Assisti Jason Bourne (2016) de Paul Greengrass no Telecine Premium. Fiquei muito empolgada quando vi de manhã na grade de programação que esse era a Super Estreia. Adoro os outros filmes da série, gosto dos princípios éticos de Jason Bourne.
Adoro Matt Damon e é muito bom ver a passagem de tempo no protagonista. Só me incomodou o fato de a cada filme suas parceiras serem cada vez mais jovens. Agora a maravilhosa Alicia Vikander que aparece para fazer contraponto. A personagem de Julia Stiles morre logo no começo.
Jason Bourne reaparece. Na verdade sua parceira. Ele tenta ajudá-la, pega uma chave e começa a ser perseguido. Muito mal o personagem do Tommy Lee Jones. A parte tecnológica também é muito boa. A fera em tecnologia é interpretada pela Alicia Vikander. Riz Ahmed criou um aplicativo, ele jura que haverá privacidade. Não entendo como alguém ainda acredita em privacidade nesses novos tempos. Mais estranho ainda é encontrar multidões em palestras sobre aplicativos que falam de privacidade. Qualquer sistema que prometa privacidade, desconfie. Nunca acredite que só um grupo de pessoas vê os seus dados porque é muito fácil mudar isso. Se acha que alguns não podem ver o seu conteúdo, nunca coloque na rede.
O perseguidor é interpretado por Vincent Cassel. Gostei muito.
Assisti Ave, César! (2016) dos Irmãos Coen no TelecinePlay. Eu não estava muito animada em ver esse filme, nunca curtia o pouquinho que via em chamadas. Mas o 007 falou que era dos Irmãos Coen que adoro, resolvi ver. Ele também não gostou muito. Tem umas sacadas geniais, típicas dos Irmãos Coen, mas é irregular. Vale muito a pena ver porque é muito inteligente, mas não chega a ser o que de melhor eles fizeram.
Gostei que fala de Hollywood. Desglamouriza o período. Um grande estúdio está gravando Ben Hur, obviamente tem outro nome no filme, mas logo identificamos. Estão no final das filmagens. George Clooney faz o protagonista. Ele não é nada brilhante e apronta muito. Ele é sequestrado e ninguém imagina. Levam-no há uma belíssima casa em uma praia onde roteiristas comunistas querem ganhar mais pelos seus trabalhos. Muito engraçado a dificuldade do protagonista de entender tanta referência literária.
O personagem do Josh Brolin passa o filme tentando apagar os incêndios das produções. Chega a cansar tanta atividade e tanta confusão que ele tem que resolver. São tantos problemas. Uma atriz que engravidou de um ator casado e para não manchar a imagem precisa de uma solução. Ela é interpretada pela bela Scarlett Johansson e atua naqueles filmes na piscina com nado sincronizado. Muito engraçado o grupo que estuda uma solução. E tudo mirabolante para enganar o público tentando salvar a imagem da atriz. Hilárias as duas Tilda Swinton. Elas são gêmeas inimigas, mas tem a mesma profissão. As duas são colunistas. Uma gosta de sensacionalismo, a outra se diz mais sofisticada, mas é tudo mais do mesmo.
Alden Ehrenreich faz um ator de filmes de cowboy. Um ator de um filme de drama não pode comparecer e escolhem o ator cowboy para substituí-lo, só que ele só sabe fazer filmes de ação, sem falas, é muito engraçado ele tentando interpretar. O diretor é interpretado pelo Ralph Fiennes. É engraçado porque parece que não vai dar certo de jeito nenhum. Depois vão assistir um trecho e com a edição parece que ele é ótimo. Muito inteligente a cena. O elenco incrível continua Frances McDormand, Jonah Hill, Max Batter, Patrick Fischler, Channing Tatum e Christopher Lambert. É enorme e com muitas participações. O narrador é Michael Gambon.
Vi a exposição Cícero Dias - Um Percurso Poético no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Tinha tempo que queria ver, estava achando que não ia conseguir. Cheguei até a estar no CCBB mas não consegui parar para ver. Finalmente! Não ia me perdoar e depois que vi a maravilha que é, não ia mesmo. Cícero Dias passou a ser mais presente na minha memória desde que vi o filme Coleção Invisível baseada no conto do Stepan Zweig que comentei aqui. O filme não é sobre o pintor, mas um antiquário vai atrás de um colecionador de obras de Cícero Dias. É genial! Uma dessas obras da exposição está no pôster do programa que vira um cartaz. Atrás as informações e no outro lado um cartaz. Um luxo! Já estou com ele colocado aqui.
Obra da década de 70 sem título - Cícero Dias
A exposição começa com o lado retratista de Cícero Dias. Depois ele segue para um momento dos vegetais, quando tudo é em tons de verdes. Mas ele retorna ao momento retratista depois, com outras influências. Muito interessante! A mostra conta que Picasso o chamou para ir a França. Cícero Dias foi perseguido pela ditadura Vargas e passou um tempo na França. Depois Picasso o chamou novamente a Paris. Fiquei pensando se Cícero Dias conheceu Gertrude Stein, grande incentivadora das artes e amiga de Picasso. Gostei demais da obra da Tarsila do Amaral. Cícero Dias era amigo de Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Tarsila do Amaral e Picasso. Inclusive Cícero Dias foi junto com Mário de Andrade na visita a Pernambuco. Cícero Dias era de Pernambuco.
