sexta-feira, 26 de abril de 2019

Homenagem a Claudio Santoro

Assisti a Homenagem a Claudio Santoro do Centro de Música Brasileira no Centro Britânico Brasileiro. Eu gosto demais desse compositor. Belíssimo repertório interpretado pelo Duo A. Brasileira formado pela soprano Juliana Starling e pelo pianista Miguel Laprano. Além da música a cantora faz uma delicada performance artística.

A foto de Miguel Laprano é da Sílvia Machado e a da Juliana Starling da Mitu.

Programa:

Osvaldo Lacerda: Teus Olhos

Claudio Santoro:

Ouve o silêncio
Acalanto da rosa
Bem pior que a morte
Balada da flor da terra
Amor que partiu

Paulistanas [piano solo]:
Paulistanas nº 1, Lento
Paulistanas nº 2, Moderato

Três canções populares:
Luar de meu bem
Amor em lágrimas
Cantiga do ausente

Outro grupo que se apresentou é o Duo Palheta ao Piano que já conhecia e gosto muito formado por Jairo Wilkens ao clarinete e Clenice Ortigara ao piano. O repertório também foi lindo: Ernst Mahle, Guerra-Peixe, Guerra Vicente, José Siqueira, Osvaldo Lacerda e Villani-Côrtes, inclusive esse último compositor estava na plateia.

A foto é de Diana Wittkowski

Programa:

Guerra Vicente: Cenas Cariocas: 2ª Suíte (Valsa Seresteira, Modinha e Choro)

Villani Côrtes:
Toada
Luz
Águas Claras

Osvaldo Lacerda: Valsa-Chôro

Ernet Mahle: Sonatina

José Siqueira: Sonatina (Alegro Molto, Dolentemente e Allegro)

Guerra-Peixe: A Inúbia do Caboclinho 

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Os Incríveis 2

Assisti Os Incríveis 2 (2018) de Brad Bird da Disney e Pixar no TelecinePlay. Eu queria muito ver, adorei o primeiro e amo os personagens. O bebê é o mais divertido nesse, nunca me diverti tanto.

Por lei, os super heróis estão proibidos de atuar, imagine se fossem proibidos filmes de super heróis, acho que muita gente, mas muita gente mesmo, não veria mais filmes no cinema porque a maioria só vê eventos culturais que tenham super heróis. Mas enfim, um fã dos Incríveis monta um plano para melhorar a imagem dos super heróis para que eles possam sair da clandestinidade.
O fã acha que a Mulher Elástica é a ideal para melhorar a imagem dos super heróis, então o pai fica com os três filhos. Já é difícil cuidar de três filhos, dois adolescentes e um bebê, mas imagine crianças super heróis? Ele quase enlouquece, principalmente quando o bebê revela inúmeros superpoderes. O fã oferece uma de suas casas, uma verdadeira mansão e cheia de artimanhas, os filhos enlouquecem na casa e o pai.

Todos os momentos do bebê são muito hilários. Exausto ele leva pra Edna, é muito divertido. 

Eu cheguei a adivinhar mais ou menos quem era o hipnotizador, mas não tive a dimensão do que seria. Mas os melhores momentos não são com a Mulher Elástica e sua missão. São o pai com os filhos e seus conflitos familiares.




Beijos,
Pedrita

terça-feira, 23 de abril de 2019

A Caixa-Preta de Amós Oz

Terminei de ler A Caixa-Preta (1987) de Amós Oz da Companhia das Letras. Comprei esse livro em um sebo. Sempre quis ler uma obra desse autor e peguei o livro assim que vi. Coloquei na prateleira de livros a ler, um tempo depois escolhi, e só quando fui começar a ler é que vi que tinham anotações nele. Não prejudicam a leitura. Eu nunca rascunhei em livros porque li muito de bibliotecas e livros emprestados, então sempre achei sagrado nada marcar, nem mesmo em dobras. Mas achar livros com passado é fascinante. Tenho uma profunda curiosidade sobre quem escreveu, porque sublinhou aquelas frases. No começo, as anotações tem a lista dos personagens.

