) de Mikael Hafström na HBO. Eu gosto desse gênero de filme, tem o Anthony Hopkins e a Alice Braga no elenco, resolvi ver. É um bom filme, funciona, mas não chega a ser incrível, até se arrasta um pouco. O roteiro de Matt Baglio é bom e gostei bastante dos questionamentos iniciais. Nosso protagonista é filho de um preparador de mortos. Seu pai prepara os mortos em casa, nos Estados Unidos, e o garoto, desde criança convive com os mortos. O destino do rapaz será o mesmo. Por ser de uma família sem recursos, sem possibilidade de cursar uma faculdade pelo custo, ele resolve ser seminarista para poder estudar e ter um destino diferente. Ele também decide que sairá do seminário antes de concluir os votos.

Quando ele decide abandonar o seminário, um padre sugere que ele antes faça um curso de exorcismo em Roma e se mesmo assim depois desistir, que o padre não interferirá mais. O que mais me incomodou é que como não tenho filosofia católica, o filme tenta levar a sério o exorcismo, parece que o autor Matt Baglio acredita realmente em exorcismos e o filme fala que perder a fé é estar aberto ao mal que eu acho uma visão preconceituosa e intolerante. Ritual é bastante maniqueísta. E também me incomodei bastante com o preconceito aos gatos no filme, que eles só gostavam dos possuídos, porque são do mal, isso me irritou profundamente. Os sapinhos também sofrem do mesmo preconceito. Ritual é assistível. O rapaz é interpretado por um jovem ator irlandês, Colin O´Donoghue e ele se sai muito bem. Agora que vi que o Rutger Hauer estava no elenco, ele faz o pai do rapaz.



Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Amor Eterno Amor

Assisti Amor Eterno Amor (2012) de Elizabeth Jhin na TV Globo. Eu gostei demais dos primeiros capítulos, aí exageraram nos fantasminhas e como não tenho a filosofia espírita, vi bem pouco, praticamente abandonei. Quando começou a ser bem mais próximo dos filmes de fantasminhas que gosto, aí quis ver, gostei muito da ideia de ter em um passado uma trama meio capa e espada. E como ficava mais inverosímel, aí voltei a gostar.

Logo no começo achei que a Elisa poderia mesmo ser uma fantasminha e que poderia ter encarnado na Miriam, ou que a Miriam poderia ser adotada. Mas quando a Elisa realmente apareceu achei que tinha me enganado. Adorei vários casais da trama. Adoro o Gabriel Braga Nunes, tinha amado a Letícia Persiles na minissérie Capitu, gosto dessas novas mocinhas, decididas, uma exímia jornalista, uma mulher corajosa. 

E gostei muito de vários casais da novela, gosto dessa modernidade nos casais, mais realistas, e as novelas da seis tem inovado muito no formato dos casais e de todas as idades. Adoro a atriz Daniela Fontan, já tinha adorado o trabalho dela na novela Eterna Magia. E ela estava incrível em Amor Eterno Amor, ela fazia um par romântico muito atrapalhado com o Pedro Fonseca, personagem do André Gonçalves. Adorava os figurinos coloridos dela, o amor dela por Copacabana. Também achei lindo o casamento dos personagens dos Nica Bonfim e Tony Tornado
Adorava o casal dos personagens do Felipe Camargo e da Carolina Kasting. Ele médico, ela psicóloga, os dois com filhos, e no final fizeram uma homenagem ao filme Os Meus, Os Seus, Os Nossos. E as histórias dos filhos e avós dos filhos também foi muito bonita. Outro casal que gostava muito eram dos personagens da Carol Castro e do Erom Cordeiro. Gosto dessa ideia atual da TV Globo de trazer atores do teatro para compor personagens, além de mudar mais e reciclar mais, dá um frescor e ritmo diferente as tramas. Então nos núcleos encontramos ótimos atores não tão conhecidos da televisão: Denise Weinberg arrasou como Angélica, Chico Expedito como Laudelino, Otávio Martins como Gil. E outros que vem fazendo sucesso nos cinemas, Sandra Corveloni como Solange, Flávio Bauraqui como Hamilton e Hermylla Guedes como Marlene.


