quinta-feira, 15 de agosto de 2019

L’Italiana in Algeri

Assisti a ópera L´Italiana in Algeri de Gioachino Rossini no Theatro São Pedro. Que montagem genial! Fizeram uma adaptação para os dias de hoje e ficou ótima, além de muito engraçada. A direção cênica maravilhosa é de Lívia Sabag, gostei demais também da direção musical de Valentina Peleggi a frente da Orquestra do Theatro São Pedro. O protagonista é Mustafá, ele está cansado das suas esposas, uma sofre coitada a ópera toda. Ele pede que os seus empregados consigam uma italiana pra ele. Stephen Bronk está ótimo como Mustafá.
As fotos são de Heloisa Bortz
O que mais me surpreendeu foi a atualidade da trama. Os países árabes continuam atrasados e machistas. A trama é muito atual. A italiana percebe o homem que Mustafá é, e decide ajudar a esposa apaixonada. Todo elenco é ótimo. A italiana é interpretada por Ana Lúcia Benedetti, a esposa por Ludmilla Bauerfeldt. Incrível o tenor que faz o Lindouro, Aníbal Mancini. Gosto demais do Douglas Hann e do Rodolfo Giulianni. Adorei os cenários Daniela Gogoni. O barco, as casas no deserto, esse de cointeiners, tudo muito interessante e a forma como a direção cênica utilizou o espaço. Tudo parece ter rodinha e o recurso é utilizado de modo muito engraçado na ópera, me diverti muito. A iluminação de Wagner António também é ótima, bem como os figurinos do Fábio Namatame. As óperas trazem legendas. Todas as récitas lotaram rapidamente.


Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

O Quarto de Jacob

Terminei de ler O Quarto de Jacob (1922) de Virginia Woolf da Editora Nova Fronteira. Adoro essa autora e comprei recentemente esse livro em um sebo aqui perto de casa. É o primeiro livro da autora que traz o estilo que a consagrou. É uma narrativa entrecortada, cheias de lacunas, sobre Jacob.

O marcador é um golfinho.

Obra de Matthew Smith

O livro começa com Jacob criança e desaparecida na praia, a família está doida procurando-o e ele está aprontando. Assim vamos acompanhando Jacob até sua viagem a Grécia, mas tudo é fragmento, tudo é lacuna. A orelha dessa edição conta o fim do livro.
Eu estou lendo a biografia do Mao, mas como o livro é muito pesado e com mil páginas, pego livros fáceis de carregar quando vou sair.

Bejios,
Pedrita

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Crazy Rich Asians

Assisti Crazy Rich Asians (2018) de John M. Chu na HBO Go. Eu queria muito ver esse filme pelos elogios que recebeu. Quase todos os envolvidos são orientais. É uma comédia romântica, gênero que não gosto muito, mas queria muito ver por todos elogios e prêmios que recebeu. No Brasil está com o nome de Podres de Ricos. O roteiro é de Kevin Kwan. Uma jovem está com o namorado nos Estados Unidos e ele diz que eles precisam ir no casamento de um parente em Singapura. A namorada não sabe nada da família dele. No aeroporto ela estranha que a companhia os leva para a primeira classe e ele conta um pouco, mas muito pouco da família.

Por sorte ela tem uma amiga em Singapura e a visita antes de ir em uma das festas da família dele  interpretada pela  tima Awkwafina e é rica também. Essa amiga conta que a família dele é riquíssima e a veste adequadamente para a data. O namorado não prepara a namorada para tudo o que ela vai enfrentar. Achei que ele não foi justo com ela, deixando-a despreparada e vulnerável para tudo o que passaria. A família toda da amiga é muito divertida. O pai se veste como Elvis Presley, o irmão é muito engraçado. O começo do filme é bem ágil, inteligente como a tecnologia é colocada, mas depois fica bem convencional.
Interessante que o filme fala muito do universo feminino. Nessa família rica, as mulheres precisam se dedicar aos eventos sociais e abandonar suas carreiras. A jovem não imagina que o namorado é pressionado a largar o seu trabalho nos Estados Unidos e assumir os negócios em Singapura e que sua esposa deve fazer o mesmo. Ela é professora de economia nos Estados Unidos. Aos poucos descobrimos que a mãe dele fazia advocacia em Cambridge, mas que abandonou para se casar. O 007 atentou para um detalhe interessante, o pai do protagonista é mencionado, é um homem de negócios, mas ele nunca aparece. O elenco é incrível. O casal protagonista é interpretado por Constance Wu e Henry Golding. A mãe por Michelle Yeoh e a avó por Lisa Wu.
Outra trama me chamou a atenção. A irmã rica do protagonista é casada com um homem não rico. Ela é referência de moda, todos querem vesti-la, consegue descontos. Para não humilhar o marido, que não tem a mesma situação financeira, ela esconde o que compra ou que consegue em permuta. Ela acaba descobrindo que ele tem um caso. Infelizmente é muito comum homens que tem uma situação inferior a esposa ter ações de auto afirmação que são ofensivas a parceira.

