sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Hyacinth

Assisti Hyacinth (2021) de Piotr Domalewski na Netflix. Eu costumo ir na busca procurar por filmes por países, esse é polonês e está como Entre Frestas no Brasil. O filme é inspirado na Operação Jacintho que começou em 1985, quando o governo passa a perseguir, prender e exterminar homossexuais. Fui pesquisar sobre a época e descobri que a Polônia ainda é acusada de homofobia, tem uma infinidade de restrições a homossexuais. Na época da Operação Jacintho, prendeu sem provas, torturou, chantageou e matou inúmeros homossexuais, levando-os a irem pra clandestinidade. O roteiro do filme é de Martin Ciaston.

O protagonista é um policial, noivo de uma bela jovem e filho do chefe de policia. Ele tem que investigar um assassinato e se infiltra entre homossexuais para tentar descobrir o que aconteceu. Seu parceiro espanca até a morte um rapaz e diz que ele confessou tudo e que foi ele. O jovem policial se revolta, diz que sob tortura qualquer um confessa qualquer coisa e que vai continuar investigando. O pai diz que é assunto encerrado, caso encerrado e o proíbe. Tomas Zietek está muito bem. A noiva é Adrianna Chlebicka. O pai é Mareke Kalita.
Claro que o jovem se rebela e passa a investigar por contra própria. Ele arruma em uma sala meio "escondida" na própria polícia, a inocência dele às vezes me incomoda e passa a se infiltrar cada vez mais entre os homossexuais. Infelizmente ele vai entendendo tudo, toda essa operação nefasta, essa violência. O filme é muito triste.

Os jovens são um mais lindo que o outro. Os personagens eram na maioria estudantes universitários, recrutados por um professor para participar das festas. Arek é Hubert Milkowski.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 30 de julho de 2025

Ruptura - 1ª Temporada

Assisti a 1ª Temporada de Ruptura (2022) de Dan Erickson na AppleTV+. Eu queria demais ver essa série, adoro projetos complexos, meio irreais. O gancho pra segunda temporada é impressionante e quero logo ir pra ela. Imagino a ansiedade quem teve que esperar a segunda.

Nós sabemos mais da história do Mark pelo ótimo Adam Scott. O elenco todo é incrível. No começo ele é o único que sabemos da vida dele fora da empresa. Ele conta em uma reunião que após a morte da esposa, ele aceitou fazer a ruptura e ir pra essa empresa. Na ruptura, eles nada sabem da vida deles fora. É no elevador que a mágica trágica acontece. Sempre que eles chegam no trabalho eles nada lembram da noite anterior. Eles só guardam o que acontece na empresa que é pra lá de surreal. Helly de Britt Lower é a última a integrar a equipe, ela aparece sem memória em uma sala e tenta fugir do trabalho várias vezes. Mostram inclusive ela gravando um vídeo que concordava com a ruptura, mas ela faz um inferno pra sair dali.
O trabalho é altamente imbecil. Eles precisam juntar números. Se fazem a tempo eles ganham presentes, comemorações, tão idiotas quanto o trabalho. Dylan de Zach Cherry ama os prêmios e suas guloseimas. Os líderes não fizeram a ruptura. É quase um guarda o personagem de Tramell Tillman.
A história de Burt e Irving emociona. E são os maravilhosos Christopher Walken e John Turturro. Burt é de outro departamento, cuida de obras de arte. Eles se conhecem por um acaso e Irving passa a fugir do seu departamento para visitar o amigo. As regras da empresa são insuportáveis. 
Há uma série de punições aos indisciplinados, tudo com cara de acolhimento, reflexão, mas tudo é pavoroso. Dichen Lachman realiza um deles que parece um consultório de psicólogo, mas é lavagem cerebral do mesmo jeito. Gostei muito que a série fala muito do setor corporativo, que robotiza as pessoas, que as aprisiona. Muito interessante o paralelo. A série causa furor e vem levando vários prêmios merecidamente.
Mark não sabe, mas ele vive um inferno do lado de fora. Seu melhor amigo e colega de trabalho Pitey de Yul Vasquez aparece. Ele tenta alertar Mark dos perigos da empresa, fala que tem pessoas do lado de fora que conseguem desfazer a ruptura.
Outra que faz um inferno na vida do Mark é a vizinha que ele não sabe que é a carrasca chefe dele na empresa. Patrícia Arquette está ótima. 
Beijos,
Pedrita

terça-feira, 29 de julho de 2025

Os Encantos da Anima

Assisti a peça Os Encantos da Anima da Confraria da Paixão no Encontro Paulista de Teatro de Grupo na Refinaria Teatral. Gostei muito! Várias enquetes vão se abrindo. Muito simbólica a primeira que fala de conhecer, do medo de conectar-se, bem emocionante! Conseguiram passar muito bem a insegurança ao desconhecido.

Me diverti muito com a Fulana e a Sicrana. Elas vem e vão várias vezes na peça e estão no enterro do amado delas. Tem também uma cena de Romeu e Julieta onde eles são sapatos. Muita criatividade!
Ao final o grupo conversa com o público. O diretor Luiz de Assis Monteiro contou que muitos dos textos vem da cultura popular e que a Confraria da Paixão fica no centro de São Paulo. Os atores desse espetáculo são de Francisco Morato.
O Encontro Paulista de Teatro de Grupo segue até 10 de agosto, sempre gratuito e na sede do grupo Refinaria Teatral.

Beijos,
Pedrita

domingo, 27 de julho de 2025

Coringa: Delírio a Dois

Assisti Coringa: Delírio a Dois (2024) de Todd Phillips na HBO Max. Nossa! Que filme! Absurdamente desconcertada. O primeiro já falava de saúde mental, esse vai tão profundamente no tema, que nos vira do avesso. Porque não é só sobre a saúde mental do Coringa, mas de toda uma sociedade delirante e dilacerante.

Coringa está no presídio depois de todas as barbaridades que fez. Enquanto ele diverte a todos com piadas, está tudo bem. Ele é humilhado, forçado a agradar, desrespeitado, mas enquanto a plateia ri, está tudo bem. Quando ele resolve se rebelar, falar tudo o que está engasgado, ele é violentamente espancado, estuprado e violentado. A advogada (Catherine Kenner) tenta tirá-lo do presídio e levá-lo para uma prisão psiquiátrica, mas a sociedade ensandecida não acha que ele tem graves problemas mentais. A advogada acha que na prisão psiquiátrica ele será tratado melhor, tenho minhas dúvidas. Relações de poder são sempre perversas, ele ia mudar de uma violência para outra. 
Joaquim Phoenix está impressionante, que ator, que entrega. Nesse aparece a igualmente maravilhosa Lady Gaga. O filme é musical! Ela canta demais, mas Phoenix também nos arrebata. As faixas foram pras minhas playlists. Eram músicas incríveis, conhecidas, na versão deles. Eles nos arrebatam. Muitos números musicais são só na cabeça do Coringa, muito bem feitos os cortes, achamos que está acontecendo, até que tudo foi só na cabeça dele. Em alguns momentos até achei que a personagem da Lady Gaga só existia na cabeça dele. O trabalho corporal do Phoenix pro filme é impressionante!
As cenas do tribunal incomodam um pouco, mas acabam sendo fundamentais pra mostrar essa horda de fanáticos por celebridades. Dessa sociedade delirante pelo show, pouco importa se seu ídolo sofre ou não. E achei coerente o dolorido final, não tinha muita saída para o filme porque tudo é trágico. Que filme!




Beijos,
Pedrita