sexta-feira, 3 de junho de 2016

O Jogo da Imitação

Assisti O Jogo da Imitação (2014) de Mortem Tyldum no HBO On Demand. Eu vi uma matéria no jornal impresso elogiando esse filme, lembrei que tinha visto o poster no Now e fui procurar. Gostei demais! Jovens que não entendem a função da matemática deveriam ver. Lembro de um professor que me fisgou na matéria usando o quadro todo com tudo o que aprendemos que 2 + 2 não era 4. Fascinada passei a amar a matéria. O filme é baseado no livro do matemático Andrew Hodgers sobre o matemático inglês Alan Turing.

Estamos na Segunda Guerra Mundial. Alan Turing se candidata a um emprego para decifrar a máquina alemã de códigos Enigma. Antissocial, ultra inteligente, acaba tendo problemas com a equipe. Mas ele começa a desenvolver uma máquina que decifre os códigos da Enigma, considerada indecifrável. Diariamente os alemães mudavam os códigos e o trabalho zerava, com uma máquina tudo se revolveria. Ele passa anos na construção e sofrendo todo o tipo de pressão. Sem falar que há um espião no grupo e o exército está de olho em todos eles.

Essa máquina ficou conhecida como o início do computador. É fascinante o raciocínio. Alan Turing diz que quem tentar ajudar no processo precisa ser bom em palavras cruzadas. O ator está incrível, Benedict Cumberbatch, porque ele precisa colocar no personagem todo o retraimento do Turing, o andar estranho, a dificuldade de falar, de se relacionar. Turing após construir a máquina é condenado por ser homossexual e para não ser preso aceita fazer a castração química. Um ano após a castração química e todos os efeitos colaterais do remédio ele se suicida.
Ainda no elenco estão: Mark Strong, Matthew Goode, Rory Kinnear, Allen Leech, Matthew Beard, Jack Bannon, Alex Lawther e Charles Dance. O Jogo da Imitação ganhou Oscar de Melhor Adaptação.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Lucia de B.

Assisti Lucia de B. (2014) de Paula Van Der Oest no Max. É sobre a enfermeira holandesa Lucia de Berk que foi acusada de assassinar bebês e idosos doentes. Eu não conhecia nada dessa história. Me deixei levar na forma como o filme nos apresenta. Mostram ela trabalhando muito duro com bebês. Ela ficava além dos horários, era extremamente dedicada. Mas era muito calada e reservada.

Até que há a suspeita de uma substância química em um bebê. A advocacia do hospital começa a procurar indícios se essa mulher é uma assassina. Uma jovem advogada vai estagiar nesse escritório e começa a ajuda na apuração dos fatos. Começa uma caça as bruxas com uma infinidade de abusos por parte desse escritório e da polícia. Vasculham o apartamento da enfermeira sem mandato, depoimentos sem a presença de advogados, escutas ilegais, fazem associações livremente sem psicólogos ou psiquiatras. Uma sucessão de preconceitos. Ela tinha se prostituído na adolescência, abandonou a filha para viver com outro homem, que ela lia tarô. Um horror. Temos dúvida se ela é inocente, mas as associações que fazem sem base alguma são vergonhosas.


Juntam-se a esses advogados a opinião pública ávida em condenar rapidamente uma assassina de bebês e idosos. Inclusive logo no início das averiguações, o dono do hospital fala que quer sigilo, mas horas depois faz uma coletiva já condenando a enfermeira antes mesmo das investigações, ganhando apoio de todos.

As acusações vão sendo desmontadas, mas Lucia de Berk passa seis anos presa. Um excelente advogado não gosta da forma com o caso está sendo conduzido e vai defender Lucia de Berk, não adianta muito, mas ele começa a desmontar as farsas. Lucia não abandonou a filha, a filha foi morar com o pai, vejam o machismo. Uma filha ir morar com o pai a mãe deve ter algum problema, não-necessariamente. Mas uma filha escolher morar com a mãe o pai jamais será questionado ou acusado de abandono. Lucia de Berk era um pouco antissocial, ficava mais sozinha nos hospitais que trabalhou e foi julgada por isso também. Lucia começa a lembrar da infância e descobrimos que a mãe prostituiu a filha adolescente. Sim, revoltada ela poderia matar bebês, talvez. Mas usam a prostituição como se fosse algum crime alguém querer vender o próprio corpo e no caso de Lúcia nem isso era. Só em um bebê parecia ter uma substância, e a advocacia do hospital já declara todos os outros casos sem prova alguma. Ela não é acusada de matar um bebê e sim de todos os pacientes que durante anos de trabalho morreram em suas mãos. Ariane Schulter está excelente como Lucia de Berk.

A jovem advogada é interpretada por Sallie Harmsen. A chefe dela por Annet Malherbe. Alguns outros por Barry Astma, Isis Cabolet, Marcel Muster e Fedja Vun Huet


Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Vício Inerente

Assisti Vício Inerente (2014) de Paul Thomas Anderson no Max. Eu adoro esse diretor, quando vi que tinha esse filme coloquei pra gravar e vi logo. É uma piração só, fascinante, confuso e não há interesse em desatar os nós. O roteiro é baseado no livro do Thomas Pynchon que fiquei com vontade de ler agora. Falam que esse escritor é autor de livros longos e complexos.

Nosso protagonista é um hippie na década de 70. Ele recebe uma visita da ex que é amante de um milionário. A esposa tem um amante também e procuram a moça para ela participar em um golpe no milionário. O ex é detetive e ela quer saber se deve aceitar. A bela jovem é interpretada por Katherine Waterston.


O detetive é interpretado pelo Joaquin Phoenix que está incrível. É a época da explosão das drogas, sexo e bebidas. O detetive usa drogas. Nas investigações aceita tudo o que oferecem, ácido, cigarros, bebidas, ficamos o tempo todo na dúvida se realmente descobriu aquele fato ou teve alucinação. Tudo muito inteligente. 

Reese Witherspoon faz uma pequena participação. Ela é a atual namorada do detetive. Eric Roberts interpreta o milionário e aparece muito pouco, apesar de ser o personagem de todas as ações do filme. Serena Scott Thomas, irmã da Kristin Scott Thomas, interpreta a mulher do milionário.

Só quando fui ver as fotos é que me toquei que esse momento era uma paródia a santa ceia. Eu lembro claramente dessa cena, tem uma descoberta importante nela, mas no filme não percebi que era uma ironia com a santa ceia.

Vários bons atores participam de Vício Inerente. Josh Brolin faz um excelente policial perturbado desde que perdeu o seu parceiro. Owen Wilson e Benicio Del Toro interpretam personagens bem importantes na trama. No elenco ainda: Shannon Collis, Martin Dew e Hong Chau. São muitos atores, mencionei só alguns. E claro, a trilha sonora é ótima. A ambientação da década de 70 é incrível, bem como os figurinos.

Beijos,
Pedrita