sexta-feira, 26 de março de 2021

O Almoço sobre a Relva

Assisti O Almoço sobre a Relva (1959) de Jean Renoir no Festival 125 Anos do Cinema no TelecineCult. Sempre vejo o que vai passar no próximo domingo nesse festival e coloco alguns pra gravar. Nem sempre dá certo porque o sistema de gravação oficial da NET Claro é um lixo e nem sempre a grade de programação está correta. Mas consegui gravar e ver alguns. Esse é uma preciosidade! Nossa, que filme! E tão necessário agora! Amei o pôster! Lindo demais!

Só depois que vi o filme se inspira no quadro de mesmo nome de Manet. O filme é uma comédia romântica, linda que só, com muita crítica social como característica do diretor, que fala da ciência. O protagonista estuda a inseminação artificial, então muitos falam do tema e do amor. O texto é muito inteligente. Quando uma personagem diz que o importante é o amor, uma lembra de coisas simples do nosso cotidiano como o fogão e que facilitam tanto a nossa vida. 

Uma jovem de uma família do campo procura o cientista. Ela quer fazer inseminação artificial. Não quer casar, mas sempre quis ter um filho. As cenas do almoço na relva são demais. Muitas cenas surreais divertidíssimas. O vento que leva todo mundo, o calor que dá fogo em todos. Deliciosamente picante!



E amei o romance do cientista com a camponesa, que delicadeza, que pureza. Os dois são interpretados por Catherine Rouvel e Paul Meurisse. O elenco é enorme.


Obra Le déjeuner sur l' herbe (1863) de Édouard Manet

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 24 de março de 2021

O Céu da Meia-Noite

Assisti O Céu da Meia-Noite (2020) de George Clooney na Netflix. Continuo a minha saga de ver filmes que concorrem ao Oscar. Pela pandemia, a maioria está na Netflix. Amo o George Clooney que dirige e faz o protagonista e amo ficção científica. Gostei muito desse filme melancólico! O roteiro é baseado no livro da americana Lily Brooks-Dalton, realmente o roteiro é muito feminino.

Há evacuação de pessoas em uma base no Ártico. O cientista resolve ficar, ele está com uma doença terminal e uma criança que se esconde também fica. Eu desconfiei sobre a criança e acertei. Uma graça a menina interpretada por Caoillin Springall. É em um futuro distante e plausível, 2046. Nós destruímos a terra, aos poucos descobrimos que parece que a maioria morreu na terra, que o ar ficou irrespirável. Só os que vivem em bases com tudo artificial podem ter sobrevivido.
Há uma nave espacial voltando à terra depois de uma missão em um planeta que poderia ser habitado. O médico tenta avisar a nave para que não voltem, a comunicação é muito difícil.

O elenco é excelente. Na nave estão Felicity Jones, David Oyelowo, Kyle Chandler, Tiffany Boone e Démian Bichir. Felicity acabou engravidando, então Clooney adaptou o roteiro para manter a atriz. Incrível como é uma parte muito significativa no filme, a gravidez, o casal, fica muito emblemático. Eu achei inclusive que a gravidez fosse do livro adaptado por ser muito simbólico.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 22 de março de 2021

Segredos Oficiais

Assisti Segredos Oficiais (2019) de Gavin Hood no TelecinePlay. Nunca tinha ouvido falar nesse filme. É baseado na história de Katharine Gun, no livro de Marcia e Thomas Mitchell. Katharine é uma humanitária, mas na época do filme era uma tradutora de textos secretos na Sede de Comunicações do Governo.

É época que os Estados Unidos e a Inglaterra tentam justificar a importância da guerra do Iraque. A tradutora vê que estão mentindo, ela tem um documento que prova e resolve vazar esse documento, passa a uma ativista conhecida que leva à imprensa. A tradutora chega até se arrepender, mas um jornal publica. A força política para abafar é tão grande que dão um jeito de desmentir a veracidade do documento.
Enquanto isso o inferno de Katharine começa. Ele feriu as leis de segurança nacional, ela assume o que fez para que seus colegas não sejam prejudicados. Em retaliação tentam deportar o marido imigrante dela. Ele é curdo muçulmano e tentam o tempo todo fragilizar a tradutora. Ela fica muito revoltada quando vê que mesmo a votação da ONU dar contra a guerra, os Estados Unidos e a Inglaterra seguem com o plano e passam a matar inúmeros civis, crianças, mulheres e até mesmo soldados americanos em uma guerra de retaliação. Mas de qualquer forma o vazamento enfraquece os argumentos.
Katharine acredita que os vazamentos são necessários quando vidas humanas estão em risco e eu concordo. Como disse a personagem em seus inquéritos, ela trabalhava para o povo britânico, não para o governo, que governos mudam sempre. Sim, há uma lealdade em proteger as pessoas, não é certo manipular fatos para justificar guerras e matar inocentes. Keira Knightley está muito bem como Katharine. No momento do filme ela tem ainda muito medo de suas decisões e muita dúvida se deveria ter quebrado a regra, indo contra a lei. Só com o tempo ela vai percebendo a importância do seu ato corajoso. O filme é praticamente ela, aparece um pouco mais o seu marido interpretado por Adam Bakri. Os outros personagens aparecem pontualmente: Ralph Fiennes, Matt Smith, Rhys Ifans, Jack Farthing e Jeremy Northon

Beijos,
Pedrita