sábado, 21 de setembro de 2013

Mestres do Renascimento - Obras-Primas Italianas

Fui ver a exposição Mestres do Renascimento - Obras-Primas Italianas no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. A curadoria é da historiadora de Cristina Acidini. Essa é daquelas exposições badaladas, com longas filas e espera. Foi prorrogada e está na última semana. De manhã são as escolas que visitam. Eu acho incrível esse trabalho educativo que o CCBB faz. Não só as escolas vão visitar o espaço como há educadores treinados para falar das obras, período histórico, enfim, informações importantes.
Essa obra é a Virgem com o Menino Jesus entre São João Batista e uma Santa de Giorgione (1477)

Obra Leda e o Cisne de Leonardo da Vinci.

É muito bom poder ver e rever essas obras virtualmente, mas nada é igual ao impacto de ver pessoalmente. Essa obra tem uma profundidade, um jogo tridimensional impressionante. E é enorme. Na tela do computador nós temos uma visão muito parcial do que é realmente a obra. Inclusive a obra do encarte do CCBB é uma tela bem pequena. Só na hora é que sabemos qual é a dimensão. Algumas são muito grandes, são painéis muito grandes.

Obra Aparição dos Crucifixos do Monte Aratat na Igreja de Sant´Antonio di Castello de Vittore Carpaccio (1465)

Essa obra é em óleo sobre tela, mas várias são pintadas na madeira. O CCBB é tão cuidadoso que há textos fáceis de ler e explicativos sobre o Renascimento, sobre as técnicas que foram surgindo. São 57 trabalhos. No último andar tem painéis explicativos sobre algumas obras como a Santa Ceia. E um vídeo incrível mostrando imagens das cidades onde as obras estão abrigadas, as igrejas, imagens das obras nos tetos e paredes e depois closes de algumas delas. Incrível! 

Obra Madalena (1473) de Ticiano

O site do CCBB também é ótimo, mas volto a dizer, nada se compara a experiência de ter a obra na sua frente no seu tamanho original e com suas características de perspectivas. Em outubro a exposição Mestres do Renascimento - Obras-Primas Italianas segue para Brasília. Aqui fica até o dia 29 de setembro, é gratuita. Nas conversas falaram que à noite é mais vazia, não sei até que horas entregam senhas, mas umas 19h30 está mais sossegado. Aos fins de semana a espera é de 4 horas na fila.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Valente

Assisti Valente (2012) de Mark Andrews e Brenda Chapman no Telecine Premium. Eu tinha uma expectativa muito alta dessa animação. Valente é uma menina que foge aos esteriótipos e lutava muito para ser aceita como era. Mas a animação é muito moralista, o castigo que a Valente recebe por ser diferente é muito grande, cruelmente moralista. Um aviso para as meninas que querem ser diferentes. Fiquei chocada. No final eles até atenuam, fazem a mãe e a filha se entenderem e se respeitarem, mas é tudo tão cruel com essa menina que o remendo não conserta.
Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Duo Horizontes

Assisti ao Duo Horizontes nos Concertos Schlochauer na Fellowship Community Church. Eu adoro grupos de câmara e esse recital foi maravilhoso. O Duo Horizontes é composto pela Regina Schlochauer ao piano e Mário Marques na clarineta. Participaram ainda desse recital Mário Rocha na trompa e a jovem Julia Blasioli no canto. Hans Schlochauer fez uma tradução para acompanharmos as letras das canções. O grupo interpretou brilhantemente obras lindíssimas. De Franz Schubert, interpretaram Auf dem strom, com poema de Ludwig Rellstab para voz, trompa e piano, Der Hirt auf dem Felsen com texto de Wilhelm Müller para voz, clarineta e piano e Improviso em La bemol Maior opus 142, nº 2 para piano. Depois de Camille Saint Saëns, Sonata para clarineta e piano. De Richard Strauss, Alphorn com poema de Justinus Kerner para voz, trompa e piano.Foi um belíssimo recital e gratuito.Os Concertos Schlochauer continuam todos os domingos de setembro com outros grupos e repertórios.
Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Eu Não Dava Praquilo

Assisti a peça Eu Não Dava Praquilo de Elias Andreato no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Cássio Scapin faz uma homenagem a grande atriz Myrian Muniz. Eu queria muito ver esse espetáculo. Adoro a atuação do Cássio Scapin e gosto muito da direção do Elias Andreato. Achava incrível a interpretação da Myrian Muniz no cinema e na televisão. Se vi, vi pouco a Myrian Muniz no teatro. Finalmente consegui ver a peça. Eu não conseguia me programar pra ver desde que estreou. Cássio Scapin simplesmente arrasa, esquecíamos que era ela e já achávamos que era a Myrian. O texto é bem inteligente, com muita fala dela mesma, muito engraçado. Eu Não Dava Praquilo conta a vida da atriz que foi ser atriz por um acaso. Fala dos trabalhos na Escola Macunaíma e nas aulas de teatro que lecionou. Eu Não Dava Praquilo fala muito de teatro. As soluções para transformar o Cássio na atriz são ótimas. Muito difícil interpretar uma atriz tão única e Cássio faz com maestria. É incrível! Eu Não Dava Praquilo fica em cartaz até essa semana, mas no final o Cássio Scapin avisou que segue para o Teatro Renaissance em São Paulo.