Adorei a trama da Jáqui, Suzy Rêgo, e da Valdirene, Rosane Gofman. No começo a personagem da Jáqui era bem chata, mas a reviravolta foi muito bonita. Estimulada por sua auxiliar, ela acaba se tornando uma empresária, ainda somada a ajuda da filha, Adelaide de Castro, na administração. Uma trama de três mulheres fortes. A Valdirene inclusive tinha uma trama muito forte, já que sua nora não queria que a neta tivesse contato com a avó por ser uma má influência, já que a avó trabalhava como doméstica. Jáqui também teve uma trama afetiva engraçado do meio para o final. Engraçado o quarteto amoroso. Giulia Gam namorava o editor da revista interpretado por Murilo Grossi, era a melhor amiga do Gil que era irmão da Jáqui. O elenco jovem também era muito bonito e talentoso, Mariana Ruy Barbosa, Mariana Molina, Miguel Rômulo, Olivia Torres e Jéssika Alves. Linconl Tornado em papel cômico estava muito, nesse núcleo estava também o Nuno Leal Maia e a Camilla Amado. Outro casal cômico era dos atores Raphael Viana, Josué, e Andréa Horta, Valéria. As crianças eram interpretadas por Klara Castanho, Julia Gomes, Rafael Gevú, Caio Manhente, Luiza Gonzales e Luis Augusto Formal.


Os vilões da trama estavam muito bem. Cássia Kiss arrasou, seus figurinos eram maravilhosos e gostei muito da troca de perucas, tinham muito a ver com a personagem. E gostava da inteligência da vilã. Adoro o Luís Melo, gostei que ele meio que se redime no final, mas ele não consegue o amor dos outros, nem se integrar aos grupos, foi uma mudança interna que não gerou frutos sociais, gostei de não ficar bonzinho e todos se compadecerem. Essa realidade da trama foi algo que gostei muito. Carmo Della Vechia também estava muito bem como o  perturbado Fernando. Osmar Prado arrasou também como o oportunista Virgílio. Outros grandes atores da trama foram: Rosi Campos, Ana Lúcia Torre, Pedro Paulo Rangel, Reginaldo Faria, Othon Bastos, Carlos Vereza e Suely Franco. Alguns outros atores que gosto que estavam na trama foram: Laila Zaid, Maria Clara Matos, Gilberto Torres, Lucci Ferreira, Vera Mancini e Mayana Neiva. A trilha sonora também era muito bonita com a belíssima Ainda Bem interpretada pela Marisa Monte

Gostei da novela abordar o desaparecimento de crianças, falar da importância da carteira de identidade desde criança e de mostrar fotos de crianças desaparecidas ao final da novela pela FIA. Duas crianças foram localizadas durante a novela.

Beijos,
Pedrita

domingo, 9 de setembro de 2012

Bons Costumes

Assisti Bons Costumes (2008) de Stephan Elliot na HBO Plus. Fazia tempo que eu via esse filme na programação, vi que é um filme de época que gosto, mas nunca dava para assistir. Finalmente consegui! É um bom filme, não incrível, mas bom. Tratam como comédia, mas confesso que não ri muito. Bons Costumes é baseado na peça do inglês Noel Coward de 1925. O diretor do filme é australiano e Bons Costumes é uma co-produção entre Reino Unido e Canadá.

 Uma exímia corredora de carros americana se apaixona por um playboy inglês. Eles se casam e vão para a casa da família dele onde pela tradição inglesa ele deveria morar. Bons Costumes aborda então o confronto entre a tradição exagerada inglesa com o preconceito a liberdade americana. Kristin Scott Thomas, atriz que adoro, interpreta a matriarca da família que exagera na possessão e controle de todos. Jessica Biel a bela e jovem americana. Elas entram literalmente em guerra. O playboy está bem fraquinho, interpretado por Ben Barnes. O marido é interpretado pelo ótimo Colin Firth. A ambientação da época, os carros, os figurinos são belíssimos!

Beijos
Pedrita