sexta-feira, 15 de maio de 2020

O Sol Também é Uma Estrela

Assisti O Sol Também é Uma Estrela (2019) de Ry Russo-Young no TelecinePlay. Relutei em ver esse filme porque achei que era um romance, é realmente, adocicado demais, mas tem suas qualidades.

É a história de dois adolescentes lindíssimos. A trama passa na verdade em um dia da vida deles. Ela é louca por ciência, então há teorias científicas pra explicar alguns fenômenos. Fala da relação de um dia na vida da pessoa com o universo, dos bilhões de anos do universo e da nossa existência curta e da premissa de aproveitarmos intensamente cada segundo. Ela é interpretada pela lindíssima Yara Shahidi e ele por Charles Melton. Ela interpreta uma jamaicana prestes a ser deportada de volta ao país de origem com a família. Ele é um sul-coreano que a família tem uma loja de cabeleireiros para cabelos afro.
É o último dia dela nos Estados Unidos. Ela tenta então reuniões com advogados e conselho para tentar continuar no país, sonha estudar ciência. Ele vai prestar uma bolsa para uma universidade. O tempo todo o personagem dele tenta mostrar que não há coincidência, que a vida é destino. O filme é baseado no livro de Nicola Yoon, que fez enorme sucesso entre adolescentes. A autora acredita nessa teoria sobre o amor, que nada é ao acaso e força bastante sua teoria. O filme se arrasta um pouco demais, chega a ser cansativo tanta melação e teoria forçada, mas é bonitinho. 

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 13 de maio de 2020

A Fera na Selva

Assisti A Fera na Selva (2019) de Paulo Betti e Eliane Giardini no Canal Brasil. Eu queria muito ver esse filme, tentei inclusive ver nos cinemas. É baseada em uma história do Henry James. Quando eu assisti a peça Autobiografia Autorizada com Paulo Betti, o ator comentou desse filme.

Eu tive uma dificuldade monumental de gostar do protagonista, mimado e egoísta, ele acredita piamente que algo mágico e extraordinário acontecerá em sua vida e passa a vida aguardando esse momento. Ele divide esse segredo com uma mulher que cumpre o papel de muita mulher que é abandonar a sua própria pra viver a vida do outro. Ela resolve acompanhá-lo nessa busca. Ela ao menos consegue se realizar mais, já que recebe uma herança e monta uma livraria simpática que recebe eventos culturais.
Ele tem uma enorme incapacidade de ser feliz com o que tem e de viver intensamente cada minuto. De ver que o fato mais extraordinário que aconteceu em sua vida foi conhecer essa mulher. Eles passam anos e anos compartilhando momentos inesquecíveis, indo a teatros, fazendo passeios. Os dois são professores universitários, então ainda dividem conhecimentos, livros, e um lindo cotidiano. Uma vida riquíssima. Ele ainda tem a sorte de viver bastante e saudável, podendo desfrutar cada minuto de sua rica vida, que ele é incapaz de perceber. Adoro esses atores Eliane Giardini e Paulo Betti. A filha deles, Juliana Betti canta em um espetáculo que eles vão assistir. A narração é de José Mayer. Participa a Orquestra Sinfônica de Sorocaba. As locações maravilhosas são em Sorocaba, cidade de nascença de Paulo Betti. O Prelúdio nº 1 de Villa-Lobos que aparece no filme é interpretado pelo maravilhoso Duo Assad.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 11 de maio de 2020

X-Men: Primeira Classe

Assisti X-Men: Primeira Classe (2011) de Matthew Vaughn na Megapix. Eu queria muito ver esse que tem o James McAvoy. A pressa foi tanta que até aceitei ver nesse canal que só passa dublado, som original só sem legendas e com comerciais. O 007 disse que são os filmes que ele mais gosta, quando entra esse elenco. Engraçado como gosto não se discute, vários amigos nas postagens dos filmes anteriores disseram preferem o elenco inicial.

Eu gostei muito! Amei os personagens, os mutantes e contar a história do início de tudo. Na Segunda Guerra Mundial, o Magneto, ainda sem esse nome, criança e judeu, é levado a um Campo de Concentração com sua família. O nazista torturador (Kevin Bacon) enlouquece com o poder do seu pupilo e faz de tudo para enfurecê-lo para ampliar os seus poderes. 
Em uma ação, a marinha americana conhece Magneto (Michael Fassbender) e Charles se junta a ele. A falta de sutileza é que estraga esse filme. Todos tem sentimentos muito estereotipados. Na tentativa de justificar o estilo de cada um no futuro, eles já são parte daquilo que serão. Não há nuances. O filme perde muito com isso. McAvoy inclusive interpreta um personagem tão arrogante que chega a ser chato. Acabamos até torcendo pelos vilões de tão mala que ele é. A personagem da Rose Byrne também é muito chata.

Talvez seja por essa direção sem sutilezas que a Jennifer Lawrence esteja tão canastrona, ou realmente ela era fraquinha, porque agora adoro essa atriz. Amei a personagem da Zoe Kravitz. Fiquei inconformada com a morte do personagem do Edi Gathegi. Amei o mutante mas ele aparece muito pouco. Os outros são bem mais chatinhos interpretados de modo caricato por Nicholas Hoult, Lucas Till e Caleb Laundry Jones. Eles são todos muito bobões e infantilizados, fica pouco crível que depois saibam lidar nos conflitos e confrontos.
Os vilões não aparecem muito: January Jones, Álex González e Jason Flemyng. A série, e imagino que venha dos HQs, fala da relação turbulenta na guerra fria entre Rússia e EUA. Esse filme até tenta atenuar o maniqueísmo na política, bons contra maus. São as influências dos mutantes que fazem o russo querer começar a Terceira Guerra Mundial, mas os cacoetes americanos contra comunistas estão lá, como tudo nesse filme, sem sutilezas. Não sei se é porque não sou fã do gênero, que a música para dar emoção, as cenas intermináveis de lutas me soam profundamente cansativas e artificiais, mas no geral eu gostei muito desse filme. Boa diversão!

Beijos,
Pedrita