sábado, 22 de agosto de 2015

Edelton 60

Fui ao recital em Homenagem aos 60 anos de Edelton Gloeden na Universidade de São Paulo. Foi um desses encontros magistrais que raramente acontecem, onde reúnem um grupo expressivo de grandes artistas. Nesse evento foram vários importantes violonistas que de alguma forma tiveram influência desse incrível violonista, o Edelton Gloeden.

Foi o violonista Gilson Antunes que organizou. Localizaram tantos grandes violonistas. Eles interpretaram obras muito diferentes entre si e falaram um pouco da experiência com Edelton Gloeden. Gostei de conhecer a história da Três Meninas Poderosas,  Ana Lis Marum, Claryssa Pádua e Camilla Silva. Alunas da Unicamp vieram especialmente para esse evento. Elas relataram que a Unicamp ficou um tempo sem professor de violão e o Edelton Gloeden ia de São Paulo para Campinas para dar master classes para elas e ajudar nos estudos. Hoje elas se intitulam as panteras. Ótimas violonistas.
Entre os violonistas estavam: Paulo Porto Alegre, Oscar Ferreira de Souza, Camilo Carrara, Daniel Murray, Celso Delneri, Luciano César Morais, Thiago Abdalla, Flávia Prando e Guilherme de Camargo. Alguns dos compositores interpretados foram Franciscque, Narváez, Mompou, Brouwer, Carlevaro, Murray, Castelnuovo-Tedesco, Ponce, Albeniz, Villa-Lobos, Powell, Chico Buarque Porto Alegre.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Magnífica 70

Assisti a série Magnífica 70 na HBO. Que obra de arte! A direção é de Claudio Torres e Carolina Jabor.  Magnífica 70 é baseada em um roteiro de Toni Marques. Um dos melhores personagens da carreira do Marcos Winter, ele está impressionante. Ele interpreta Vicente, um funcionário público da censura que define se os filmes brasileiros serão ou não censurados. Ele tem esse emprego graças ao sogro, um militar, interpretado pelo Paulo César Pereio. Nunca sabemos as emoções do Vicente. Ele faz tudo do mesmo jeito, praticamente sem expressões. Vemos uma personalidade atormentada, um olhar apaixonado muito raramente, mas dificilmente estamos sabendo o que acontece. Parece um homem muito inteligente, sensível, mas que reprime completamente suas emoções. As duas mulheres, sua esposa e a atriz, são interpretadas por atrizes que adoro: Simone Spoladore e Maria Luísa Mendonça.

Vicente fica muito perturbado com uma atriz e personagem de um filme e o censura. O produtor e a atriz vão tomar satisfações e ele fica perturbado. Resolve então procurar o casal e dizer que sabe como fazer o filme passar na censura sem dizer quem é. É forçado a dirigir a cena e parece tomar gosto de fazer cinema. Mas, como disse, ele esconde as emoções. Começa uma trama complexa, onde ninguém parece ser o que é, cheia de reviravoltas, maravilhoso. A dualidade toda é incrível. Vicente envolvido na Boca do Lixo, apesar de desejar a atriz, ele permanece casto quase todo o tempo. A esposa resguardada, vai fazer um tratamento em uma clínica da elite na linha Reishniana e acaba vivendo orgias e loucuras que o marido na Boca do Lixo nem imagina. Essa inversão do pudico e do devasso é incrível em Magnífica 70. Nada é o que parece ser.

Magnífica 70 acaba falando desse período hediondo da ditadura e do cinema da Boca do Lixo. É sensacional. O produtor da Magnífica 70 é um ex-caminhoneiro interpretado por Adriano Garib. A esposa do militar por Joana Fonn. Stepan Nercessian o dono da produtora. André Frateschi o ator canastrão e narcísico. O irmão da atriz por Pierre Baitelli. Os patrocinadores por Fábio Marcoff, Shalon Hsu e Carlo Mossy. O auxiliar do produtor por Leandro Firmino. Os profissionais da censura por Juliana Galdino e Rogério Fregnan.

Vários atores fazem participações: Bella Camero, Julia Ianina, Charles Fricks, Roney Vilela, Hamilton Vaz Pereira, Eduardo Galvão e Milhem Cortaz. Tudo é impecável, luz, cenografia, figurinos, ambientação de época e a trilha sonora, encabeçada pela canção Sangue Latino dos Secos e Molhados. O sucesso foi tanto que está anunciada a segunda temporada. Aguardo ansiosamente.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Kandinsky - Tudo Começa Num Ponto

Fui a exposição Kandinsky - Tudo Começa Num Ponto no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Eu queria muito ver essa mostra. Já ouvia falar quando estava em cartaz em outros CCBBs, foi uma grande emoção quando chegou a São Paulo. Utilizei o novo sistema do CCBB. Eu resolvi marcar pelo site, é pelo Ingresso Rápido, o próprio site do CCBB mostra como. Gostei muito da inovação. E que exposição e que sonho! A minha grande surpresa foi com essa obra da foto. Sou apaixonada por essa obra e qual não foi a minha surpresa de descobrir como ela é pequena. Nada como ver as obras ao vivo.
Obra Igreja Vermelha (1901-1903) de Kandisnky

