Fui a exposição Ghob ou The Endis Near de João Pedro Vale na Galeria Leme. Adorei essas obras. Essa ao lado é Mandala #3, feita de película aderente sobre MDF e moldura de MDF. É incrível como parece quartzo rosa, e pessoalmente é grande e impactante, eu sou péssima para calcular tamanho, mas segue o que a descrição diz 92 x 3 cm. Esse artista é português, de Lisboa.
Essa obra ao lado é Black Hole #1 (2012) feita com alvejante e detergente sobre jeans. As obras dessa mostra são baseadas em crenças populares e teoria esotéricas. Gostei demais do trabalho.
Tanto o pintor bem como o compositor Fernando Lopes-Graça são portugueses.
Assisti A Garota da Capa Vermelha (2011) de Catherine Hardwicke na HBO. Eu queria muito ver esse filme, o trailer é lindo. O filme começa com tomadas aéreas de um lugar muito, mas muito frio e belíssimo. Achei que as imagens teriam sido feitas no Canadá, já que é co-produção com esse país e com os Estados Unidos. O problema é que assim que o filme começa, em um possível vilarejo nessa região, o cenário é tão artificial que perde todo o encanto. O lugar também parece enregelador, mas todos os figurinos são praticamente de verão. A neve falsa, e parece falsa, cai o tempo todo, mas todos estão de manga de camisa, roupas esvoaçantes. Fiquei com a sensação que foi um filme de baixo orçamento, baixos para os padrões americanos. E portanto economizaram demais no filme.
Outro recurso utilizado para economizar é trazer uma leva enorme de atores pouco conhecidos e dois nomes mais expressivos: Gary Oldman e Julie Christie. É muito linda a menina que faz a Garota da Capa Vermelha, Amanda Seyfried, mas os pares românticos não convencem. Esse filme é razoável, funciona. Recentemente esses filmes românticos ganharam outras roupagens, lobisomens e vampiros entraram como ingredientes, mas são os mesmos filmes românticos, com um pouco mais de suspense e cenas pesadas, mas continuam com a base em um triângulo amoroso e a estrutura de um filme romântico americano.
Assisti Bróder (2009) de Jeferson De no Max. Eu queria muito ver esse filme, tentei inclusive ver nos cinemas mas não consegui. Acompanhei várias entrevistas, do diretor, dos atores. Caio Blat foi elogiadíssimo por esse trabalho e ele está impressionante. Em uma das entrevistas ele contou que em um festival no exterior, depois de assistirem ao filme, ele e o diretor foram falar do filme, até que uma pessoa perguntou o que ele fazia no filme, e foi uma surpresa para vários descobrir que ele era o protagonista que tinham acabado de ver, realmente ele está irreconhecível.
O elenco é incrível. A trama reúne três amigos em um aniversário. Eles são de Capão Redondo em São Paulo. Os três são interpretados por Caio Blat, Jonathan Haagensen e Silvio Guindane. Mas os bons atores continuam: Cássia Kiss, Aílton Graça, Cíntia Rosa e Lidi Lisboa. Fazem participação especial Zezé Motta e João Acaiabe. Esses três rapazes eram amigos de infância, um é um famoso jogador de futebol, outro mora no Minhocão com a esposa, só continua no bairro o terceiro, que já esteve na Febem e vive na criminalidade. O roteiro de Newton Cannito é muito inteligente. Li que o Caio Blat fez muito laboratório em Capão Redondo para se adaptar ao personagem.
Assisti ao espetáculo Wilde Meets Porter no Centro Cultural São Paulo. Carlos Navas interpreta belíssimas canções de Cole Porter e Ando Camargo declama textos de Oscar Wilde. Ao piano Jonas Dantas. É um bonito espetáculo, são lindas as canções, bela a voz do cantor, espirituosos os textos de Wilde e o melhor de tudo, de graça. A foto é de Tadeu Loppara. Esse espetáculo acontece toda sexta-feira de junho.