sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Passageiros

Assisti Passageiros (2016) de Mortem Tyldum na HBO On Demand. O roteiro é de Jon Spaihts. Apesar da roupagem ser ficção científica é um filme romântico, sobre o amor entre duas pessoas. Mas a parte de ficção científica é muito interessante. Uma belíssima nave está em órbita, acontece um acidente. Tudo é mecânico, nada humano. Ficamos sabendo então que mais de 5.000 pessoas estão hibernando, mais os responsáveis pela nave.

Com a pane, só um hibernado acorda. Ele é orientado como se todos tivessem acordado. Ele vai então pesquisar e descobre que ele não dormiu 120 anos. Que faltam ainda 90 anos até chegarem ao planeta que iriam viver. Eles iam ser acordados somente 4 meses antes da chegada. Os responsáveis seriam acordados um pouco antes. Ele passa um ano sozinho, até que não suporta mais e acorda uma tripulante. Ela demora a descobrir o que ele fez. Gostei bastante, os temas debatidos são bem interessantes. Ele é Chris Pratt, ela Jennifer Lawrence. Há um robô barman interpretado por Michael Sheen. Com pequenas participações estão Laurence Fishburne, Julee Cerda e Andy Garcia.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

O Caseiro

Assisti O Caseiro (2015) de Julio Santi no Telecine Play. Vocês sabem que adoro esse gênero, gostei muito desse. Começa em um tempo atrás com um garoto vendo o caseiro se enforcando.

Vem para o tempo atual e um professor fala de psicologia sobrenatural em uma aula. Achei muito interessante e vou querer pesquisar sobre o assunto. Ele fala de um menino que perdeu a mãe, parecia nem sofrer tanto, mas passou a conversar com a mãe. Ele diz que a pessoa cria a outra para minimizar o sofrimento da perda ou até mesmo acreditando na projeção. Uma jovem o procura, conta a história da sua família, sua mãe morreu muito recentemente e sua irmã volte e meia acorda ou aparece machucada. Ele pede autorização a jovem para passar um fim de semana na casa, é a casa que o caseiro se enforcou. O menino que viu o enforcamento é o pai da jovem e da menina.
Sim, é um filme de fantasminhas, muito bem feito por sinal, mas gostei da parte psicológica da trama. Logo o professor desconfia do pai das meninas. A irmã que mora na casa é insuportável. Eu cheguei a desconfiar de algumas questões, acertei em algumas, mas o final foi muito surpreendente e bem explicado. Gostei que mesmo se explicando ficou em aberto.


É muito linda a casa que serve de cenário. Bruno Garcia interpreta o professor, a jovem é Malu Rodrigues. O pai é Leopoldo Pacheco, a irmã Denise Weinberg. O ajudante do professor Pedro Bosnich. O padre Fabio Takeo. As crianças são Bianca Batista e Annalara Prates. A outra irmã por Victória Leister.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

O Trono da Rainha Jinga de Alberto Mussa

Terminei de ler O Trono da Rainha Jinga (1999-2007) de Alberto Mussa da Editora Record. Eu comprei esse livro naqueles espaços no Metrô. 5 livros saíam por R$ 10,00. Era uma garimpagem e tanto achar livros interessantes e achei esse. Eu tinha ouvido falar nesse autor por um blogueiro,  não lembrava qual, até que a Fátima Pombo do abrkdbra-coisasdavida me lembrou que tinha sido ela que leu. Atualmente o autor tem dado várias entrevistas, saído em várias matérias, mas na época que comprei o livro não tanto. É uma bela edição, com uma linda capa. Essa é a segunda edição da obra publicada em 2007 com algumas modificações da original. O Trono da Rainha Jinga é quase um sea book.

Obra de Basawan

O principal personagem vivia na Índia onde fazia negócios com um brâmane que resolve viver mendigando por acreditar que alcançará a iluminação conforme sua cultura.
Então o personagem segue para a África onde vive a Rainha Jinga que existiu realmente antes da instituição da República da Angola. Lá o personagem passa a fazer negócios entre a África e o Brasil, então as tramas passam nesses dois países. A trama é toda entrecortada, cheia de assassinatos, poder e muitas culturas e costumes. Gostei muito.


Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Jules e Jim

Assisti Jules e Jim (1962) de François Truffaut na Claro TV. Eu tinha alta expectativa sobre esse filme. O roteiro é de Henri-Pierre Roché. Sempre ouvi dizer que falava de liberdade, de relacionamento entre três pessoas. O que vi foi uma versão machista de uma mulher infeliz, que só conseguia ser feliz quando ia atrás de homem.

Não era uma mulher livre e sim uma mulher dependente de homem. Estava sempre atrás de novas emoções, mas nunca parecia encontrá-las, estava sempre infeliz. Mesmo quando o trio se forma, não é um trio. Um aceitou ela ficar com o amigo na mesma casa para não perdê-la, mas ela fica só com o amigo e acha errado quando um tempo depois dorme com o primeiro. E não repete. Eram três pessoas angustiadas, insatisfeitas e infelizes. Um deles inclusive era mais machista ainda, porque mantinha uma mulher na cidade, ia e voltava quando bem entendia e a mulher da cidade ficava lá esperando, à disposição. 
No início os três viviam em uma cidade grande, então ela era mais livre e feliz. Depois da guerra, ela se enfiou na casa de campo com um deles, teve uma filha, tinha uma pessoa pra cuidar da casa, e era incapaz de fazer algo por ela mesma, escrever um livro, ter algum trabalho. Vive só de ir atrás de homem e pior, não parece que fica feliz a cada noitada. Jules e Jim é realmente um filme feito por homens com um olhar altamente estereotipado do que é uma mulher. A protagonista foi criada na época da publicação de importantes obras de Simone de Beauvoir, bem depois das obras de Virgínia Woolf, portanto já haviam textos com mulheres a frente de seu tempo, independentes, livres e com vida profissional.

Sim, Jeanne Moreau está mais linda que nunca. Jules e Jim são interpretados por Oskar Werner e Henri Serre.

Beijos,
Pedrita

domingo, 3 de setembro de 2017

Meu Saba

Assisti a peça Meu Saba de Daniel Hertz no Teatro Sérgio Cardoso. O texto é baseado no livro Em Nome da Dor e da Esperança de Noa Ben Artzi-Pelossof neta do judeu Yitzhak Rabin ganhador de Prêmio Nobel da Paz juntamente com Yasser Arafat pelos Acordos de Oslo, uma série de resoluções para selar a paz entre os povos israelenses e palestinos.

Em 1995, Yitzhak Rabin foi assassinado por um judeu extremista após um de seus discursos. Clarissa Kahane interpreta a neta de Yitzhak Rabin, Noá Ben Artzi-Pelossof que precisa discursar sobre o avô. Ela vai lembrando de seu avô, de sua história e falando da dificuldade que será discursar. Afinal todos lá conheciam os trabalhos políticos de Rabin, enquanto ela conhecia o avô. 

É uma peça muito triste e contundente. Belíssimo espetáculo! Incomoda muito o microfone do discurso, inteligente demais ser uma grande arma. A cenografia é de Bia Junqueira. Tudo é muito bonito. A iluminação além de linda é muito funcional, é a iluminação de Aurélio de Simoni que divide os momentos da narrativa. Tudo é muito preciso. Triste momento de nossa história. Noá fica indignada de ter sido um judeu que matou o seu avô. Além de falar de um fato histórico muito triste, a peça fala de intolerância, tema tão atual nos dias de hoje.

As fotos são de Pedro Fulgêncio. 
Beijos,
Pedrita