sábado, 13 de dezembro de 2008

Festival Leo Brouwer

Fui ao Recital II do Festival Leo Brouwer no Anfiteatro Camargo Guarnieri na Universidade de São Paulo. Eu sou fã do Leo Brouwer desde os 15 anos e foi muita emoção conhecê-lo. Nesse recital ele ouviu intérpretes brasileiros tocando suas obras. Foi um belíssimo recital com Adélia Issa, Edelton Gloeden, Paulo Porto Alegre, Antonio Carlos Carrasqueira, Alexandre Ficarelli, Luis Afonso Montanha e Marco Pereira. Gostei demais de ouvir tantas obras desse grande compositor. A única canção do recital tinha textos de Federico García Lorca.


Música do post: Tocatta Brouwer


Youtube: Ojos brujos by Leo Brouwer




Beijos,

Pedrita

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Grande Hotel

Assisti Grande Hotel (1995) no Maxprime. Eu sempre tive vontade de ver esse filme pela turma que o compõe. É como o filme abaixo, uma turma talentosa, mas Grande Hotel é desprezível. Eu adoro o Quentin Tarantino e ele dirige um dos episódios e o que achei mais precário. Gosto muito do Tim Roth, que é o protagonista e está em todos os episódios, mas pediram que ele ficasse muito caricato, afetado. São quatro episódios em um Hotel. Tim Roth interpreta um mensageiro em seu primeiro dia de trabalho. Aí em cada episódio é uma história em um quarto. Há alguns poucos e bons momentos, mas na maioria é exagerado em clichês, medíocre mesmo.

Quentin Tarantino dirigiu O Homem de Hollywood que tem o Bruce Willis no elenco. É de uma afetação só, e não gostei nem um pouco do cenário, porque não parecia um quarto em hipótese alguma. Robert Rodriguez dirigiu Os Pestinhas, foi o episódio que mais gostei, as crianças são umas graças, mas o Antonio Banderas interpretou o seu clichê mais temível nos filmes de ação, o amante latino e mafioso. Alexandre Rockwell dirigiu O Homem Errado. Allison Anders, O Ingrediente Que Faltava, esse também é péssimo. Um grupo de mulheres bruxas precisam desfazer um feitiço. É bastante sexual e de muito, mas muito mal gosto. A Madonna contracena nesse episódio e Ganhou o Framboesa de Ouro de Pior Atriz Coadjuvante. Alguns outros do elenco são: Salma Hayek, Marisa Tomei e Jennifer Beals.


Colocaram no ar uma participação minha no blog O que elas estão lendo?

Música do post: 04 Four Rooms And Path
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From Mata Hari e 007


Beijos,


From Mata Hari e 007

Pedrita

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Era Uma Vez no Oeste

Assisti Era Uma Vez no Oeste (1969) de Sergio Leone no Telecine Cult. Pronto, agora o 007 vai ficar feliz, ele não se conformava que eu não tinha visto esse filme. E vocês também, porque vocês começavam a desacreditar que eu voltaria a falar de cinema por aqui. Os créditos iniciais já nos vão impactando. Só nomes inacreditáveis! Além da direção maravilhosa do Sergio Leone, assinam o roteiro: Dario Argento, Sergio Leone e Bernardo Bertolucci. A trilha sonora magnífica é do Ennio Morricone. E o elenco um desfile de grandes nomes: Henry Fonda, Claudia Cardinale, Charles Bronson, Jason Robards, entre outros.

Tudo é perfeito, os incríveis ângulos da câmera, o roteiro intrincado, a direção, a fotografia de Tonino Delli Colli, a música. É tudo realmente o que dizem, perfeição, obra de arte! Me lembrou muito Memorial de Maria Moura onde a protagonista diz que terra se conquista com sangue. O poder dado pelo medo e pelas armas, gerando ódios, vinganças e intolerância.