Obra Mormaço (1941) de Cícero Dias
São 125 obras com curadoria de Denise Mattar e curadoria honorária da filha de Cícero Dias, Sylvia Dias. A mostra termina dia 3 agora e é grátis. Já passou por Brasília.
Assisti The Boy (2016) de William Brent Bell no Telecine Premium. Sabem como gosto desse gênero. Gostei bastante, mas acho que o filme desandou um pouco no final. É muito interessante a trama central. Uma moça é convidada para ser babá de uma criança. O roteiro é de Steacey Menear.
Chegando lá ela descobre que será babá de um boneco. Os pais vão viajar. Ela recebe uma lista de tarefas, mas obviamente não cumpre, afinal um boneco não precisa daquelas atividades. E obviamente tudo começa a sair muito mal. Os pais são interpretados por Jim Norton e Diana Hardcastle.
Ficamos sabendo que teve um acidente e o menino morreu, então os pais passaram a criar o boneco. A babá é interpretada por Lauren Coban. O entregador por Rupert Evans.
Terminei de ler A Guerra Não Tem Rosto de Mulher (2016) de Svetlana Aleksiévitch da Companhia das Letras. Mais uma autora que só teve obras traduzidas no Brasil depois de ganhar Prêmio Nobel. O mundo já tinha acesso às suas obras para poder votar e nós não tínhamos um único título para conhecer. Comprei esse livro na Feira do Livro da USP com 50% de desconto. Essa capa de Daniel Trench é linda.
Atiradoras do Exército Vermelho (08 de janeiro de 1943 - Foto de P. Bernstien
Svetlana acabou vindo a Flip. Com as publicações dos livros foram muitas matérias e entrevistas. E no início do livro também a autora fala que as bibliotecas ucranianas estavam repletas de livros e filmes de guerra. Que era e é um assunto recorrente na Ucrânia. Como países vivem realidades tão diferentes da nossa. O Brasil tem muita violência urbana, mas nossas bibliotecas não estão repletas de livros sobre o tema. Então a jornalista resolveu entrevistar mulheres que tinham participado da Segunda Guerra Mundial. Não tinham mais homens para ir a guerra e as mulheres foram convocadas. As adolescentes sonhavam em lutar na guerra. O patriotismo era muito forte, mas também a violência nazista as impulsionavam. Fizeram o que podiam e o que não podiam para serem convocadas ou irem ao campo de batalha mesmo sendo menores de idade. Forjavam identidades, se infiltravam. Foram franco atiradoras, pilotos, tanquistas e claro, enfermeiras, médicas, comunicadoras e escrivãs. Ao final de cada relato há o nome e a função de cada entrevistada. Algumas não queriam o nome completo por motivos variados. Porque seus filhos não sabiam que tinham matado tantas pessoas, porque não falavam disso em casa. Boa parte vivia sem falar no passado, deixando escondido.
Lyudmila Pavlichenko
A Ucrânia sofria com a fome. Uma sobreviveu comendo estrume de cavalo. Muitos morreram de fome. Várias tinham graves problemas nos pés, perdiam pedaços, os pés congelavam porque não haviam coturnos para elas. Svetlana conta que em muitas casas eram os maridos que queriam ser entrevistados, só eles poderiam falar da vitória e mandavam suas mulheres para a cozinha. Poucas militares casaram. A maioria vive com dificuldade em alojamentos coletivos sozinhas. Os homens não queriam casar com mulheres que tinham sido militares. Não queriam casar com mulheres que poderiam mandar neles.
Natalia Kovshova
Svetlana teve dificuldade de encontrar uma editora que publicasse o livro. Diziam que era muito triste e que as pessoas não iam querer saber de tanta tragédia. Só anos depois é que ela conseguiu. Os relatos dilaceram, são trágicos, deprimentes, violentos. Algumas desiludidas, outras orgulhosas, outras passando dificuldades. E a solidão! A Adriana Balreira também fez uma resenha desse livro aqui.
Assisti Pets: A Vida Secreta dos Bichos (2016) de Chris Renaud e Yarrow Cheney no Telecine Pipoca. Estava animadíssima para ver essa animação e fiquei mais ainda quando li o post da Patry do Marion e Sua Vida. Só que eu esqueci que no Now só tem dublado, nunca entendi porquê e fiquei procurando pra gravar. Por sorte naquele mesmo dia passou e consegui ver.
A premissa é muito engraçada. O que os bichos fazem quando seus donos saem. O trailer então é uma delícia. Amo o cachorro lady que ouve música clássica e quando seu dono sai ouve rock pesado. Nosso protagonista fica na porta esperando sua dona. Até que ela traz um outro cachorrão que estava no abrigo e ele fica muito, mas muito chateado. Um passeador de cães perde os dois na praça e os amigos vão procurá-los.
Fofo demais o cachorro velhinho que anda com rodinhas, ele que é o cabeça do grupo e vai ajudá-los a achar os amigos. Linda também a amizade da cachorrnha com a águia.
Pets tem várias mensagens sutis. O coelhinho mal, lindo demais, mas mal, vive com os animais enjeitados, abandonados, no bueiro. Adorei Pets. Lindo demais!