sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Game of Thrones - 7ª Temporada

Assisti Game of Thrones - 7ª Temporada (2017) na HBO. Eu adoro essa série, inteligente, genial. Passaram tão rápidos os 6 episódios que levei um susto quando soube que era o último. Só ano que vem, que pena.

Daenerys (Emilia Clark) e Jon Snow (Kit Harington) se conheceram, incrível a tensão entre eles. Os dois firmes em suas convicções. Mas uma revelação mais para frente me baratinou e procurei minhas amigas pra esclarecer. Continuo confusa.

Os irmãos Starks agora estão se juntando. Muito incrível o início dessa temporada com Arya (Maisie Williams) matando um dos seus enumerados. Impressionante a cena. Agora eles seguem para a Muralha. Cada um com suas marcas, fortes, machucados, desconfiados, desesperançosos. Mindinho (Aidan Gilliam) passa a fazer intriga entre as irmãs. Arya sempre teve raiva do não posicionamento da irmã (Sophie Turner) com os fatos do passado, e ele se aproveita dessa tensão. 


Incrível como Samuell Tarly (John Bradley) passa a ser determinante em vários núcleos nessa temporada. Ele resolve ser mestre como foi orientado, infelizmente ele não pode ter mulheres e sua amada e o filho dela não ficam com ele. Aos poucos ele passa a questionar o sistema retrógrado dos mestres. Colocam Tarly em serviços domésticos, limpando latrinas, longe dos livros, mas ele acaba burlando uma a uma as regras e realmente interferindo nos outros núcleos. Ele consegue a informação para Jon Snow que há cristal na região do castelo da Daynerys, cristal importante para fazer armas que matem os mortos vivos. Também salva Jorah Mormont (Iain Glen). Os mestres condenam Mormont a morte, mas Tarly lembra de um tratamento, sem ter certeza, mas que diferença fazia... E na madrugada cura Mormont. No final ele abandona o local de estudos e segue com a mulher para a Muralha, fez muito bem, os mestres não o mereciam.
O inverno chegou. Que dó que o dragão virou morto vivo. Fiquei arrasada. E acabou muito, mas muito forte, com o dragão fantasminha derretendo a Muralha de gelo.


Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

A Estranha Maldição de Dashiell Hammett

Terminei de ler A Estranha Maldição (1929) de Dashiell Hammett da Abril Cultural. Eu fui escolher um livro a ler, lá onde eles me aguardam, e dei de cara com essa capa horrível. Ok, é de uma época, mas eu particularmente achei pavorosa, chamativa e sensacionalista, já que tem uma frase exagerando as tragédias do livro e antecipando-as. Apesar que esses chamarizes não são bem assim.


Obra Arethusa (1923) de William Jacob Baer

Eu sempre comento com minhas amigas que gosto muito desse gênero de filme, mas que li poucas obras. Dashiell Hammett chegou inclusive a ter seus livros em filmes. Quando fui escrever sobre a obra que descobri que o autor integrou a Lista Negra de Hollywood. A Estranha Maldição é bem interessante e rocambólica. São praticamente três livros em um. Cada parte tem um segredo, a última une todas. Parece série, cada parte meio que finaliza em si, depois é reaberta depois.


Obra Apple Blossoms (1916) de George Herbert Baker

Começa com o sumiço de uns diamantes. Nosso protagonista é um detetive de uma empresa de seguros. Ele tenta descobrir se há golpes para conseguir levar o dinheiro do seguro. Na segunda parte ele é contratado pra proteger uma moça. E na terceira ele é chamado por um amigo para saber algo complexo dessa história.

Interessante que as obras do período que o livro foi escrito não tem nada a ver com o clima pesado do livro. 

