sexta-feira, 8 de agosto de 2008

1408

Assisti 1408 (2007) de Mikael Hafström no Telecine Premium. Tinha curiosidade de ver esse filme porque gosto do gênero, é baseado em uma obra do Stephen King e gosto do John Cusack. Realmente o roteiro é interessante, mas a sensação que fica é que não funcionou. Parece que perderam as sutilezas e por algum motivo o filme não gera tensão alguma.

Como em O Iluminado há um quarto assombrado. Nosso protagonista estuda efeitos paranormais em quartos de hotéis, já escreveu vários livros sobre o assunto e é convidado para estudar um em um hotel que tem como gerente o personagem do Samuel L. Jackson. O escritor é um fracassado. Teve um grande livro no início, mas começou a escrever outros para ganhar dinheiro somente.

Desde que o hotel existe conta-se que umas 56 pessoas já morreram no quarto 1408. O gerente não permite que mais ninguém se hospede nesse quarto que fica no 14º andar, em um hotel que não tem o 13º. Nosso protagonista insiste e acontecem muitas coisas sinistras no quarto. Confesso que até agora não entendi porque não funcionou. A trama é boa, os atores são bons. É estranho, mas não deu tensão alguma.
Outros do elenco são: Jasmine Jessica Anthony e Mary McCormack.

O compositor da trilha sonora é Gabriel Yared. Uma música do The Carpenters apavora direto nosso protagonista, vou colocar ela aqui.

Música do post: Karen Carpenter - (They Long To Be) Close To You
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Youtube: 1408 Trailer




Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O Fator Humano

Terminei de ler O Fator Humano (1978) de Graham Greene. Eu adoro esse autor, comprei esse livro em um sebo por R$ 6,00 e é do Círculo do Livro. Não é a capa da foto. É a imagem de um filme. Fui pesquisar e há um filme baseado nessa obra dirigida pelo ótimo Otto Preminger que quero assistir. As obras desse autor são em geral sobre espionagem. Gosto muito desse escritor que foi jornalista e pela profissão viajou e morou em vários países que mal conhecemos. Há obras dele inclusive que falam da Cuba antes de se tornar comunista, do Hawaí. Normalmente países que estavam naquela época em decadência. O Fator Humano é ambientado em Londres, mas nosso protagonista veio fugido com sua mulher e filho da África do Sul. Ele era espião por lá, se apaixonou por uma africana e fugiram. É interessante porque ela tem um filho que não é dele, mas ele assumiu.

Obra Interior com Figuras (1977) de Howard Hodgkin

Nosso protagonista vai trabalhar em um departamento burocrático de espionagem. Seus superiores acham que há um espião entre eles e começam a investigar. É novamente mais uma obra do autor que mostra a hipocrisia das regras de espionagem, de critérios cheio de preconceitos e dúvidas, mas com muita certeza de execuções. Ele escreve de forma sublime o preconceito velado ou mesmo escancarado a mulher negra de um dos seus.



Obra Small Yellow (1973) de Patrick Heron

Trechos de O Fator Humano de Graham Greene:

“Desde que ingressara na firma, como um jovem recruta, há mais de trinta anos, Castle sempre almoçava num restaurante atrás da Sr. James´s Street, não muito longe do escritório.”

“Buller estava lambendo as chamadas partes íntimas com o mesmo prazer de um conselheiro municipal a tomar sopa.”

“E ele pôs na vitrola A hard day´s night.”

As telas são de pintores ingleses do período que foi publicado a obra.

Música do post: 08_Strawberry Fields Forever (Lennon_McCartney)
Youtube: A Hard Day's Night






Beijos,
Pedrita

terça-feira, 5 de agosto de 2008

O Homem que Enganou a Morte

Assisti O Homem que Enganou a Morte (1959) de Terence Fisher no Telecine Cult. Eu adoro esses filmes de terror desse período. Eram realizados praticamente em série, com baixos orçamentos realizados pela produtora Hammer. Há duas cenas esfumaçadas externas. Todas as outras utilizam praticamente quatro ambientes. Me surpreendi com o ótimo roteiro de O Homem que Enganou a Morte. É muito bem coordenado e inteligente. E o elenco é muito bonito. O Homem que Engana a Morte é interpretado pelo lindíssimo Anton Diffring. A bela mulher apaixonada por ele é interpretada por Hazel Court. Outros que contracenam com eles são: Christopher Lee, Arnold Marle e Delphi Lawrence. Apesar da foto pxb, o filme é colorido.

