sexta-feira, 26 de julho de 2013

Entre Dois Palácios

Terminei de ler Entre Dois Palácios (1956) de Nagib Mahfuz da Editora Record. É o primeiro volume da Trilogia do Cairo, esse autor é ganhador de Prêmio Nobel de Literatura. Foi uma leitura difícil. O patriarca da família retratada é austero. Me incomodo muito com essa estrutura familiar baseada na violência, na austeridade, no medo e na autoridade. Qualquer conversa é sempre com medo e regularmente se transforma em discussão, sempre com um mandando e outro sendo obrigado a obedecer, já que a obediência é outro lema. O medo permeia essas relações. A esposa é mantida em cárcere privado. Quando os filhos insistem em levá-la a um templo religioso e o marido descobre, ela é expulsa de casa.

Nessa época os casamentos são arranjados e as jovens mulheres não podem ser vistas. A falta de informação limita os temas das conversas que são sempre sobre austeridade, casamento e religião. Não falam de livros, não vão a atividades culturais, ficam tão fechados em suas casas que acabam só falando da vida alheia. Os homens costumam sair sempre para bares e para ter relações com prostitutas. A família retratada vive sem cultura externa, contato com os vizinhos e com uma religião exacerbada.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 24 de julho de 2013

CD Aylton Escobar - Obras para Coro

Ouvi o CD Aylton Escobar - Obras Para Coro (2013) do Selo Digital OSESP 2. Esse CD saiu na internet. O Selo Digital OSESP fornece gratuitamente para ouvir e baixar a obra. A interpretação é do Coro da OSESP, sob regência de Naomi Munakata, com músicos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Gosto muito desse compositor e fiquei muito feliz com o lançamento desse CD. Na página da OSESP é possível ouviu ou baixar. Se quiser colocar em um CD eles fornecem para impressão um belíssimo encarte com todos os detalhes do CD e um ótimo texto de Regina Porto com entrevista de Aylton Escobar.

Essa foto de Aylton Escobar é de Alessandra Fraus e está no encarte. Há obras sacras, uma em memória de Mário de Andrade. Duas obras são com textos de Féderico Garcia Lorca e de Hilda Hilst. É um belíssimo CD, amei as composições de Aylton Escobar e a interpretação do Coro da OSESP.

Beijos,

Pedrita

terça-feira, 23 de julho de 2013

A Luz É Para Todos

Assisti A Luz É Para Todos (1947) de Elia Kazan no Telecine Cult. Mais um filme da série todo mundo viu menos eu. Eu adoro pôsteres antigos e o Gregory Peck está irreconhecível nessa ilustração. Também acho o título no Brasil piegas, o título original é bem melhor. O roteiro do filme de Moss Hart, baseado no livro de Laura Z. Hobson, é todo conflitante e o título no Brasil é muito simplista.

Gregory Peck é um escritor que chega em uma cidade para escrever em uma revista, o editor pede que ele escreva sobre o anti-semitismo. Ele leva um tempo para decidir como e escolhe se passar por judeu para colher dados para os artigos, quando escrever ele dirá que viveu como judeu por um período. Eu não tinha ideia que os americanos segregavam os judeus. Que os judeus não conseguiam empregos, alugar casas, que havia, de forma velada, lugares restritos a judeus. Gentleman´s Agreement mostra a hipocrisia da sociedade que às vezes até fingia incluir, conversar, conviver, mas não casavam com judeus. 

Gentleman´s Agreement é excelente. Estão no elenco: Dorothy McGuire, John Garfield, Celest Holm, Albert Dekker, Jane Wyatt, Anne Revere, June Havoc e Dean Stockwell.

Beijos,
Pedrita

domingo, 21 de julho de 2013

Copa Mixta

Assisti o curta Copa Mixta (1979) de José Joffily no Curta!. É um documentário sobre Copacabana. É bem interessante a forma como os comentários são levantados, em momentos diferentes, na alegria na praia, após um problema no trânsito, de moradores da rua. Em um pequeno espaço de tempo temos um pequeno panorama da diversidade cultural de Copacabana. Outro fator que gostei muito é que é realizado na década de 70, comportamentos, roupas. Seria curioso fazer um Copa Mixta nos dias de hoje. É possível assistir no Porta Curtas. O curta foi apresentado no série A Vida é Curta! e foi apresentado pela curadora do Porta Curta, Talita Arruda.

Beijos,
Pedrita