sábado, 16 de janeiro de 2010

Maurice

Assisti Maurice (1987) de James Ivory no Telecine Cult. Vi na programação que ia passar esse filme, resolvi ver. Minha mãe tem razão, é muito triste. Maurice é ambientado na Inglaterra, no século XIX, baseado no livro semi-autobiográfico de E.M. Foster. Eu não sabia que a Inglaterra executava homossexuais. Dois rapazes se apaixonam. Quando um homem, amigo do personagem do Hugh Grant é denunciado e condenado a 6 meses de prisão, mas poderia pegar vários anos e trabalhos forçados, o personagem de Hugh Grant fica doente e resolve forçar a sua natureza para não perder o status, não correr riscos de ser denunciado, de ser executado ou preso. Maurice sofre muito, mas não consegue aceitar a sugestão de tentar se enquadrar ao que a sociedade impunha. Maurice é interpretado por James Wilby, todo o elenco está excelente.

No meio desse sofrimento todo Maurice procura um psiquiatra, que apesar de casado e com filhos, aceita a natureza do rapaz e sugere que ele siga para países que não executam homossexuais com a França e a Itália. Mesmo no século XIX já haviam psiquiatras que mesmo diferentes de seus pacientes aceitavam outras naturezas. Hoje ainda encontro psicólogos e psiquiatras que acreditam que haja tratamento para condutas fora do padrão. O personagem do Hugh Grant tem um discurso bastante estranho sobre seu comportamento anterior, como se fosse uma doença que foi curado posteriormente. Ainda no elenco estão: Rupert Graves, Billie Whitelaw, Phoebe Nicholls e Helena Michell.

Youtube: Maurice Video Trailer



Beijos,

Pedrita

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A Noiva Escura

Terminei de ler A Noiva Escura (1999) de Laura Restrepo. Comprei esse livro por um acaso, estava no sebo, é novo, da Companhia das Letras e na contracapa estavam indicações da autora de Isabel Allende e Gabriel García Marquez. Depois na internet vi que a autora ganhou vários prêmios. Laura Restrepo é jornalista, nasceu em Bogotá e fez uma pesquisa com prostitutas de uma região onde há extração de petróleo. A Noiva Escura é um livro de ficção onde ela conta a história da Sayonara e por essa personagem mostra um pouco dessa região, misturando ficção e realidade. Gostei muito!

Obra Beijos que Matam (2002) de María de la
Paz Jaramillo

Sayonara chega na cidade e é apadrinhada pela Todos los Santos. Sayonara sempre quis ser prostituta. Gostei como autora mostra como as prostitutas se dividiam. Luzes nas casas mostravam a hierarquia das prostitutas. Prováveis ou fictícias francesas tinham mais status que as colombianas, principalmente porque loiras, brancas e de olhos claros eram raridade. Mulheres de pele mais escura, com traços indígenas e cabelos pretos eram muitas e usavam a luz branca. Sayonara apesar de estar nesse perfil, foi criada pela Todos Los Santos para ser a mais rara, apesar da pele escura, foi criada para ser a única oriental da região. Eu fiquei tão encantada com a obra que não parava de anotar trechos, vai ser difícil escolher alguns para colocar aqui.

Obra Jarro Violeta (1999) de Teresa Cuéllar

Trechos de A Noiva Escura de Laura Restrepo:

“Então a noite se abria de par em par e acontecia o milagre: ao longe e ao fundo, na escuridão grande e sedosa, apareciam as résteas de lâmpadas coloridas de La Catunda, o bairro das mulheres.”

“Elas nos chamavam de cabeludos porque o orgulho do petroleiro era aparecer em La Catunga com jeito rude, queimado de sol, cabeludo e barbado. Mas limpo e cheirando fino, de bota de couro e camisa branca, e também com um bom relógio, cordão e anel de ouro, para o pagamento dar na vista. E com o crachá no peito, bem à mostra, como uma medalha. O crachá que identificava você como operário petroleiro. Não tem jeito, parceiro, nunca se conheceu honra maior.”

