quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Elena

Assisti ao documentário Elena (2013) de Petra Costa no Canal Brasil. Eu quis ver esse filme nos cinemas, não consegui, fiquei feliz quando entrou na programação da tv a cabo. É ganhador de muitos prêmios:
  • 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro – melhor direção, melhor montagem, melhor direção de arte e melhor filme pelo júri popular, todos na categoria documentários.
  • 28º Festival Internacional de Cinema de Guadalajara – México –  menção especial
  • 9º Festival Internacional de Documentários ZagrebDox – Croácia – menção especial
  • Films de Femmes 2013 – França – melhor documentário
  • 10º Planete+ Doc Film Festival Varsóvia –  Polônia – Prêmio Canon de Cinematografia
  • 7º Cine Música – Festival de Cinema de Conservatória – Rio de Janeiro –  melhor música original
  • 6º Los Angeles Brazilian Film Festival – melhor documentário
  • 35º Festival Internacional de Nuevo Cine Latinoamericano – Havana, Cuba – melhor documentário
  • 40º Festival Sesc Melhores Filmes- São Paulo– melhor documentário (votação do público)
  • 4º Arlington International Film Festival (AIFF) – Estados Unidos – melhor filme

Petra Costa tenta trazer as lembranças de sua irmã. Elena tinha 13 anos quando Petra nasceu. Petra tinha uma grande admiração pela irmã que adolescente foi atriz em um grupo de teatro. Depois seguiu para Nova York porque sonhava fazer cinema. Era uma época que o Brasil fazia um filme por ano, não havia espaço, só mesmo saindo do país para ser atriz de cinema.

O documentário é muito poético, triste e lindo. Petra chega em Nova York com as fitas cassetes da irmã e vários outros materiais. Anda em Nova York ouvindo os relatos da irmã. Elena não escrevia cartas, ela gravava em fitas as "cartas" e enviava para a família. Então o documentário é uma colcha de retalhos com a voz de Petra, de Elena, algumas entrevistas, muita música e muitas imagens. E sim, muitos fragmentos que nunca serão unidos. A trilha sonora é linda! É lindo demais!

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Antonio Carlos de Magalhães e Maria José Carrasqueira

Fui ao recital de Antonio Carlos de Magalhães no cravo e Maria José Carrasqueira ao piano no encerramento da Temporada 2016 do Centro de Música Brasileira no Centro Brasileiro Britânico. Foi uma maravilhosa apresentação com uma riqueza de repertório surpreendente. Inicialmente Antonio Carlos de Magalhães tocou obras raras do século 18 no cravo, vocês sabem o quanto amo esse instrumento. Ele é de Belo Horizonte e trabalha com repertório de pesquisa. Magalhães contou que é muito difícil encontrar partituras antigas. Em geral só acham obras sacras porque ao menos as igrejas guardam um pouco do material. Ele tocou só uma profana que foi achada em um caderno, mas sem saber o autor. Eu adoro as composições do Padre José Maurício Nunes Garcia e não foi diferente com a que o músico interpretou, muito linda. O cravista terminou o recital com obras recentes de Villa-Lobos, João Carlos Rocha e Osvaldo Lacerda.

Manuscrito de Piranga (Século XVIII) - Deus Deus Meus

Manuel Dias de Oliveira (ca. 1735-1813) – Bajulans
           
J. J. Emerico Lobo de Mesquita (1746-1805) - Salve Regina (Antífona de Nossa Senhora) – Larghetto, Alegro Larghetto

Anônimo (ca. 1800) 
Sonata 2ª (Sabará)
Adágio

Luis Álvares Pinto (1719-1789) - Lições XXIII e XXIV

Padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) - Fantasia 2ª

Dom Pedro I (1798-1834) - Hino da Independência

Heitor Villa-Lobos (1887-1959)
Todo Mundo Passa (Cirandinha nº 7)
Carneirinho, Carneirão... (Cirandinha nº 9)
Zangou-se o Cravo com a Rosa (Cirandinha nº 1)
                                                                                             
João Carlos Rocha - Antique

Osvaldo Lacerda (1927–2011)
Sonata para cravo - II- Andantino con moto                                                                   

Brasiliana nº 5 - III. Lundu

Maria José Carrasqueira também tocou um repertório riquíssimo. Dois compositores estavam na plateia, Nilcéia Baroncelli e Fernando Cupertino. Que obras lindas dos dois. Carrasqueira também arrasou na interpretação das belas obras de Osvaldo Lacerda, lindas as Brasilianas. Também adoro Camargo Guarnieri, lindas as valsas. Outro compositor que gosto muito é Ernesto Nazareth, lindas as obras e muito bem interpretadas.

