O filme Hannah Arendt relata o período que a filósofa, que não gostava de ser designada dessa forma, vai cobrir pelo New York Times o julgamento de um nazista. Esse nazista foi sequestrado e levado para Jerusalém para ser julgado. Lá ela se surpreende com um burocrata, que cumpria ordens, que aparentemente não se preocupava com os desdobramentos de seus comandos. Ele definiu que os judeus iriam em trens, mas não se sentia responsável com a forma com que foram levados, com as mortes por superlotação dos vagões. Ele cumpriu a ordem. Hannah Arendt começa a avaliar esse tipo de mal, não o mal sádico e monstruoso de muitos nazistas, mas esse mal de fazer o que mandam, não importa o quê. Além dessa análise ela escreve outros fatores sobre judeus e mesmo tendo sido uma judia que seguiu para o campo de concentração, ela é duramente julgado pelos judeus.
Eu fiquei pensando que nós brasileiros podemos compreender esse comportamento burocrata, não aceitar, mas nos ser familiar, já que há uma cultura no Brasil do pensamento de que não é comigo. De muitos não se sentirem responsáveis pelos seus atos. O individualismo atual também leva a comportamentos burocratas e que sim, é um mal, quando não nos tornamos responsáveis pelos nossos atos, mesmo que seja outro que execute o mal que começamos. Barbara Sukowa está incrível como Hannah Arendt, um pouco diferente da grande filósofa, mas a atuação é majestosa. Seu marido é interpretado por Axel Milberg. Alguns outros do elenco são: Julia Jentsch, Janet McTeer, Ulrich Noethen e Nicholas Woodeson.
Beijos,
Pedrita
Já vou procurar aqui em Fortaleza qual cinema está passando para eu ir ver. E agora eu fiquei admirada com o preço do cinema que vc falou! Barato! Aqui é mega caro!!!
ResponderExcluirBeijos
Adriana
ah, não, é a taxa para comprar pela internet. eu sou cliente da livraria cultura e paguei meia entrada, 12 reais. mas comprei na bilheteria.
ExcluirLi sobre este filme em uma revista e fiquei muito curiosa. Obrigada pelo post, ficou ótimo, cheio de informações pertinentes!
ResponderExcluirBeijos!
lê, acho que vai gostar.
ExcluirEu nem fazia ideia desse filme e simplesmente adorei. Fiquei muito interessada! Em tudo, obrigada mesmo pela indicação!
ResponderExcluirbeijos,
Bárbara
www.pontoemcomum.com
bárbara, é muito bom.
ExcluirQue bom que voce viu e gostou Pedrita. Vai gostar dos livros tambem. Belo post.
ResponderExcluirBjos
camille, eu que agradeço o comentário.
ExcluirOi Pedrita,
ResponderExcluirVou esperar sair dos cinemas, mas vou querer assistir!
Parece bem interessante, obrigada pela dica.
Beijos
nina, eu quero rever depois de ler alguns dos livros de hannah arendt.
ExcluirCurioso...parece interessante :)
ResponderExcluirMuito obrigada por sua visitinha em meu blog, fiquei muito feliz:)
beijinhos
www.jananogueira.com
Lembrei do post no blog da Camélia de Pedra. Ainda não vi esse filme.
ResponderExcluirMuito obrigada pelo seu comentário no blog. Seja sempre bem-vinda.
Big Beijos
Lulu
http://luluonthesky.blogspot.com.br
Este post me deixou com mais vontade ainda de assistir.
ResponderExcluirbruxa, comigo foi o post da camélia.
ExcluirNem sabia deste filme. Eu sou fã da Hannah Arendt deste tempos de estudante. Foi muito importante o trabalho dela sobre o totalitarismo.
ResponderExcluirenaldo, é o livro que quero ler primeiro.
ExcluirEu li alguns capítulos do livro que baseou esse filme, chama-se "Eichman em Jerusalém", realmente o que causa espanto na Hannah é o caráter burocrático com que as mortes de judeus eram tratados. Pessoas morriam por causa de uma banal canetada num papel autorizando um genocídio. Acho que se você quiser fazer uma comparação dá para pegar o filme "O leitor" e perceber exatamente isso na cena da igreja pegando fogo. Pessoas cometendo atrocidades por causa de ordens superiores. É uma grande denúncia da falta de reflexão, do conformismo e também de pessoas que seguem fanaticamente uma ideologia. Não gosto muito da autora, mas vale a pena tirar suas prórprias conclusões.
ResponderExcluirhannah é uma grande autora. e falar da banalidade é fundamental nos dias de hj. e muitos torturadores na ditadura foram cumpridores de ordens.
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