sábado, 22 de agosto de 2020

O Encontro

 Assisti ao documentário O Encontro da mostra Refinaria.doc do grupo Refinaria Teatral no Youtube. Ai que saudade de ir ao teatro! Parece que a última vez que fui a um teatro foi em outra vida, tanto tempo faz. O grupo preparou um filme pra contar sobre o I Encontro Paulista de Teatro de Grupos. Muito bom ver um resumão de todas as peças que passaram no espaço no ano passado. Ótima edição!

Eu amo making of e foi muito bom ver o preparo de um pouquinho de cada grupo que participou. Depois passam trechos da peça e depoimentos de quem assistiu. Participaram do encontro só grupos bacanas: A Próxima Cia, Cia Antropofágica, Cia Paideia de Teatro, Cia Sabre de Luz Teatro, Cia Teatro da Investigação, Cia Teatro Documentário, Companhia do Feijão, Grupo Folias, Grupo Redimunho e República Ativa de Teatro. Algumas peças eu assisti, umas nesse encontro, outras em outros momentos e lugares diferentes.

Quarança da A Próxima Cia eu vi na Refinaria Teatral e estava entre as melhores peças que vi no ano passado, muito lindo, mas muito triste. Pena que eu não consegui ver 5 Semanas em um Balão da Cia Sabre de Luz Teatro. Ao menos com o documentário consegui ver um pedacinho. O encontro trouxe espetáculos para adultos, jovens e crianças.
Foto de Adriana Nogueira

Como a peça O Inimigo da República Ativa de Teatro que eu gosto tanto e vi em 2016, também estava entre as melhores peças que vi naquele ano.
Foto de Fernanda Oliveira

Também tinha visto na Refinaria Teatral a incrível peça DaTchau - Rumo a Estação Grande Avenida da Companhia do Feijão.
Foto de Cacá Bernardes

Foi muito bom no documentário ver trechos do espetáculo A Casa de Farinha do Gonzagão da CTI - Companhia de Teatro de Investigação que eu tinha visto em outro lugar. Esse grupo faz um espetáculo muito interativo e foi muito bacana ver o público da zona norte dançando com o grupo na peça.
Foto de Tally Campos

Beijos,

Pedrita

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

O Poder de Diane

 Assisti O Poder de Diane (2017) de Fabien Gorgeart no Festival Varilux de Cinema no Looke. Eu achei que não iria mais ver algum filme dessa seleção, antes de sair do ar, tinha amado alguns, largados pela metade outros e não estava interessada nos que sobraram. Mas o 007 me lembrou que os filmes franceses de comédias nem sempre são cômicos e resolvi arriscar mais um. E é o que acontece com esse, é bem mais drama. Uma mulher que está grávida vai viver em uma casa no campo. Lá se apaixona pelo eletricista. Ela é interpretada por Clotilde Hesme e ele por Fabrizio Rongione.

Ele se afasta quando descobre que ela está grávida. Em outro encontro ela diz que o filho não é dela, é de um casal de amigos que não podem ter filhos. Eles são interpretados por Thomas Suire e Grégory Montel. Ele se reaproxima, mas está claramente desconfortável com a situação. Conservador, ele não entende porque ela fez aquilo. Ela diz claramente que nunca quis ter filhos. Eles voltam a ficar juntos, ele vai morar com ela, mas é fato que ele a julga o tempo todo. O que ele faz com ela na hora do parto é tão abominável, que não entendo como ela o procurou depois e o perdoou. Eu não sei se conseguiria. Ele é muito monstruoso. Ele entrou na história dela depois, estavam pouco tempo juntos, ele não tem o direito machista de querer decidir sobre a gravidez dos amigos dela. Eu entendo que ele não conseguisse administrar a decisão dela e dos amigos, mas se ele aceitou continuar a relação enquanto ela estava grávida, ele não poderia jamais tentar interferir naquele que foi decidido antes deles se conhecerem.
Ele é tão pavoroso, que quando ela é visitada pelos pais da criança ele faz todas aquelas perguntas machistas abomináveis, com qual dos dois ela transou, aí ela diz que com nenhum dos dois. Inacreditável que mesmo as respostas bastante verdadeiras, ele continua implicando com os amigos dela. Ele fica muito bravo que ela vai ficar um período morando com os pais da criança após o bebê nascer. Mas onde ele achou que seria diferente? Volto a dizer, se ele quis continuar com ela mesmo grávida, ele tinha que elaborar a situação e respeitar as escolhas dela. Depois do parto aí sim eles poderiam decidir juntos. Mas ele não tinha nada a ver com aquela gravidez. Outra questão que me chocou mais ainda foram as várias críticas feitas por homens que li, uma teve o disparate de dizer que o filme era sobre uma mulher insensível, outro que ela não estava nem aí para os sentimentos dos outros, tão monstruosos como o namorado dela.
Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Jojo Rabbit

