sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A Menina e o Vento

Assisti ao espetáculo infantil A Menina e o Vento de Maria Clara Machado no SESC Bom Retiro. Não conhecia ainda esse novo SESC, gostei muito. E essa peça é linda, me emocionei muito. É um projeto da República Ativa de Teatro, o grupo depois fez contações de histórias e atividades gratuitas para as crianças na área livre do SESC. A Menina e o Vento é uma história linda. A menina conhece o vento e resolve viajar pelo mundo para aprender e admirar as belezas do mundo. É linda e talentosa a atriz que interpreta A Menina, a Vivi Gonçalves.

A peça tem vários momentos engraçados, hilário os personagens do Thiago Ubaldo, ótimo ator cômico. As outras atrizes também são ótimas: Daniely Diniz, Fernanda Oliveira e Thelma Luz. Adorei a história das calcinhas e o treinamento dos policiais de como se vestir para a missão. Os cenários e iluminação de Rodrigo Palmieri são lindos. Gostei da forma como o grupo trabalha com as imagens e animações de André Heib Barbosa, foi bem bonitinho e engraçado as fotos e animações da viagem da Menina.  A trilha sonora também é muito bonita. Infelizmente e vergonhosamente nunca li um livro de Maria Clara Machado, preciso me redimir com a autora. Foi o último dia desse espetáculo. O grupo avisou no final que em breve estarão com outro espetáculo desse projeto por lá.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Raiva

Assisti Raiva (2009) de Sebastián Cordero no Max. Vi pelo controle remoto o nome desse filme, li os detalhes e vim pesquisar na internet para decidir se iria assistir. É uma co-produção entre México, Espanha e Colômbia. Raiva é um filme contundente e incrível, mas dificílimo de ver. Tive que fazer esforço para continuar. A produção é do Guilhermo Del Toro que tenho visto apoiando e produzindo filmes significativos.

Raiva começa com um casal namorando, na intimidade, logo já percebemos um ciúmes um pouco exagerado do namorado dela. Ela é lindíssima! E ela comenta enquanto caminham que dois homens de uma mecânica ela odeia e eles mexem com ela e são preconceituosos com ele. O preconceito aos imigrantes é outro tema abordado. Ela trabalha de doméstica em uma mansão e ele é pedreiro. Vou falar detalhes do filme: Assim que ele a deixa na casa que ela trabalha ele tem uma atitude exagerada e violenta com os dois homens da mecânica. É outra questão tensa e ambígua no filme, todas as pessoas que ele agride nos incomodam, essa pessoas são violentas verbalmente e preconceituosas, é difícil ficar contra esse homem ciumento, chegamos a ter pena dele e esses sentimentos controversos que o filme provoca nos incomodam. Raiva vai seguindo então em caminhos imprevisíveis e que nos dilaceram. Adorei os atores que fazem o casal, Martina Garcia e Gustavo Sanchéz Parra. Raiva ganhou vários prêmios. 

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Camerata Cantareira

Fui ao concerto da Camerata Cantareira no evento do Centro de Música Brasileira na Cultura Inglesa da Vila Mariana. Gostei muito! A regência foi do maestro Andi Pereira que ressaltou antes do programa começar a importância desse concerto dedicado só a compositores brasileiros. Dois estavam na seleta e ilustre plateia, Edmundo Villani-Côrtes e Mario Ficarelli. Foi um belo concerto.


Programa:

Edino Krieger  - Concerto para Viola e Orquestra de Cordas

Edmundo Villani-Côrtes - A Catedral da Sé

Matheus Bitondi  - A História Social das Drosófilas

Mario Ficarelli - Concerto para Violino e Orquestra de Cordas  

Alberto Nepomuceno - Serenata para Orquestra de Cordas

Osvaldo Lacerda - Ponteio nº 2

Osvaldo Lacerda - Serenata para Cordas

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Cheias de Charme

Assisti Cheias de Charme (2012) de Filipe Miguez e Izabel Oliveira na TV Globo. No começo seguia, depois me afastei, mas essa novela tinha um magnetismo incrível. Volte e meia via uma personagem que gostava, parava pra ver e quando percebia, tinha visto o capítulo inteiro. Ágil, alegre, bem editada e com roteiro consistente, Cheias de Charme inovou realmente no gênero. Foi também uma das primeiras vezes que realmente a internet esteve ligada com a trama. Não de forma falsa e sim de forma real. Achei bacana que elas aproveitam a ausência da patroa artista para usar o que ela tinha em casa e fazer o vídeo, além de coerente, é brincadeira comum de que as patroas saem e as empregadas se divertem. A abertura também era linda!

Quando as empreguetes disseram que o vídeo delas estava no ar, lá estava ele, foi trending topic, liderou visitações, e também é uma graça. Achei bem interessante que no final a personagem da Cida escreveu um livro e que a TV Globo lançou o livro realmente. O elenco era ótimo. As empreguetes interpretadas brilhantemente pelas Leandra Leal, Isabelle Drummond e Taís Araújo. Chaynne foi interpretada pela Cláudia Abreu que também brilhou muito. Outro que estava ótimo foi  Ricardo Tozzi, ele parecia canastrão como Fabian. Engraçado que quando o Inácio ficou no lugar do Fabian ele não era tão canastrão. O ator estava incrível. E eu adoro a Leandra Leal, desde o filme A Ostra e o Vento 

Gostei demais também do tema social da personagem da Cida. A mãe era empregada da casa e faleceu, a família alardeava sempre que não deixou a menina ir para um abrigo, que deram casa, comida e estudos, mas faziam desde pequena ela trabalhar sem remuneração. Inclusive no último capítulo explicaram bem o trabalho infantil e escravo tão comum no Brasil. Sempre ouvi sobre famílias que "adotavam" crianças, mas as tratavam como empregadas, exigindo quase um pagamento pela benevolência de dar casa e comida. A personagem da Alexandra Richter falava sempre que deu casa, comida, tratamentos médicos e estudos, como se fosse muito generosa.

Queria muito que a Penha ficasse com o Otto, personagem do Leopoldo Pacheco. Não gostei nada do personagem do Marcos Pasquim que caiu de paraquedas na trama, na verdade de prancha de surf, e muito menos que a Penha ter ficado com o ex-marido interpretado pelo Marcos Palmeira. Embora tenha achado o roteiro bem realista no romance com o surfista. Depois de viverem intensamente a paixão, a vida dos dois geraram intrigas, mas ficou esquisito depois o surfista mudar tão rapidamente para o Rio de Janeiro e pelo namoro ser tão categórico que não podia largar a escola de surf no Nordeste. Também achei meio forçado o personagem do Otto redescobrir a beata, interpretada pela Kika Kalache, e ela virar uma perua.

O elenco todo era ótimo. No núcleo cômico estavam ótimos Bruno Mazzeo, Titina Medeiros, Fábio Lago e Luiz Henrique Nogueira. Adoro os atores que integraram o elenco: Daniel Dantas, Tato Gabus Mendes, Dhu Moraes, Aracy Balabanian, Edney Giovenazzi, Malu Galli, Humberto Carrão, Jonatas Faro, Simone Gutierrez, Rodrigo Pandolfo, Sérgio Malheiros e Tainá Muller. O vídeo das empreguetes pode ser visto aqui.


Beijos,
Pedrita