sexta-feira, 28 de junho de 2019

Concerto da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo

Assisti ao concerto da Osesp - Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo na Sala São Paulo. A regência enérgica foi da americana Marion Alsop. O convidado foi o excelente barítono Paulo Szot. Belíssimo concerto! Todas as obras eram de compositores russos. O cantor interpretou lindas árias de Tchaikovsky e Borodin.

Programa:
Pyotr Il'yich TCHAIKOVSKY
Eugene Onegin: Vi mnye pisali - Kogda bi zhizn
Pique Dame: Ya vas lyublyu
Alexander BORODIN
Nas Estepes da Ásia Central
Pyotr Il'yich TCHAIKOVSKY
Iolanta: Kto mozhet sravnit'sja s Matil'doj moej
Alexander BORODIN
Príncipe Igor: Ária

A Osesp ainda tocou uma obra de Glinka.

Programa:

Mikhail GLINKA
Ruslan e Ludmila: Abertura
Pyotr Il'yich TCHAIKOVSKY
Sinfonia nº 4 em Fá Menor, Op.36

Fotos de Isabela Guasco



Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Vita Activa - O Espírito de Hannah Arendt

Assisti ao documentário Vita Activa - O Espírito de Hannah Arendt (2015) de Ada Ushpiz na Philos TV. Esse canal abriu o sinal e vi que tinha esse documentário que fui logo ver. Não pretendo pagar mais nada na NET, já acho o serviço caro demais, não vou acrescentar nenhum canal que deva pagar mais, acho que pelo que a NET vem perdendo de assinante deveria ou baratear ou incluir mais canais expressivos na grade.

Esse documentário fala muito das guerras mundiais, com filósofos e narradores lendo cartas de filósofos, inclusive da Hannah Arendt. Infelizmente e com muita vergonha que confesso que ainda não li nada de Hannah Arendt, está na lista há anos, mas ainda não adquiri suas obras. Eu tinha visto o filme Hannah Arendt que fala muito sobre a banalidade do mal, esse documentário começa com esse tema, mas se desdobra sobre as guerras, fanatismo, nacionalismo, ascensão de Hitler, judeus. Enquanto filósofos falam sobre as ideias da Arendt, narradores leem as cartas, passam imagens monstruosas das guerras, do nacionalismo, da ascensão de Hitler, dos campos de concentração. Inclusive o documentário lembra que só quando os portões de Auschiwtz foram abertos é que souberam da extensão dos horrores do nazismo. Claro, todos sabem que em guerras há campos de prisioneiros, que são maltratados e trabalham em campos, mas ninguém imaginava que os que não iam para as câmaras de gás, viravam cobaias de médicos monstros, passavam todo o tipo de provação para experimentos e muito, mas muito sadismo e perversão.
O que mais me assustou foi a semelhança com os dias atuais. O nacionalismo para se fortalecer baseia-se em mentiras. Hannah Arendt fala muito dos adeptos que só cumpriram funções monstruosas e sem julgamentos. Hoje acho que há uma compreensão maior sobre o que ela dizia. Sim, há inúmeros nazistas sádicos, violentos, assassinos pela defesa de uma raça superior. Mas há uma leva de multidão que o seguiu, que fez barbaridades pelo que acreditava. A perseguição aos judeus porque incomodavam, porque dominavam a economia soa como inveja e por despeito apoiaram monstros. Os monstros, sádicos, perversos são presos, são identificáveis, mas o que cumprem ordens, seguem lunáticos estão misturados na população e continuam praticando maldades até mesmo por omissão. Eu tenho muito medo dos camuflados, dos omissos, acho-os muito perigosos. O documentário mostra quando Arendt participa do Congresso Sionista que larga um tempo depois, vendo que os judeus, por ódio justificado de tudo o que sofreram, passaram a achar todos que não eram judeus eram inimigos, e que isso se parecia muito com sistemas violentos. O filme mostra então as violências que os judeus praticaram e praticam com os palestinos. Um filósofo fala que Arendt sempre se manteve distante dos movimentos e correntes, sempre teve liberdade de pensamento. 

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 25 de junho de 2019

A Desumanização

Assisti a peça A Desumanização no Sesc Santana. Uma amiga veio a São Paulo e me convidou para irmos ver esse espetáculo. Por coincidência eu queria muito ver pelos elogios que vem recebendo e porque gosto muito do trabalho da Fernanda Nobre. Que impressionante! Estamos impactadas até agora!
Foto de Vitor Iemini

O texto é do Valter Hugo Mãe e fiquei absurdamente impactada, quero muito ler a obra. A excelente direção é de José Roberto Jardim. Na peça são dois ambientes quase um espelho do outro. Aos poucos vamos descobrindo a história e é muito forte. Começam com as duas em movimentos sincronizados. Não tinha ideia que a Maria Helena Chira era tão parecida com a Fernanda Nobre. Sim, a caracterização ajudou profundamente, mas elas parecem uma só. Incrível as duas, a cadência, quase como uma dança. Milimétricos movimentos.
Essas fotos seguintes são de Edson Lopes Jr.
Eu sou apaixonada por tecnologia e tecnologia no teatro. Em A Desumanização foi realizada por André Grynwask e Pri Argoud que eu admiro muito o trabalho. Começam as duas em frente a uma câmera e a projeção atrás. Só que com o tempo eu comecei a achar que não era só a filmagem que aparecia atrás e sim também projeção de imagens. O que era exatamente eu não sei porque os truques eram fantásticos. Tinham imagens além do que estava sendo filmado.

Maria Helena Chira é a idealizadora do projeto, que genialidade, que escolha. A incrível cenografia é de Belisa Pelizaro, os figurinos de João Pimenta, o desenho de luz de Wagner Freire, a música de Marcelo Pelegrini. Todo coordenado, com uma unidade impressionante. Que espetáculo! Esse é o último fim de semana do espetáculo!

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Ilha dos Cachorros

Assisti Ilha dos Cachorros (2018) de Wes Anderson no TelecinePlay. Faz um tempinho que vi essa animação no Now, nunca tinha ouvido falar, mas por ter animais, eu relutei em ver. Tenho pavor de ver filmes com animais porque muitas vezes eles sofrem, até mesmo nas gravações, apesar de vir o letreiro no final que nenhum sofreu maus tratos, quando visivelmente percebemos que não foi bem assim. Evito profundamente. Resolvi tentar assistir.

Ilha dos Cachorros é um filme muito sombrio sobre a maldade humana. Como não tem um perfil melodramático e sim mais informativo, dá pra suportar. Fico pensando a partir de que idade agrada por ser uma trama complexa e dramática. Um líder oriental e muito mal resolve banir os cães da cidade e enviá-los para uma ilha onde há depósito de lixo. Os cães estão com doenças e ele influencia a opinião pública contra os cães. Os cientistas são contra já que estudam remédios para as doenças, mas não conseguem persuadir nem o líder nem a população manipulada. A atualidade da trama incomoda.
Um garoto de 12 anos aparece em um avião pequeno na ilha pra procurar o seu cachorro. Como um cachorro diz, é o único que parece se incomodar com o destino dos bichanos. É muito interessante como é construída a animação. O japonês só entendemos se tem tradutor. O filme é na ótica dos cães. Então entendemos o que eles dizem, mas o garoto que está na ilha não entendemos. Fiquei inclusive curiosa pra saber se o que os orientais falam é um idioma mesmo ou só sons. A animação é de stop-motion, feita quadro a quadro, incrível!
Beijos,
Pedrita