Todas as festas são maravilhosas e culminam no casamento suntuoso e inovador. Um exagero, claro, tudo é exagerado, mas é belíssimo! As locações são lindíssimas! Bem como os figurinos! Crazy Rich Asians foi indicado e ganhou vários prêmios. O filme está disponível no Now.

Beijos,
Pedrita

domingo, 11 de agosto de 2019

Luiz-Ottavio Faria & Amigos Gala Lírica Concert

Fui a Gala Lírica Concert com Luiz-Ottavio Faria & Amigos no Teatro Sérgio Cardoso. Que noite memorável! Que cantores! Que repertório! Luiz-Ottavio é brasileiro, vive nos Estados Unidos e tem extensa carreira internacional. Esteve no Brasil para cantar na ópera Rigoletto e aproveitou para juntar amigos para essa apresentação e cantaram árias, duetos, trios e quartetos. Os amigos eram sopranos Eliseth Gomes e Laryssa Alvarazi, a mezzo-soprano, Elaine Martorano, o tenor Richard Bauer,o barítono David Marcondes e o baixo Matheus França. Ao piano estava Anderson Brenner.


Programa: 

Aria, (Pace, Pace mio Dio) La Forza del Destino - Giuseppe Verdi
Soprano, Eliseth Gomes

Aria, (Tu, che di gel sei cinta) Turandot – Giacomo Puccini
Soprano, Laryssa Alvarazi

Aria, (Mon couer s’ouvre à ta voix) Sansão et Dalila - Camille Saint-Saëns
Mezzo-Soprano, Elaine Martorano.

Aria, (Aria di Improviso) Andrea Chenier – Umberto Giordano
Tenor, Richard Bauer

Aria, (Largo al Factotum) Barbeiro de Sevilha – Gioachino Rossini
Barítono, David Marcondes

Aria, (Il Lacerato Spirito) Simon Boccanegra – Giuseppe Verdi
Baixo, Matheus França

Aria, (Son Lo Spirito) – Mefistofele - Arrigo Boito
Participação do Tenor Richard Bauer com a ária Da Campi dai prati
Baixo, Luiz-Ottavio Faria

Aria, (Eri tu che macchiavi) – Um baile de Máscara – Giuseppe Verdi
Barítono, David Marcondes

Dueto, (Mira, o Norma) Norma – Vicenzzo Bellini
Soprano, Laryssa Alvarazi & Mezzo-Soprano, Elaine Martorano

Aria, (Ella giammai m’ammo) Don Carlo – Giuseppe Verdi
Baixo, Luiz-Ottavio Faria

Duetto, (Il Grand Inquisitor) Don Carlo – Giuseppe Verdi
Baixo, Luiz-Ottavio Faria & Baixo, Matheus França

Quarteto, (Un di, se ben rammentomi...) Rigoletto – Giuseppe Verdi
Laryssa Alvarazi, Elaine Martorano, Richard Bauer, David Marcondes, Matheus França

Canção, (Some Enchanted Evening) South Pacific - Richard Rodgers
Baixo, Matheus França

Canção - So in Love - Cole Porter
Mezzo-Soprano, Elaine Martorano

Canção (Old Man River) Show Boat, - Jerome Kern and Orcar Hammerstein II
Baixo, Luiz-Ottavio Faria

Dueto (Lippen Schweigen – “Labios Silenciosos”) – Viúva Alegre - Franz Lehár
Soprano, Elizeth Gomes
Tenor, Richard Bauer

Canção – (Coração Triste) – Nepomuceno
Soprano, Laryssa Alvarazi

Canção – (O Sole Mio) – Eduardo di Capua e Giovanni Capurro
Barítono, David Marcondes

Dueto – (Bess you is my woman now) – Porgy and Bess, Georg Gershwin
Soprano, Eliseth Gomes e Baixo, Luiz-Ottavio Faria

Final da Ópera Porgy and Bess, Georg Gershwin
(Oh Lawd I’m on my way)
Eliseth Gomes, Laryssa Alvarazi, Elaine Martorano, Richard Bauer, David Marcondes,
Luiz-Ottavio Faria e Matheus França


Beijos,
Pedrita