Youtube: Once Upon A Time in the West - Opening Scene

Beijos,

Pedrita

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

As Barbas do Imperador

Terminei de ler As Barbas do Imperador - D. Pedro II, um monarca dos trópicos (2002) de Lilia Moritz Schwarcz. Eu sempre quis ler esse livro desde que vi matérias sobre ele na época do lançamento. E foi um livro muito vendido na época. Mas estranhamente caiu em minhas mãos um outro dessa autora antes, A Longa Viagem da Biblioteca dos Reis, que minha irmã me emprestou. E virei fã dessa autora. Ela não só escreve livros sobre parte da história do Brasil, mas de forma tão envolvente e interessante que pareço estar a frente de um livro policial que não quero largar. O mais estranho é que o que ela relata é algo que conhecemos um pouco o desenrolar da história, sem profundidade, mas conhecemos. Quando fui a Bienal do Livro adquiri essa maravilhosa obra! Eu me surpreendi com a quantidade de livros desse que se acha em sebos virtuais. Vai ver que algumas escolas exigem e depois as pessoas querem se livrar dessa preciosidade. Quem desejar comprar, consegue facilmente em sebos!
Eu sempre tive um fascínio por Dom Pedro II pelo incentivo que ele fez às artes, na obra esse número ficou mais claro:
O imperador auxiliou um total de 24 artistas brasileiros no exterior, os quais se destacam nomes como Pedro Américo e José Ferraz de Almeida Júnior”. E me encantei de ver o quanto ele se interessou pelas feiras de ciências e levou o Brasil a várias. Não foi um governo perfeito, mas foi claramente marcante. Pedro II era um jovem com rosto muito juvenil, voz fina, baixo e a barba foi um artifício para transformá-lo em alguém mais velho e respeitável. Me diverti com o marketing que fizeram com a imagem de Dom Pedro II. Algo que hoje conhecemos tão bem no culto a celebridades. Há várias telas da posse onde ele sempre é mostrado mais alto e com um porte que não tinha. E são assustadoras as imagens que circularam pelo mundo. Ele mais alto e imponente ainda.
A obra mostra como enalteceram os índios nesse período para criar uma identidade brasileira e o quanto escondiam a influência negra nas sociedades.
Crédito da foto: Otto Hees
Dom Pedro II ficou fascinado com a fotografia então passamos a ver retratos mais pra frente. O livro além de maravilhosamente bem escrito, com várias citações de livros importantes, tem ilustrações incríveis colhidas em diversos centros históricos. Eu tinha lido a excelente biografia de Mauá e a autora cita o livro e a participação de Mauá na monarquia. É um período realmente marcante, nós claramente lembramos de várias personalidades que viveram e despontaram nesse período José de Alencar, Carlos Gomes, Machado de Assis, Mauá, Debret. Mostra também o quanto o Brasil empurrou com a barriga a questão da escravidão. Como fazia leis que mais mascaravam do que melhoravam a idéia do país no exterior.
Essa foto é de D. Pedro II com a família em Petrópolis, uma das últimas tirada antes de voltarem a Portugal. Na foto estão: a imperatriz, D. Antonio, a princesa Isabel, o imperador, D. Pedro Augusto (filho da irmã da princesa Isabel, d. Leopoldina, duquesa de Saxe), D. Luís, o conde D'Eu e D. Pedro de Alcântara (príncipe do Grão-Pará).

Anotei vários trechos de As Barbas do Imperador - D. Pedro II, um monarca dos trópicos de Lilia Moritz Schwarcz:
“Há muitos anos atrás, em um reino bem distante, vivia um imperador mais conhecido por seu orgulho e elegância do que por seus feitos e atos de bondade.”

“Foi d. Pedro II quem, logo após o seu banimento, resolveu “doar ao Brasil” sua coleção particular e a ela deu o nome da esposa, recém-falecida no exílio: Coleção Teresa Cristina Maria. São mais de 20 mil fotos, retratos, óleos, xilografias e litografias distribuídos entre órgãos públicos da sua corte; Biblioteca Nacional, Arquivo nacional, Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e, mais tarde, no Museu Imperial de Petrópolis.”

“Como se vê por meio desses e de outros autores,o romantismo no Brasil não foi apenas um projeto estético, mas também um movimento cultural e político, profundamente ligado ao nacionalismo.”