O roteiro é de Barré Lyndon e conta a história de dois médicos que descobriram uma forma de rejuvenescer e se manterem vivos por anos. Nosso protagonista está com 104 anos, mas tem esse aspecto do pôster. Ele precisa fazer logo uma cirurgia. Enquanto não consegue toma uma poção, cheia de fumaça e mistério que o mantém novo até a cirurgia. A trama é muito bem feita. Me diverti quando ele envelhece no final e os efeitos são terríveis. Ele parece uma múmia, sendo que com 104 anos não envelheceria tanto. É bem divertido! Mas independente desse lado fake, o roteiro é muito engenhoso e inteligente. Gostei muito!
Música do post: Peter Lorre - Nobody Loves Me - Suspense Radio Drama (08-30-45)



Youtube: The Man Who Could Cheat Death (Hammer 1959)

Beijos, Pedrita

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Blade Runner - Documentário

Assisti Blade Runner - Documentário (2007) de Charles de Lauzirika no Telecine Cult. O nome original é Dangerous Days: Making Of Blade Runner. Dangerous Days era o nome inicial desse filme. Fazia tempo que o 007 insistia que eu visse na programação do canal, mas nunca conseguia. Tinha também curiosidade de entender todo o processo. Produção de filmes é sempre complexo. Há muitas questões envolvidas. E filmes de ficção científica custam muito, imagino que a pressão deva aumentar. Achei interessante saber que Blade Runner foi um dos últimos filmes de ficção científica com tecnologia analógica. Os efeitos especiais, alguns anos depois, recebiam a facilidade digital que melhoravam não só na qualidade visual, como facilitavam a produção.

No início eles contam como escolheram o roteiro pelo livro de Philip K. Dick. A idéia inicial era fazer a trama toda em ambientes fechados. Foi quando Ridley Scott aceitou ser o diretor é que ele começou a pensar em externas. Gostei bastante do documentário. Entrevistaram vários que participaram do projeto, os atores, e como foi o documentário foi realizado em 2007, eles mostravam imagens da cena de Blade Runner de 1982, com comentários.
Também mostraram e mencionaram várias cenas que não foram para a versão final, já que a primeira edição trazia um filme de 4 horas. E que havia na época, hoje um pouco também, que os filmes deviam ter no máximo 2 horas de duração.
Música do post: VANGELIS - BLADE_RUNNER

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Youtube: Blade Runner - Dangerous Days - Making Blade Runner -Trailer



Beijos,
Pedrita

domingo, 3 de agosto de 2008

Escola do Riso

Assisti ao filme japonês Escola do Riso (2004) de Mamoru Hosi no Telecine Cult. Como sempre faço, eu tinha anotado os filmes que desejava ver naquele dia. Haviam vários, mas estava na duvida qual escolher. Até que minha irmã comentou que eu não perdesse esse, que ela tinha visto no cinema e amado. Ela tem razão, é simplesmente maravilhoso! Entre os grandes filmes que já vi. Inteligente, criativo e sensacional!

Ambientado no Japão, em 1940, nosso protagonista é um censor. Ele foi escolhido porque não tem senso de humor algum e portanto, será bastante rígido na censura. O filme é praticamente com ele e o autor de uma peça da casa de espetáculo Escola do Riso. Interminavelmente, dia após dia, o censor coloca regras rígidas para aprovar o texto.

O roteiro, baseado na peça de Koki Mitani, é muito inteligente. Eu tinha a sensação que já tinha visto o protagonista em outro filme. E realmente vi, Kôji Yakusho está no elenco do maravilhoso Babel. O roteirista de comédias é interpretado por Goto Inagaki.Basicamente o filme é todo só com os dois na sala da censura debatendo o texto. Outros poucos atores aparecem de vez em quando, mas a maioria mesmo é os dois comentando o texto. Genial!
Apesar da crítica a censura, o filme mostra que não é somente a política que coloca regras, algumas até mesmo prepotentes. Donos de teatro, contratos, delimitam também a arte do roteirista, segundo obrigações nada democráticas!
A trilha sonora é muito divertida e é de Yûsuke Honma. Não achei nenhuma música específica do filme, mas vou deixar uma do compositor pra ilustrar o post.


Música do post: YuYu Hakusho - Struggle Of Sadness (Composed By Yusuke Honma)

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Beijos, Pedrita