Assisti Jojo Rabbit (2019) de Taika Waititi no TelecinePlay. Queria muito ver esse filme. O 007 comentou que na estreia no Telecine Premium estava entre os assuntos mais comentados no Twitter, mas eu vi uns dias depois no Now. Que filme lindo! Como aborda temas difíceis. É baseado no livro Caging Skies de Christine Leunens.

 O protagonista Jojo é um nazista fanático. O elenco é incrível, Jojo é interpretado brilhantemente por Roman Griffin Davies. Como dizem, a criança não nasce preconceituosa, é o adulto que ensina o ódio. Imagino como deve ter sido difícil na Alemanha criar os filhos na época da guerra. Por medo de perseguições, muitos pais não nazistas deviam não interferir na lavagem cerebral dos filhos nas escolas pelos riscos de morte. O garoto ama tanto o nazismo que seu amigo imaginário é Hitler. Muito inteligente ser claramente um amigo imaginário já que diz muitas frases sem sentido ou infantis, típicas da imaginação infantil. Só agora que vi que o próprio diretor do filme interpreta o Hitler imaginário.

Louco para lutar na guerra, Jojo vai ao treinamento militar com várias outras crianças. No final da Segunda Guerra Mundial, com poucos soldados, a Alemanha enviou inúmeras crianças a guerra. Vários filmes mostram o soldado matando alemães e quando vão avançar percebem que eram só crianças. Mas Jojo se acidenta e não é enviado. Seu amiguinho segue para a guerra. Demais também a atuação do seu amigo, Archie Yates. Jojo acaba então fazendo entregas de panfletos, buscando metais e claro, ficando mais em casa. Sua mãe iluminada é interpretada pela linda Scarlet Johansson. Demais os soldados interpretados por Sam Rockwell e Alfie Allen. Ótima também a alucinada nazista interpretada pela Rebel Wilson.
É assim que conhece, escondida dentro de uma parede, uma jovem judia interpretada pela bela e talentosa Tomasin Mckenzie. Ele resolve não contar a mãe. O desenrolar do filme é muito, mas muito lindo. A jovem judia diz que a primeira coisa que deseja fazer quando tudo acabar será dançar. E eu desejo a todos vocês que a primeira coisa que vamos fazer quando tudo isso passar será dançar.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Pitanga

Assisti ao documentário Pitanga (2017) de Camila Pitanga e Beto Brant no Canal Brasil. Quis ver inclusive nos cinemas. A trajetória de Antônio Pitanga confunde-se com a história do cinema brasileiro.. Sou fã desse ator.

Antônio Pitanga com Luíza Maranhão em A Grande Feira

O documentário mostra Pitanga na praia, depois segue para Salvador, onde ele encontra com profissionais que trabalhou. Contador de histórias, seus encontros são riquíssimos em conteúdo, uma aula de cinema brasileiro. Ele fala com Ruth de Souza, Léa Garcia, Zezé Motta, Milton Gonçalves, Lázaro Ramos, Othon Bastos, Gésio Amadeu, Ney Latorraca, Tamara Taxman e Ítala Nandi. Com os diretores Cacá Diegues, Neville D´Almeida, Walter Lima Jr. e Hugo Carvana. Os músicos Maria Bethânia, Gilberto Gil, Martinho da Vila, Paulinho da Viola e Caetano Veloso.

Antônio Pitanga em Barravento

Pitanga conta que Glauber Rocha ficou muito bravo com ele porque uma produção atrasou e o ator foi trabalhar com teatro. O documentário entra com uma linda entrevista do José Celso Martinez Corrêa e sobre teatro. Capoeirista, suas interpretações tinham muitos movimentos, eram muito viscerais.

No final as conversas são com os filhos. Camila Pitanga agradece muito ao pai o carinho com sua mãe, Vera Manhães. Em uma entrevista contam a beleza desse casal.

Muito emocionante as cenas do Pitanga com o filho Rocco e seus netos, que momentos delicados. O carinho e união de todos emociona.

No blog eu falei de alguns filmes que Antônio Pitanga participou:

O Pagador de Promessas

Tocaia no Asfalto

O Homem que Desafiou o Diabo

Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios

Beijos,
Pedrita