sexta-feira, 18 de abril de 2014

O Papel da Vida - José Wilker

Assisti José Wilker (2013) em O Papel da Vida no Canal Brasil. O canal vem homenageando José Wilker, passando em sua programação filmes e programas que ele esteve presente. O Papel da Vida é apresentado pela Marina Person e ela comenta que estranhou que o José Wilker escolheu o filme O Maior Amor do Mundo como o Papel da Vida. Eu estranhei do José Wilker escolher entre um dos meus filmes preferidos. Embora não tenha visto os mais famosos, adoro Bye Bye Brasil, acho O Maior Amor do Mundo um filme belíssimo.

José Wilker comentou que esse filme o mudou como ator. Ele teve um mês de preparação onde contracenava com atores, ou mesmo pessoas que estavam em seleção. Só depois que filmaram. Que o personagem era muito contido. José Wilker interpreta um astrofísico que retorna ao Brasil para receber um prêmio. Ele está com um tumor, vai morrer logo e quer saber sobre a sua mãe que não conheceu. Começa então vagar pelas favelas em busca de informações. José Wilker interpreta um homem sisudo, mas no decorrer do filme percebemos que dentro dele há um turbilhão, mas a sua forma de viver parece que ele é indiferente. O Maior Amor do Mundo é de uma poesia surpreendente. Eu vi no cinema, revi já vários trechos. Minha mãe ama esse filme também.


Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Esses Amores

Assisti Esses Amores (2010) de Claude Lelouch no Telecine Cult. Gostei muito! Inicialmente há um texto do diretor falando das semelhanças com a vida real. Esses Amores relata a vida de uma lanterninha de cinema. A história de sua mãe, de seu padrasto. Gostei demais de como o filme é contato e realizado. Na parte do cinema mudo, na história da mãe, o filme é mudo. E as referências ao cinema continuam.

É um período conturbado na França, Segunda Guerra Mundial, perseguição aos judeus. Audrey Dana faz nossa protagonista. Estão no elenco: Dominique Pinon, Samuel Labarthe, Jack Ido, Judith Magre, Gilles Lemaire e Zinedine Soualem. A música é outro personagem.

Beijos,

Pedrita

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Nacionalismos e Vanguardas: Variações em torno de 1964

Assisti ao espetáculo Nacionalismos e Vanguardas: Variações em torno de 1964 com o Núcleo Hespérides - Música das Américas no Centro Cultural São Paulo. Esse espetáculo integrou a programação sobre os 50 anos do Golpe Militar e teve a estreia mundial da obra do compositor brasileiro Paulo C. Chagas,  A Geladeira. Impressionante essa obra. Paulo C. Chagas vive atualmente nos Estados Unidos e esteve no Brasil especialmente para esse estreia. Ele também interpreta já que é uma música com fotos em filmagem e intervenções eletrônicas. A Geladeira é fruto da horrível experiência de Paulo C. Chagas, quando tinha 17 anos e foi torturado na ditadura. Detalhes do que ocorreu ele contou em uma entrevista para o jornal O Estado de S. Paulo. É angustiante o relato. Como muitos torturados, ele travou e se silenciou. Recentemente quebrou o silêncio após o pedido para que fizesse essa obra impactante.
Paulo C. Chagas é o da esquerda da foto.
Sob regência de Ricardo Bologna, interpretaram A Geladeira: a pianista Rosana Civile, os cantores Maria Lúcia Waldow e Ademir Costa. A violinista Eliane Tokeshi. A violoncelista Ji Yom Shim, o viola Ricardo Kubala e o percussionista Joaquim Abreu.
Cenas de A Geladeira
Introdução: a escuridão da inconsciência
A eletricidade: máquina de meter medo
Os ruídos: imersão nas vibrações caóticas
O frio: sopro da morte
A culpa: testemunhando a tortura de um ser amado
A dor: sentimento de finitude
As formas de tortura: a tortura invisível

A paz: música que vive não-cantada

Na primeira parte estavam obras dos compositores brasileiros envolvidos nos Manifestos Musicais de 1944 a 1966. Participaram dessa primeira parte Adélia Issa (soprano), Maria Lúcia Waldow (meio-soprano), Ademir Costa (barítono), Eliane Tokeshi (violino), Ji Yom Shim (violoncelo), Ricardo Kubala (viola), Rosana Civile (piano).

Programa da primeira parte:
Camargo Guarnieri (1907-1993)
Ponteio e dança, para violoncelo e piano (1946)


Hans-Joachim Koellreutter (1915-2005)

Cantos de Kulka, para soprano e piano (1964)


César Guerra-Peixe (1914-1993)

Ê-Boi!,  para canto e piano (1958)

Duo, para violino e viola (1946)


Eunice Katunda (1915-1990)

Duas cantigas das águas, para canto e piano (1957)

    Em louvor de Oxum

    Em louvor de Yemanjá


Edino Krieger (1928)

Canção do violeiro, para canto e piano (1956)


Cláudio Santoro (1919-1989)

Adagio, para viola e piano (1946/1965)

Meu destino, para canto e piano (1958)


Gilberto Mendes (1922)

Lamento, para canto e piano (1956)


Ernst Widmer (1927-1990)

Massacre, op. 32 nº 6, para voz grave e piano (1964)


Beijos,
Pedrita