 
Beijos,
Pedrita

terça-feira, 17 de setembro de 2013

A Coleção Invisível

Assisti no cinema A Coleção Invisível de Bernard Attal. Que filme lindo! Soube desse filme após a morte do excelente Walmor Chagas, onde nas matérias falavam que esse tinha sido o seu último filme e que ainda não tinha sido lançado. Quis ver. O diretor é francês, radicado na Bahia. Depois comecei a ver as matérias e a vontade de ver aumentou. É o primeiro trabalho dramático do Vladimir Brichta no cinema. O ator comentou que já tinha feito muito drama no teatro em Salvador, mas depois que veio para a televisão, o seu trabalho predominou na comédia e que ele queria muito retornar a fazer drama. O elenco todo está excelente.

Outro fator que me fez querer ver é que é baseado em uma história do Stefan Zweig. Eu vi dois documentários sobre esse judeu que comentei aqui, mas não tinha lido as suas obras, que ainda quero ler. O roteiro é incrível. Começa com um rapaz que trabalha com sonorização de casas noturnas. A vida dele muda radicalmente, ele fica perdido e aí um amigo da mãe fala que um alemão quer obras de Cícero Dias. Nas anotações do pai que tinha um antiquário, ele descobre que o pai tinha vendido várias gravuras para um homem que vivia em uma pequena cidade na Bahia, Itajuípe, e ele segue para lá. É na região que foi muito rica na época áurea do Cacau, veio a vassoura de bruxa e destruiu as plantações e a economia da região. Tudo é decadente. Eu vi um documentário sobre o cacau na Bahia e comentei aqui.

Nas entrevistas sobre o filme contaram como a cidade acolheu a equipe e que essa interação acabou resultando em participações no filme como Wesley Macedo. São muito difíceis as cenas do Vladimir Brichta com a Clarisse Abujamra e com a Ludmila Rosa. Não devem ter sido fácil gravar aquelas cenas. O motorista de táxi é interpretado por Frank Menezes. A mãe é interpretada por Conceição Senna. O amigo do pai por Dimitri Ganzelevitch. O funcionário da loja da mãe por João LimaPaulo César Peréio faz uma participação. A Coleção Invisível ganhou Prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular no Festival de Gramado e ainda neste festival, Melhor Atriz Coadjuvante para Clarisse Abujamra e Melhor Ator Coadjuvante para Walmor ChagasA Coleção Invisível é um filme melancólico, lindo, inesquecível!



Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Tavoletta

Fui na exposição Tavoletta de Arnaldo Pappalardo no Museu da Casa Brasileira. O fotógrafo Pappalardo fez ensaios sobre a perspectiva da arquitetura renascentista de Filippo Brunelleschi. A exposição traz fotografias que pensam sobre a imagem. Pappalardo é arquiteto e fotógrafo.

A maioria das fotografias foram realizadas em São Paulo, mas outras foram feitas na Itália, Chile e América do Norte. Há imagens, vídeos, montagens, sons. Tavoletta fica em cartaz até 22 de setembro e a visitação é gratuita.

Vídeo da exposição Tavoletta de Antonio Pappalardo

Beijos,
Pedrita

domingo, 15 de setembro de 2013

Lou&Leo

Assisti a peça Lou&Leo de Nelson Baskerville no Satyros. A peça conta a história de Leo Moreira Sá onde ele mesmo se interpreta. Leo nasceu Lou, mas desde menino já era chamado de Zezinho e não se sentia mulher. É um relato corajoso, já que é o próprio Leo que conta a sua história. E narra não só as dúvidas e abusos que sofreu, mas também as loucuras que fez e geraram consequências complexas.

Essa coragem de se expor, de colocar erros e acertos, é surpreendente. Eu adoro esse diretor e Leo Moreira Sá se entrega com tanta força que a peça é surpreendente. Outra questão abordada é a dificuldade de se colocar no mundo. Transsexual, era julgado também por gays e lésbicas, já que acabou se apaixonando e casou com uma travesti. Leo Moreira Sá contracena com a belíssima Beatriz Aquino. Lou foi integrante da banda Mercenárias, então o espetáculo tem muita música, todos cantam, fazem performances musicais, é ágil e bonito. 
Dois atores fazem ótimas performances, participações e cantam: Lucas Braga e Tom Garcia. Lou&Leo fica em cartaz terças e quartas, nos Satyros até 25 de setembro;

Beijos,
Pedrita