sexta-feira, 24 de abril de 2009

Divã

Assisti no cinema Divã (2009) de José Alvarenga Jr. Minha mãe me convidou para ver esse filme. Ela, como eu, gosta muito da Lilia Cabral, ela tinha gostado da entrevista na Marília Gabriela e me convidou pra assistir. Me surpreendi, adorei! Achei que ia me divertir porque é uma comédia, mas nada mais. Divã tem um roteiro inteligente, o texto é do livro da Martha Medeiros, foi adaptado inicialmente para o teatro e agora para o cinema. Nossa protagonista é uma mulher feliz que vai fazer terapia sem saber por quê. Ela sente necessidade de uma terapia, mas fica na dúvida se tem o que trabalhar lá, já que não tem problemas mentais, não é depressiva, não está triste. Ela é uma mulher inteligente, feliz, tem um bom casamento, amigos, dois filhos carinhosos.

Tinha receio de como construiriam os dois relacionamentos que ela tem com homens mais novos, mas Divã é muito delicado, muito bem editado, muito natural. Além de divertir, é bem reflexivo sem muitos exageros. É muito delicada a cena que o casal protagonista descobre que o tesão já acabou, é sutil e inteligente. E muito linda a cena dela com o Gianecchini em cima de um prédio. José Mayer interpreta o marido. A melhor amiga é interpretada por Alexandra Richter. Adoro os atores que interpretam os filhos da nossa protagonista, Johnny Massaro e César Cardareiro. Alguns outros do elenco são: Reynaldo Gianecchini, Cauã Reymond, Eduardo Lago, Julianne Trevisol e Elias Gleiser. A trilha sonora é muito bonita. Divã já fez na primeira semana mais de 1 milhão de espectadores.



Música do post: 09 Pra Rua Me Levar



Beijos,

Pedrita

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Zorba, o Grego

Assisti Zorban, o Grego (1964) de Michael Cacoyannis no Telecine Cult. Fazia tempo que vi que estava na programação do Telecine e queria ver, mas o horário nunca dava certo. Passa bem de vez em quando e em horários meio complicados. O 007 vivia me perguntando se tinha conseguido ver e agora consegui. É maravilhoso! Anthony Quinn está majestoso. Zorba, o Grego é baseado no livro de Nikos Kazantzakis.

Zorba, o Grego tem uma estrutura bem simples e diferente. Um proprietário viaja para suas terras na Grécia com um recém conhecido e contratado para trabalhar em uma mina abandonada da família. O filme é sobre essa amizade. O proprietário é interpretado por Alan Bates. Outros do elenco são: Irene Papas e Lila Kedrova.

Zorba, o Grego ganhou 3 Oscars: Melhor Atriz Coadjuvante (Lila Kedrova), Melhor Fotografia - Preto e Branco e Melhor Direção de Arte - Preto e Branco. Essa cena final da dança é majestosa.


Música do post: mikis theodorakis - zorba le grec - sirtaki (bouzouki)


Youtube: ~~ Anthony Quinn - ZORBA, incredible final scene ~~



Beijos,

Pedrita

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Guerrilheiros

Terminei de ler Guerrilheiros (1975) de V.S. Naipaul. Comprei esse livro no sebo no centro da cidade. Eu já tinha lido Os Mímicos, emprestado da minha irmã e agora li esse. É da Companhia das Letras. Guerrilheiros tem três personagens, todos parecem ser algo, mas na verdade são acomodados, oportunistas e falsos com eles mesmos. Eles mesmos parecem fingir pra eles mesmos o que acreditam ser. Há uma mulher que diz não saber escolher os homens que se relaciona, mas depois vemos que a forma agressiva com que ela se relaciona, ficamos na dúvida se é ela que provoca as situações e os conflitos. Todos os três são pacatos, oportunistas, mas igualmente agressivos a sua maneira.

Obra Youth with Long Hair de Boscoe Holder
Essa mulher foi morar com um homem, um branco que escreveu um livro sobre a África do Sul e vive no Caribe. Esse homem escolheu um líder para criar uma comunidade rural. Leva para esse líder garotos negros que vivem em favelas. Mas tudo é falso. Esse líder na verdade abusa sexualmente dos meninos. Ninguém trabalha, os campos estão abandonados. O branco é outro acomodado que finge que atua em um grande projeto quando na verdade nada é real, é só teoria. Os textos são incríveis, as narrativas de tanta hipocrisia são maravilhosas! Chegou um momento que queria anotar capítulos inteiros, deixo o prazer dessa descoberta para a leitura que fizerem.
Obra Chicken Comb (1960) de Hugh Stollmeyer
Anotei alguns trechos de Guerrilheiros de V.S. Naipaul:
“Depois do almoço, Jane e Roche saíram de sua casa na Serra e foram de carro para Thruscross Grange. Atravessaram a cidade, ao pé da Serra, e chegaram à estrada costeira, passando por avenidas pichadas com slogans: A base é negra; Não vote; O controle da natalidade é um complô contra a raça negra.”

“Ele é igual aos outros. Está procurando gente a quem possa liderar.”

“Assim, naquela manhã Jane acordou, tal como o fizera no meio daquele primeiro dia, na escuridão do quarto, com as venezianas fechadas, consciente de que incorrera em erro, que mais uma vez vislumbrara num homem atributos inexistentes.”
Os pintores são de Trinidad Tobago, país natal de Naipaul.

Música do post: Trinidad Tobago (F.Smith)



Beijos,

Pedrita

domingo, 19 de abril de 2009

Dossiê Rê Bordosa

Assisti o Dossiê Rê Bordosa (2008) de Cesar Cabral no Canal Brasil. Descobri por um acaso. Eu liguei no Canal Brasil para ver se conseguia ver mais alguns trechos do Grande Prêmio de Cinema Brasileiro, mas já havia terminado e começava esse ótimo curta, baseado nos quadrinhos do Angeli. Inclusive há uma animação do próprio Angeli, e no final colocam os quadros lado a lado da animação e do Angeli. Ótimo. Dossiê Rê Bordosa ganhou vários prêmios como Melhor Roteiro e Melhor Trilha Sonora no Cine PE e Melhor Filme no AnimaMundi.



Youtube: Dossiê Rê Bordosa


Beijos,

Pedrita