Júlio Reis (1879-1933) - Ondina –Valsa Poética

Osvaldo Lacerda (1927–2011)
Brasiliana nº 2 – Romance, Chote, Moda e Côco                       
Brasiliana nº 3 – Samba, Valsa, Pregão e Arrasta-Pé

Nilcéia Baroncelli (1945) - O Fio de Ariadne (dedicada à Maria José Carrasqueira)

Camargo Guarnieri  
Valsa nº 9
Valsa nº 10

Fernando Cupertino (1960) - 3 Momentos – Saudoso, Andante Lamentoso e Vivo

Lina Pires de Campos (1918-2003) - 7 Variações Sobre “Mucama Bonita”

Ernesto Nazareth (1863-1934)                                                  
Eponina (valsa)
Fon-fon (tango) 
Foi um belíssimo recital, vou ficar com saudades desses concertos. A série só recomeça em março de 2017.
Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O Regresso

Assisti O Regresso (2015) de Alejandro G. Iñarritu no TelecinePlay. Eu quis muito ver esse filme quando estreou nos cinemas, mas quando podia ver só estava em sessões bem tarde. Gosto de ver filmes no cinema perto da hora do almoço. Iñarritu está entre meus diretores preferidos, merecido ter levado o Oscar pelo O Regresso

E eu adoro o trabalho do Leonardo Di Caprio. Ele realmente merecia um Oscar por esse filme e muitos outros porque é impressionante, que grande ator. O Regresso é baseado em fatos reais. Há um livro de Michael Punke que agora quero muito ler que é sobre um homem em 1822 que é caçador da Companhia de Peles Montanhas Rochosas.
Ele acaba sendo atacado por um urso, fica gravemente ferido e precisa ser levado em uma maca pelo grupo. Dá uma agonia tanta neve, água e frio. Ele tem um filho que teve com uma índia que amava e foi morta. O grupo resolve deixar alguns com o enfermo e seguir, com a promessa que eles cuidem do doente. Ficam três pessoas, o filho, um traidor e um rapaz. O traidor mata o filho dele, convence o outro rapaz a abandonarem o doente, tenta enterrá-lo vivo. Claro que esse homem sobrevive e segue em vingança.

Mas com muito, muito sofrimento. Inicialmente ele só consegue se arrastar. Depois um índio o ajuda. Há muitos conflitos entre caçadores de peles americanos, franceses e índios. Uns índios roubam as peles dos americanos para vender aos franceses. E há muita morte e vingança. Lembro de uma entrevista com o Di Caprio onde ele dizia que foram difíceis as gravações, que ele passava boa parte do tempo molhado e com muito frio. Eu imagino porque várias cenas são de água em região de neve. Dá muita agonia.
Nos delírios ele lembra do seu amor que foi interpretada por Grace Dove. O filho por Forrest Goodluck. O traidor por Tom Hardy. O garoto por Will Poulter. O chefe por Domhall Gleeson. Um índio por Duane Howard.

As paisagens são belíssimas e que fotografia feita pelo Emmanuel Lubezki que também levou o Oscar. Mas parece tão frio que é melhor só ver mesmo pela TV.
A Liliane do Paulamar já falou do filme, agora vou lá ler.



Beijos,
Pedrita

domingo, 20 de novembro de 2016

Dia da Consciência Negra

Resolvi fazer um post com negros da cultura que admiro neste Dia da Consciência Negra inspirada no blog Café com Leitura na Rede da Luli Ap.. Começo com as incríveis cantoras irmãs Edna D´Oliveira e Edinéia de Oliveira. Creio que o vídeo fale melhor que minhas palavras.
Amo o filme As Filhas do Vento que comentei aqui com atrizes que amo: Ruth de Souza, Léa Garcia, Taís Araújo, Milton Gonçalves, Maria Ceiça, Dani Ornellas, Thalma de Freitas e Rocco Pitanga.


A maravilhosa escritora americana Toni Morrison que li A Canção de Solomon e comentei aqui.


Sancho com o maravilhoso Jorge Maria no musical O Homem de La Mancha que comentei aqui.

Na literatura o incrível poeta Cruz e Souza que vi o filme e comentei aqui. Cruz e Souza no filme foi interpretado por Kadu Karneiro.

O baixo Luiz-Ottavio Faria.




Sem falar nos documentários e entrevistas sobre o tema. Vou destacar A Negação do Brasil que comentei aqui.

Lima Barreto, onde destaco O Triste Fim de Policarpo Quaresma

O dançarino e coreógrafo Maurício de Oliveira da Cia. Maurício de Oliveira e Siameses. As postagens estão aqui.



Bertolezza na novela Liberdade Liberdade interpretada brilhantemente por Sheron Menezes. Sem falar no Barão e na Baronesa interpretados por Bukassa Kabengele e Dani Ornellas.

A história de Solomon Northurp no livro 12 Anos de Escravidão que originou o filme e foi magnificamente interpretado por Chiwetel Ejiofor. E foi quando descobri a incrivel Lupita Nyong em um personagem dilacerante.

O compositor erudito brasileiro Padre José Maurício Nunes Garcia.

O incrível Faroste Caboclo protagonizado pelo Fabricio Boliveira.



A quase insuportável autobiografia Infiel de Ayaan Hirsi Ali.


A ópera Colombo de Carlos Gomes protagonizada por Sebastião Teixeira.

A série Tenda dos Milagres com um elenco primoroso: Nelson Xavier, Milton Gonçalves, Chica Xavier, Solange Couto, Dhu Moraes, Antonio Pompeo, Toni Tornado, Joel Silva.

A incrível novela Lado a Lado protagonizada por Camila Pitanga e Lázaro Ramos. Tendo ainda no elenco: Milton GonçalvesZezeh Barbosa, Tião D´Ávila, César Mello, Ana Carbatti, Rui Ricardo Diaz, Laís Vieira e Cauê Campos

Já vi uns 10 posts que queria colocar aqui e se for procurar vou achar muitos outros. Vou parar por aqui.
Beijos,
Pedrita