sábado, 28 de junho de 2014

Mesa Redonda: Composição para o Violão Hoje

Assisti a Mesa Redonda Composição para o Violão Hoje no SESC Pinheiros. Participaram os compositores Paulo Bellinati e Sérgio Molina, com mediação de outro violonista Sidney Molina. Essa temática me interessa muito, a composição brasileira, principalmente a erudita. Gostei muito que eles falaram a importância acadêmica de mesclar os sons e ritmos brasileiros e os estilos dos violeiros da cultura popular, tentando uma integração. Particularmente eu acho que isso já acontece. Quando Sérgio Molina foi fazer faculdade de música, não havia violão na USP. Então ele prestou composição. Os compositores comentaram o quanto o violão ainda é discriminado, algumas universidades tem o curso de violão, mas enquanto são vários professores de piano, em geral é um único de violão. Sérgio Molina acha que o violão hoje é o que foi o piano no passado. Toda casa tem, quase todo mundo estuda e como há muitos alunos querendo prestar violão nas universidades deveriam ser mais professores da disciplina. Sérgio Molina atualmente é professor de composição na Faculdade Santa Marcelina. Sérgio Molina já escreveu várias obras para violão e algumas obras para quartetos de violão, já que o seu irmão Sidney Molina é do Quaternaglia que esteve recentemente em turnê na Austrália. Paulo Bellinati é outro compositor bem sucedido, ele tem tantas solicitações que está sempre em débito. Ele faz muita composição sob encomenda, mencionou inclusive a que fez para a OSESP. Gostei demais dos temas debatidos. Na mesa redonda eles comentaram que no dia 30 de julho será a última da série e falará sobre o ensino do violão. Espero que eu consiga ir. Essas mesas redondas são gratuitas.


Beijos,

Pedrita

quinta-feira, 26 de junho de 2014

A Invenção de Morel

Terminei de ler A Invenção de Morel (1940) de Adolfo Bioy Casares da Cosac Naify. Há anos que tinha esse livro em uma lista que o Estadão publicou. Vários profissionais fizeram listas de livros a ler, e esse estava lá. Em uma promoção da editora de 50% de desconto consegui adquirir. Belíssima capa, além de bonita visualmente ela tem uma textura em relevo. Amei A Invenção de Morel. É o primeiro livro de Adolfo Bioy Casares, quando ele tinha 26 anos, depois de debater as ideias da obra com Jorge Luis Borges que leu e releu e classificou como uma obra perfeita. Depois de Jorge Luis Borges avaliar a obra quem sou eu para mencioná-la?

Obra Atmosphere Chromoplastique (1975) de Luis Tomasello

A Invenção de Morel é incrível. O tempo todo tentamos entender o que é realidade, loucura ou morte. E será que descobrimos? Um homem precisa fugir para não ser preso, é aconselhado a ir a uma ilha maldita, onde ninguém voltou. Lá fatos estranhos acontecem.  Várias situações que o protagonista passa são muito angustiantes e claustrofóbicas. Há uma construção literária impressionante. Amo livros fantásticos, que brincam com a realidade, que são mais reais que os de narrativa linear. Cada momento achamos que pode ser algo, mas logo já achamos que é outro fato. Mas ficamos sempre na dúvida. Morel demora um pouco a aparecer, ou ele sempre esteve conosco? Belíssima obra.

Tanto o pintor bem como o compositor Alberto Ginastera são argentinos como o escritor.



Beijos,
Pedrita

terça-feira, 24 de junho de 2014

País do Desejo

Assisti País do Desejo (2013) de Paulo Caldas no Canal Brasil. Eu quis ver nos cinemas, mas esse filme ficou em cartaz em um único bairro da cidade de São Paulo e não consegui ver. É a segunda vez que vejo programado em um canal da tv a cabo. País do Desejo foi filmado em Olinda e em Recife, é uma co-produção com Portugal e o diretor é paraibano. Um padre interpretado por Fábio Assunção vive conflitos tabus. Uma pianista, interpretada por Maria Padilha, está com problemas renais e a beira da morte.

Uma família tradicional vive as voltas da matriarca vegetativa. O irmão do padre é um médico interpretado pelo Gabriel Braga Nunes. O patriarca é interpretado por Germano Haiut. Uma jovem japonesa é contratada para cuidar da mãe interpretada por Juliana Kametani. Alguns outros do elenco são Fernanda Vianna, Nicolau Breyner, Lívia Falcão e Fabiana Pirro.

País do Desejo é um filme bonito, belas imagens, ótimo elenco. Eu não me identifiquei tanto. Minha mãe adorou. Eu me incomodei profundamente com o equívoco no concerto. As mulheres de longo. Não consigo imaginar que em 2013 ainda tenha profissional da cultura que ache que é assim que se vestem as mulheres em concertos. Raramente há concertos de gala porque é ultrapassado, e quando são de gala, os homens vão de Black Tie. Não tinha porque um concerto convencional todas irem de longo. Muita desinformação.



Beijos,
Pedrita

domingo, 22 de junho de 2014

Canções Brasileiras

Assisti ao recital Canções Brasileiras com a cantora Adriana Clis e o pianista Maurício Carvalho do Centro de Música Brasileira no Centro Brasileiro Britânico. Lindo recital, belíssimo e delicado programa. Lindas as obras de Claudio Santoro, Villa-Lobos, Camargo Guarnieri, Villani-Côrtes, Mignone, Ovalle e Osvaldo Lacerda. Adorei as obras folclóricas de Waldemar Henrique. Gosto muito dessa cantora e gostei muito do pianista. O recital foi gratuito.

Jayme Ovalle  (1894-1955)
            - Modinha
           - Azulão
Francisco Mignone (1897-1986)
           - Dona Janaína
Villa-Lobos (1887-1959)
            - Melodia Sentimental
Camargo Guarnieri (1907-1993)
            - Canção Ingênua
Osvaldo Lacerda (1927- 2011)
           - Cantiga n. 1
           - Quando entardece
Cláudio Santoro (1919-1989)
            - Amor em lágrimas 
Ronaldo Miranda (1948)
            - Cantares
Edmundo Villani-Côrtes (1930)
            - Canção de Carolina
            - Casulo           
Waldemar Henrique (1905-1995)
            - Uirapuru
            - Maracatu
            - Tamba-tajá
            - Abaluaiê

Beijos,
Pedrita