“No final do século XVIII, pouco antes da revolução que convulsionou o todo o mundo ocidental, a elite francesa adotou algumas regras e padrões à mesa, assim como regulou condutas e posturas para os locais públicos e, sobretudo, de grande convivência social.
É certo que tais regras não têm origem nesse momento e apenas na corte francesa, mas é lá que, em nome da “etiqueta” e da “civilidade”, começou-se a normatizar dos grandes aos pequenos detalhes da vida social cotidiana.”

Música do post: Carlos Gomes - Quem Sabe (Francisco Petrônio)




Beijos,

Pedrita

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Brasil brasileiro


Fui a exposição Brasil Brasileiro no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Vocês lembram que fui a esse espaço assistir O Carnaval dos Animais e me deparei com essa exposição gratuita maravilhosa! Não deixem de ver! É de tirar o fôlego. Além de ser muito colorida, alegre e bela! São 174 pinturas de 69 artistas plásticos, de 58 coleções particulares e públicas que ficam em todos os andares do CCBB, subsolo, térreo, primeiro, segundo e terceiro. A curadoria é de Fábio Magalhães e a concepção de Nelson Leirner. A exposição está dividida em temas: Nossa Terra, Nossas Lutas e Nossos Sonhos.

Obra Roda (1942) de Milton DaCosta
São vários artistas de períodos, escolas e tendências diferentes como Alberto da Veiga Guignard, Aldemir Martins, Alfredo Volpi, Benedito Calixto, Cândido Portinari, Cícero Dias, Emiliano di Cavalcanti, Heitor dos Prazeres, Lasar Segall, Tarsila do Amaral, Waldomiro de Deus, entre outros.
A montagem está muito bonita, as paredes foram pintadas coloridas, escritas com trechos de música brasileira, sim, há uma trilha sonora que nos acompanha enquanto vemos as belíssimas obras.

Obra Cinco Mulheres em Guaratinguetá (1930) de Di Cavalcanti

Perdi o fôlego quando vi essa obra do Di Cavalcanti na mostra. Adoro essa tela e ver pela primeira vez ao vivo foi emocionante. Eu tinha inclusive ilustrado o post do livro Vestido de Noiva com essa tela. Reconheci várias obras que são do acervo da Pinacoteca e gosto muito. Gostei muito também de ver obras de Aldo Bonadei. Tenho uma amiga que comentava sempre sobre as telas desse pintor, já tinha visto fotos na internet, mas ver ao vivo é uma emoção muito, mas muito diferente.

Foi muito difícil escolher umas telas para ilustrar esse post. A exposição é magnífica, que eu não sabia quais escolher. A mostra fica até dia 4 de janeiro. E é grátis!

Música do post: Luiz Gonzaga - No meu pé de serra


Beijos,

Pedrita

domingo, 7 de dezembro de 2008

O Carnaval dos Animais

Assisti ao espetáculo O Carnaval dos Animais no Centro Cultural Banco do Brasil, baseada na música e na história de O Carnaval dos Animais de Camille Saint-Saëns. O Giramundo Teatro de Bonecos montou um belíssimo espetáculo. Eles entermearam a música com os bonecos e os atores. Os bonecos do Giramundo são geniais, a forma como eles movem os bonecos é sensacional. Os bichos ganham vida e eram maravilhosos. O rei da floresta, o Leão, resolve fazer uma festa, mas nenhum animal de boca grande pode participar. O jacaré e o sapo tentam a todo custo entrar na festa. O palhacinho da foto é o que nos conta o que vai acontecer.

Eu adoro a Hipopótama que dança maravilhosamente! Outros bonecos que adorei foram as crianças pianistas e o balé do Lago dos Cines interpretado pelos avestruzes. O Giramundo é sensacional, de uma brilhantismo maravilhoso, eles são de Minas Gerais. Ainda terão duas apresentações hoje, no domingo, mas me disseram que já estavam lotando os espetáculos que custam somente R$ 6,00 a inteira, criança e idosos pagam meia-entrada. Esse espetáculo é da série Contos Clássicos que trará todos os fins de semana apresentações com histórias infantis musicalmente escritas por grandes compositores.
Música do post: Camille Saint-Saëns - The Aquarium
De O Carnaval dos Animais




e

Beijos,

Pedrita