“Nenhum de nós as chamava de putas nem de rameiras, nem de outros nomes de ofender – rememora Sacramento. – Só as chamávamos assim, “as mulheres”, porque para nós não existiam outras. No mundo petroleiro, o amor de aluguel era a única forma reconhecida de amor.”

“Na rigorosa classificação por nacionalidade, logo abaixo das francesas vinham as italianas, geniosas mas profissionais do ofício, e, descendo na escala, as de países vizinhos, como Brasil, Venezuela e Peru, depois as colombianas das várias regiões e no último degrau as indígenas do lugar, que estavam em desvantagem por causa do preconceito racial e por serem mais abundantes.”

Tanto os pintores como o compositor são colombianos.


Youtube: TIERRA LABRANTIA de Carlos Vieco



Beijos,

Pedrita

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Sherlock Homes


Assisti no cinema ao filme Sherlock Holmes (2009) de Guy Ritchie. Eu e minha mãe estávamos com saudades de nossos passeios ao cinema. Eu tinha vontade de ver esse filme, mas minha mãe mais ainda porque ela ouviu a indicação na Rádio Eldorado. A produção de arte, cenários e figurinos são majestosos, impressionantes. Sherlock Holmes é ágil, inteligente e muito bem editado. E eu ainda adoro a dupla de atores Robert Downey Jr. e Jude Law. Nosso Sherlock Holmes agora luta, é especialista em lutas, mas ágil e inteligente, com aquele raciocínio lógico que conhecemos do personagem.

Vou falar detalhes do filme: Tudo parece magia, um homem foi treinado em um grupo secreto, mas utiliza o que sabe para o mal. Algumas mulheres já foram mortas nesses rituais e ele parece ter um domínio sobre a mente das pessoas. Sherlock Holmes é racional e fica tentando descobrir e localizar esse homem. Gostei de tudo ter sido manipulação e não ter magia alguma. Uma trama muito bem
arquitetada e bem desenvolvida. No final há mais um mistério que terá que ser revelado e já prevemos uma continuação.


Gostei muito de todo elenco. As duas belas mulheres são inter-pretadas por Rachel McAdams e Kelly Reilly. O vilão por Mark Strong. Outros são: Eddie Marsan, Hans Matheson, William Hope e James A. Stephenson. A direção de arte é de James Foster, Nick Gottschalk, Matthew Gray e Niall Moroney. A edição de James Herbert. E os figurinos de Enny Beavan. Gostei muito também da trilha sonora de Hans Zimmer.
Youtube: Sherlock Holmes - Trailer 1 [HD]



Beijos,

Pedrita

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Bolt


Assisti Bolt (2008) de Byron Howard e Chris Williams
no HBO Family. Estava animada para ver esse desenho da Walt Disney no HBO. Estava começando no canal dublado e como dublagens de animações são caprichadas para o cinema, resolvi assistir. Me emocionei muito com Bolt. Há muitas surpresas e é bom descobrir vendo o filme.

Vou falar detalhes de Bolt: Muito ágil essa animação, começa com a menina comprando o Bolt em uma loja. Logo depois ela recebe um recado do pai que fez do Bolt um super cão com poderes pra protegê-la. Passa uma cena mirabolante dela e do Bolt sendo atacados por muitos. No final dessa cena, que o super latido salva a menina, ouvimos um corta, a menina vai com Bolt para um trailer e descobrimos que era um filme. Bolt não pode sair do trailer, fica lá sozinho e falam pra menina que o filme só fica bom porque Bolt realmente acredita que tem os super poderes e que pode proteger a menina. Em uma cena que a gravação para sem ele salvá-la, ela vai embora, ele fica desesperado, foge, vai parar do outro lado dos Estados Unidos, consegue a ajuda de uma gata e um râmster para vir salvá-la. Me emocionei várias vezes. É uma animação muito importante, porque mostra o quanto muitos manipulam animações para atender suas ideias comerciais.

Um pouco depois que a gata apareceu eu comecei a reconhecer a voz, combinou muito o timbre de voz da Maria Clara Gueiros para a gata. Bolt é dublado por Mário Jorge Andrade. E o râmster por Leandro Hassum.

Youtube: Bolt [2008] - Official Movie Trailer








Beijos,

Pedrita