Obra No Branco (1920) de Kandinsky

Outra surpresa foi o fato de Kandinsky buscar a espiritualidade na obra, unir o espiritual a obra. Confesso que não imaginava esse lado espiritual em Kandinsky. Como muitos artistas inovadores, Kandinsky foi muito questionado pela crítica, que não o aceitava. Impossível alguém não valorizar a obra dessa gênio. É impressionante estar a frente de suas telas, é uma sensação incrível, de uma força surpreendente. Kandinsky viajou a trabalho em um período e foi quando teve contato com culturas locais que também influenciaram sua obra, como a cultura xamânica. A mostra fala da amizade de Kandinsky e Schöenberg. Há vários programas de apresentações de Schöenberg com desenhos de Kandinsky.

Obra Triunfo do Céu (1907) de Malevich

Há outras obras na mostra, pinturas de Malevich, Filónov e Gúrkin. Em São Paulo está nas últimas semanas. No final podemos ver a obra No Branco em 3D.




Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Real Beleza

Assisti no cinema Real Beleza (2015) de Jorge Furtado. Que filme lindo! Podia se chamar também Real Delicadeza.O roteiro que também é de Jorge Furtado tem muita semelhança com outro filme protagonizado por Vladimir Brichta, A Coleção Invisível, igualmente lindo. Vladimir Brichta interpreta um fotógrafo decadente. Foi um grande fotógrafo, mas está por baixo. Ele consegue o trabalho de ir a cidades do Rio Grande do Sul encontrar uma modelo para uma campanha.

Em cada cidade ele contrata alguém local para ajudar. E esse rapaz pergunta se fotografou muita moça bonita nas outras cidades, lindo quando o fotógrafo diz: "todas". A própria escolhida passou igualmente por testes e foi escolhida entre 300 meninas, é muito linda a moça interpretada por Vitória Strada. Assim que ela é escolhida, ela precisa conseguir autorização do pai e da mãe para fazer o trabalho. O pai  não autoriza. 

O fotógrafo resolve ir a casa dele para convencê-lo, mas ele e a filha viajaram e lá só está a mãe, interpretada pela Adriana Esteves. Eles acabam tendo um breve romance. Lindíssimo o lugar. O filme discute bastante a beleza, o conhecimento.

O pai interpretado por Francisco Cuoco acha que conhecimento é fundamental, que a beleza é efêmera, então que a moça não pode parar os estudos. O fotógrafo debate que depois ela pode retomar os estudos, pelo mesmo argumento. O tempo todo o filme debate a felicidade. Os pais estão felizes na pacata cidade, entre os livros e a beleza estonteante do lugar. A menina deseja mais, quer viajar, ter outras oportunidades, mas se o pai não aceitar ela é feliz como está. Real Beleza é um filme delicado e muito bonito. Fala de afeto, amor, companheirismo. A vida dessa família em harmonia, em amor, é linda demais. Alguns outros do elenco são: Thiago Prade, Samuel Reginatto, Isadora Pillar, Elisa Volpatto e Maria Carolina Ribeiro.
Beijos,
Pedrita

domingo, 16 de agosto de 2015

É de Casa

Assisti a estreia de É de Casa da TV Globo. Gostei muito. São três horas de entrevistas, jornalismo e entretenimento no sábado de manhã. No primeiro programa estavam os 6 apresentadores e uma dose a mais de euforia como acontece em programas de estreia. Nos programas seguintes estarão ao vivo na casa em geral dois apresentadores. Os outros aparecerão em matérias ao vivo ou não. Os apresentadores são: Patrícia Poeta, Tiago Leifert, Ana Furtado, André Marques, Cissa Guimarães e Zeca Camargo.
Linda a casa que foi construída para abrigar o programa. E gostei de ser ao vivo. O formato não é original, mas gostei muito da proposta e dos apresentadores escolhidos. Na estreia trouxeram a astróloga Cláudia Lisboa que falou do mapa astral da casa e acabou falando um pouco dos signos dos apresentadores. Uma astróloga positiva, que utiliza o estudo astrológico para dar otimismo e possibilidades. Cissa Guimarães ressaltou a importância do diálogo em casa. 
Fátima Bernardes foi visitar a casa, levou flores para as mulheres e panos bordados para os meninos que vão liderar na cozinha. Muito engraçado a Cissa Guimarães abraçada a um paninho querendo um pra ela. A espontaneidade é algo muito simpático no É de Casa. Fizeram também enquetes para ver se adivinhávamos os pais dos apresentadores. Gostei de conhecer as fotos. Eu vou ter dificuldade de ver o programa, é todo sábado de manhã, começa às 9 e vai até o meio-dia, raramente vejo televisão nesse dia e horário. Neste sábado mesmo foi difícil acompanhar porque tinha outros afazeres em casa.

Beijos,
Pedrita