Papillon seria um prisioneiro acusado injustamente. Ele não teria morto uma pessoa. Papillon era um grande ladrão de cofres, então, particularmente, eu acho difícil que nunca tivesse cometido crimes. Pode ser que naquele caso específico não tenha sido ele, mas vai saber também. Demorei muito pra ver o filme, parece filme de super herói. Não curti nada Charlie Hunnam, não consegui torcer por ele, até porque já no início duvidei de sua história. Seu parceiro é interpretado por Rami Malek.
Porque eu fui buscar informações sobre essa adaptação, acabei achando uma matéria de 2015 que diz que há grande probabilidade do livro ser de outro fugitivo, René Belbenoît, não de Henri Charrière. Os dois se conheciam. Belbenoît escreveu muitos livros falando das prisões, com histórias do que viveu. Quando escreveu Papillon confiou a Charrière que levasse para ser publicado. Charrière esperou Belbenoît morrer, colocou mais um personagem do livro, era só um fugitivo e publicou como dele. Inclusive Belbenoît refugiou-se no Brasil. Tem uma matéria que dá muitos detalhes aqui.
Pelo menos o livro Papillon fez esses presídios da Ilha do Diabo na Guiana Francesa serem desativados. A Europa sempre gostou de depositar presidiários, lixo eletrônico, em países pobres. Irônico porque deixam inúmeros imigrantes em acampamentos ao lado de suas fronteiras, mas queriam que outros países lidassem com seus criminosos, já que muitos fugiam. O estilo de prisão que ficou Papillon é daquelas que não conserta ninguém, muito pelo contrário. Também por ser em um lugar isolado permite todo o tipo de sadismo de seus diretores e funcionários, liberando o pior do ser humano.
Esse post ficou bem mais interessante que essa adaptação, que é bem ruinzinha.
Beijos,
Pedrita