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Uma Noite no Museu 2

Assisti Uma Noite no Museu 2 (2009) de Shawn Levy no Telecine Fun. Eu tinha gostado do primeiro, estreou o terceiro e fiquei procurando o segundo para ver. Demorou para passar e eu poder gravar. Nem sei mais se o 3 continua no Now. Eu gosto desses filmes, são bonitinhos, quase ingênuos, deve funcionar bem para criança e adolescentes. Eu me divirto bastante.

Nosso protagonista (Ben Stiller) agora tem uma empresa de invenções, ficou muito, mas muito rico. Um vigia noturno que enriquece, só em filme americano mesmo. Até que ele fica sabendo que estão encaixotando as peças do museu porque tudo agora será interativo e projetado em imagens, virtualmente. Ele recebe então o telefone de um dos integrantes do museu, o cowboy miniatura (Owen Wilson), e vai a Washington salvá-los já que foi para lá que os levaram.

Aparecerem muitos personagens históricos. Eu quero agora visitar Washington. O filho dele fica no computador ajudando o pai a localizar os integrantes do museu. São 19 museus em Washington sem falar nos subterrâneos, que fascinante! Como é incrível países que guardam suas histórias. Um faraó (Hank Azaria) quer abrir um portal e dominar o mundo. Ele se une aos grandes vilões da história Ivan o Terrível (Christopher Guest), Capone (Jon Bernthal) e Napoleão Bonaparte (Alain Chabat). E nosso vigia noturno tenta impedir. Muito engraçado o Capone ser em branco e preto.
Adorei que Amelia Earhart (Amy Adams) apareceu. Ela faz par romântico com o protagonista. Adorei que os quadros ganham vida e que eles entram naquelas histórias. E amei a estátua de Degas, a bailarina, também ganhar vida. É tudo muito mágico. O desfecho é meio esquisito, mas ter os integrantes do museu de volta é muito divertido.
A postagem do primeiro da série Uma Noite no Museu está aqui.


Beijos,
Pedrita

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Nos Tempos de Gungunhana

Assisti a peça Nos Tempos de Gungunhana de Klemente Tsamba no Circuito de Teatro em Português no Teatro Sérgio Cardoso. Eu fiquei muito interessada nesse circuito, gostei muito que trouxe peças de vários países de mesmo idioma que o nosso. Pena que só consegui ver esse espetáculo de Moçambique que gostei muito. É um monólogo com histórias de reis e rainhas. Carismático, o ator nos enreda em suas histórias cheias de tramas, traições e poder. O público participa de várias formas. Logo que chegamos ganhamos um pequeno chocalho de percussão. Também somos estimulados a falar palavras entre as histórias. Adorei. São dessas histórias que passam pela oralidade. Os textos originais são de Ungulani Ba Ka Khosa.

Em um momento Klemente Tsamba diz que não entendemos nada e diz que vai começar tudo de novo, mas outra história se apresenta. Fantástico! Vários objetos de cena promovem som. Os eventos do Circuito de Teatro em Português eram gratuitos e ainda levavam de ônibus pessoas para assistirem.

As fotos são de Margareth Leite


Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Leonera

Assisti Leonera (2008) de Pablo Trapero na sessão Cone Sul do Canal Brasil. Eu andava vendo chamadas desse filme, programei pra gravar. Na chamada achei que era um filme de suspense, mas é um drama. Que triste filme! Em estado de choque nossa protagonista acorda toda machucada, no banho vemos nas costas grandes cortes, ela ainda tem marcas de estrangulamento e inúmeros outros machucados. Só quando ela volta do trabalho é que ela vê dois homens feridos no chão. Ela não lembra o que aconteceu. A protagonista é interpretada brilhantemente por Martina Gusman.

