sábado, 16 de junho de 2018

Os Versos Satânicos de Salman Rushdie

Terminei de ler Os Versos Satânicos (1989) de Salman Rushdie da Companhia das Letras. Esse foi o primeiro livro que queria ler do autor depois dele ter sido jurado de morte. Queria entender o que faz um livro definir que alguém deva morrer pelo que escreveu nele. Mas esse livro estava esgotado. Depois apareceu uma edição de bolso, mas eu queria essa. Até que finalmente, muitos anos depois, apareceu em um sebo. E diferente de uns livros recentes que comprei no sebo, esse foi lido.

Obra de Dina Nath Walli

Fui procurar informações sobre a sentença de morte que Salman Rushdie recebeu para tentar entender melhor. Há uma matéria que explica bem aqui. Em 4 de fevereiro de 1989, o aiatolá Ruhollah Khomeini sentenciou Rushdie à morte porque o livro conteria blasfemas a Maomé. Versos Satânicos seriam livros religiosos não considerados, como na igreja católica existem os textos apócrifos. Os religiosos decidem que aqueles textos mesmo sendo escritos por outros religiosos não deveriam ser publicados.

Obra Linguagem da Pedra de Magbool Fida Husain

Os Versos Satânicos de Rushdie começam com dois homens caindo do avião. Logo no início me lembrei do maravilhoso estilo de Rushdie. Frases longas, controversas, cheias de significados, com muita fantasia e irrealidade. Depois a obra mescla a história desses dois homens antes do acidente, do acontecimento do avião e do retorno deles dos mortos.
Obra Celebração (1995) de Tyeb Mehta

Esses dois homens são atores. Eles estavam em um avião sequestrados por terroristas. Como o avião explode, todos são dados como mortos. Então o retorno deles é bem traumático. Cada um tem uma história e a continuidade após a "morte" é igualmente diferente.

Obra Ragbat (2007) de Geeta Vadhera

Incrível a história da menina e borboletas que a cercam fazendo um vestido em seu corpo. As pessoas resolvem segui-la. Rushdie é mestre em desconstruir crenças, promessas e fés. Gostei muito de Os Versos Satânicos, mas surpreendentemente está longe de ser o meu preferido. Achei os dois protagonistas seres muito desprezíveis, foi difícil acompanhar suas histórias traiçoeiras e egoístas.

Os pintores são indianos como o autor.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Annabelle: A Criação

Assisti Annabelle: A Criação (2017) de David Sandberg na HBO On Demand, atualmente HBO Go. Esse canal está dentro do meu pacote da NET. Eu amo Annabelle e esse gênero, estava muito, mas muito ansiosa. O roteiro é de Gary Dauberman. E esse foi o que gostei mais. Conta a história onde tudo começou e por esse motivo o filme é de época.

Uma família muito feliz vive em um sítio com uma bela casa. O pai vive de fazer bonecas. Até que a linda menina morre. 

O tempo passa e crianças órfãs vão ficar na casa. O casal agora vive no andar debaixo, a esposa nunca aparece, não sabemos o que aconteceu com ela. A menina na cadeira de rodas começa a ter contato com Annabelle e ver a filha do casal que morreu.

As meninas são lindas demais. A que tenta ajudar a amiga é interpretada pela Lulu Wilson. Ela já tinha arrasado em Ouija e Livrai-me do Mal. A que está na cadeira de rodas por Talitha Eliana Bateman. A primeira menininha que aparece, filha do casal, é interpretada por Samara Lee. Mas todas são lindinhas: Taylor Buck, Grace Fulton, Phillippa Coulthard e Lou Lou Safran. Alguns outros do elenco são: Anthony LaPaglia, Miranda Otto e Stephani Sigman

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 12 de junho de 2018

Recital de Violino e Piano

Assisti ao Recital de Violino e Piano com Fabio Brucoli e Rosana Diniz nos Recitais Eubiose. Eu gosto demais desse violinista, estava muito curiosa em conhecer essa pianista que tinha ouvido tantos elogios. Rosana Diniz vive fora do Brasil e são raras as oportunidades para ouvi-la por aqui. Que belo recital!

Primeiro Fabio Brucoli tocou a obra do Olivier Toni, in Memoriam para aqueles que nos deixaram, foi lindo! O duo tocou então uma belíssima, dificilíma e intensa obra de César Franck, Sonata em Lá Maior, opus Cat nº FWV 8. Por último interpretaram uma obra de um dos meus compositores favoritos, Béla Bartók, Danças Populares Romenas Sz. 56. Que duo!

Foto de Marcelo Donatelli

Não localizei vídeos dois dois músicos tocando juntos. Seguem dos dois músicos em separado.


Beijos,
Pedrita

domingo, 10 de junho de 2018

Polícia Federal: A Lei é Para Todos

Assisti Polícia Federal: A Lei é Para Todos (2017) de Marcelo Antunez no TelecinePlay. Eu estava meio reticente em ver esse filme, até que minha amiga comentou que a Operação Lava Jato começou na verdade com a prisão de um caminhoneiro que traficava drogas dentro de palmitos, que estava envolvido em um posto de gasolina e consequentemente envolvido com doleiros.

Prendendo o doleiro chegaram na Petrobras e só aí é que chegaram na política. Tinham deputados envolvidos com a Petrobras. Tentaram tirar o caso da Polícia Federal e levar a investigação para Brasília, pelo foro privilegiado, como tinha traficante no meio, conseguiram que não fosse e não aconteceu o mesmo que ocorreu com as inúmeras investigações anteriores, Mensalão e tantas outras mencionadas no início do filme. Indo para Brasília, nada aconteceria como sempre acontece, ninguém seria preso e sempre diriam que faltavam provas, como aconteceu com a investigação do Collor na época que foi Presidente. E isso que faz a Operação Lava Jato ser diferente das outras, ela teve continuidade.
E Lula só foi preso porque não tinha foro privilegiado porque não estava em nenhum cargo político. Lula não tinha nada no nome dele, nenhum telefone, carro, imóveis, nada, isso é no mínimo estranho. A pessoa tinha que ligar para um motorista para ele passar ao Lula. O Brasil precisa acabar definitivamente com o foro privilegiado. Vários países só mantém foro privilegiado para Presidente e algum outro cargo, mas todos os outros respondem igualmente como a população pelos seus crimes. No Brasil há um ranço de achar que políticos são seres superiores. Sim, políticos muito votados, médicos muito competentes, pesquisadores que descobrem vacina, professores dedicados são especiais e merecem respeito, mas nenhum deles está acima das leis. Os políticos só são nossos representantes, são iguais a todos nós. Não estão acima da lei até mesmo os policiais, investigadores e juízes. Todos precisam ser acompanhados e questionados.
 O elenco todo é muito bom: Antonio Calloni, Flávia Alessandra, João Baldasserini, Bruce Gomlevsky, Rainer Cadete, Marcelo Serrado, Roberto Birindelli, Roney Fachini, Leonardo Franco, Juliana Schalch, Leonardo Medeiros, Ary Fontoura, Sandra Corveloni, Genézio de Barros e Tadeu Aguiar

Beijos,
Pedrita