Obra de Moshe Castel

A Caixa-Preta é toda em cartas. Começa com a carta da ex avisando que o filho que ele não reconheceu está dando problema e que ela quer a interferência dele. Logo percebemos o quanto os exames de DNA foram importantes. O exame de sangue não foi conclusivo, e a ex não aceitou fazer um exame de pele. Portanto o ex passa a não considerar o rapaz como seu filho. Pelas cartas percebemos que o filho ficou revoltado com tudo, com toda essa história, completamente compreensível e passa a brigar nas escolas e aprontar. A ex casou-se novamente e tem uma filha.

Obra Estilo de Vida de Marcel Janco

Logo percebemos as animosidades em todas as cartas, e como eles escrevem e se ofendem. E muitas vezes de modo sutil. O atual marido é muito religioso e conservador e tenta impor ao enteado os preceitos religiosos. Apesar do pai não assumir a paternidade ele manda sistematicamente dinheiro para resolver as enrascadas que o rapaz se mete. Nas cartas não há agradecimento algum, só cobranças, mas as cartas do ex marido também são invasivas, cheias de mágoas e cobranças. 

Obra Café em Tibérias de Nahum Gutman

É inacreditável a capacidade que cada um tem, inclusive o rapaz, de se meterem uns na vida dos outros, imporem regras e condenações. E no meio dessas conversas os costumes aparecem.

Os artistas são israelenses. O marcador é da Origirl.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Toca la Tierra

Assisti a peça Toca da Tierra do Teatro Rabinal no grupo Refinaria Teatral. Gostei muito! Esse grupo mexicano tem esse espetáculo há anos e fala das tradições nativas mexicanas. Muito interessantes as máscaras usadas por Jorge Angeles que também dirige o espetáculo.

Ao fundo ficam duas atrizes na percussão, instrumentos e cânticos, Nicole Graf e Bianca Villaseñor. É um espetáculo muito forte e contundente porque culmina no massacre que as colonizações fizeram aos nativos.

Beijos,
Pedrita

domingo, 21 de abril de 2019

A Dançarina

Assisti A Dançarina (2016) de Stéphanie di Giusto no Film&Arts. Faz pouco tempo que esse canal surgiu na Net, eu só dei uma olhada, foi a primeira vez que assisti algo inteiro. A Dançarina é inspirado no livro de Giovanni Lista, sobre Loïe Fuller, dançarina americana, interpretada brilhantemente por Soko.

Era o início da energia elétrica. Vários lugares ainda não tinham. Loïe Fuller cria primeiro uma dança com tecidos e varetas, depois começa a usar luzes para efeitos e por último espelhos. A iluminação era algo muito caro. Havia uma dificuldade de conseguir profissionais que resolvessem investir na tecnologia que a dançarina desenhava. E por ser muito excêntrica e artista, às vezes no meio do processo aumentava a quantidade de luzes e efeitos.
A história de Loïe Fuller também era intrigante. Ela vivia com o pai no campo no interior dos Estados Unidos. O pai é assassinado, ela segue para viver com a mãe que vivia entre beatas em uma igreja. A mãe faz um inferno na vida da filha. Na tentativa de conseguir registrar o seu espetáculo segue para Paris onde sua carreira decola. Ela tinha dores pavorosas dos excessos de exercícios e prática.

Em um determinado momento ela resolve colocar dançarinas no seu espetáculo e é quando surge Isadora Duncan por quem ela se apaixona. Pela decepção de Isadora partir ela entra em um processo de auto destruição. Isadora Duncan é interpretada por Lily-Rose Depp. Loïe Fuller era muito reservada, sua vida afetiva e amorosa é somente insinuada.

Dois eram seus grandes amigos que desde o começo acreditaram em seu talento e cuidaram dela: Gabrielle Bloch e o conde Louis D´Orsay. Os atores são Mélanie Thierry e Gaspar Ulliel.

Loïe Fuller.

Isadora Duncan.

Beijos,
Pedrita