Aos poucos vamos entendendo pedaços do que aconteceu, um pouco do que pode ter acontecido. Essa mulher foi abusada muito tempo por um suposto namorado. Ela namorava um rapaz que pediu para ficar uma semana na casa dela. Ela concordou e ele não saiu mais, quanta violência, mas o abuso continuou, ele trouxe para dentro da casa dela o seu namorado interpretado por Rodrigo Santoro. Ela conta que quando chegou em casa do trabalho, os dois estavam brigando violentamente com faca. Pelo jeito os três passaram a brigar. Mesmo muito machucada ela ainda acordou e foi trabalhar. Ela não lembra o que aconteceu. O abusador, aquele que dizia ser namorado dela pra se aproveitar dela, morreu dos ferimentos. O namorado do abusador ficou muito ferido, mas ela também estava muito ferida. Os dois foram presos então e ela grávida. Ela diz nervosa o tempo todo que só queria que eles fossem embora da casa dela. Imagino as barbaridades que sofreu com esses dois abusadores na casa dela.
Como ela está grávida, ela vai a um pavilhão que as celas não são trancadas. É um lugar repleto de mulheres com filhos, muitas crianças, sua vizinha de cela tem três filhos com ela e diz que tem mais outros em sua cidade. Sua vizinha, diz que a situação da moça deverá ser diferente, já que ela tem dinheiro e pode ter um bom advogado. A mãe da moça grávida que contrata um péssimo advogado. Inclusive a mãe dela só aparece quando o neto nasce, ignora a filha. Pelo menos na cadeia ela finalmente aprende que há relações verdadeiras, pessoas que realmente são amigas. Sua vizinha de cela é quem ajuda, principalmente assim que o bebê nasce. Ela tem muita dificuldade de dar leite porque as presas gritam muito com o bebê chorando e é a vizinha que dá de mamar. A amizade delas é muito linda. Bonito ela descobrir que há pessoas que ajudam, que não querem só explorar o outro. 

As mães podem ficar com os filhos até eles completarem 4 anos, mas ela acredita que sairá após o julgamento antes disso. Só que com a umidade no presídio, chuvas constantes e frio, seu filho adoece. Ela pede então a avó, interpretada por Elli Medeiros que leve seu filho ao médico. A avó simplesmente desaparece com o neto. Quanta perversidade. Não atende os telefonemas da filha, não diz como o neto está, se sarou. A moça consegue obrigar que a avó venha vê-la e a avó mais uma vez não traz o neto. É só aí que a moça consegue um advogado realmente preocupado com seu sofrimento, quem ajuda é sua amiga vizinha de cela que agora já está fora do presídio.

Acontece então o julgamento e o machismo fica mais claro ainda. A moça é colocada frente a frente com o rapaz que se enfiou na casa dela pra ficar com o namorado. Outro abusador. Mas o machismo dos mediadores acreditam na palavra do homem, não da mulher, quanto absurdo. Acreditam na palavra de um homem que se enfiou na casa de uma mulher sem o consentimento dela, convidado por outro homem enfiado na casa dela. A palavra desse abusador é levada em conta, não a dela. Que horror! É no julgamento que ficamos sabendo que a mãe dela, aquela avó que desapareceu com o filho dela, abandonou-a quando era criança. Ela viveu com o pai. E entendemos que essa moça amava muito o pai, porque batizou o seu filho com o nome dele. Como diz a advogada, essa moça desde a infância sofreu contínuos abusos e continuou sofrendo quando esses homens invadiram sua casa e não mais saíam mais. Só ela é condenada então, quanta injustiça. 
Ela consegue um indulto para visitar o filho, poderia ficar 12 horas com ele. Ela não via mais seu filho. A avó não visitava a filha, nem levava o neto. Não dava informações, fico imaginando quanto sofrimento. Ela vai então passar as horas com o filho. Gostei do desfecho. Essa mãe nunca teria paz vivendo perto da avó que ia fazer de tudo para afastar a criança dela. O companheiro do namorado dela também parecia que nunca ia deixá-la em paz, vivia atrás dela com chantagens. Não concordo com atitudes fora da lei, mas confesso que foi difícil não se solidarizar com essa mãe constantemente violentada pelas pessoas próximas e pela justiça, se é que pode-se chamar de justiça.

Beijos,

Pedrita