sexta-feira, 30 de junho de 2023

Aqueles que Desejam a Morte

Assisti Aqueles Que Desejam a Morte (202) de Taylor Sheridan na HBOGo. É o segundo filme ruim que vejo em seguida com críticas elogiosas, fico pensando se receberam algo pra falar bem do filme. É bem sofrível! A começar pelo nome.


 

Desde que a Angelina Jolie se deparou com a precariedade da vida em muitos países, ela começou a selecionar melhor os filmes que atua, então achei que seria bom, mas não é. Imagino que ela tenha gostado da trama dela e do garoto (Finn Little). Ela é bombeira florestal traumatizada por um incêndio onde não conseguiu salvar crianças porque se enganou de onde vinha o vento. E que tenha gostado da trama da relação da protagonista com o garoto que precisa de proteção.

Começa com dois homens (Aidan Gillen e Nicholas Hout) entrando em uma casa falando de vazamento de gás e depois a casa explodindo. O filme é muito confuso. Um pai (Jack Weber) começa a fugir com o filho, com o tempo a gente acha que tem a ver com a casa explodida. O motivo? Vão falar no final? Não.

Ele foge com o filho para uma reserva ambiental onde fez um telefonema, mas os vilões vão de avião, interceptam ele na estrada e matam o pai. O menino consegue fugir com uma carta no bolso e com a missão de entregar a alguém que confiasse. Ele claro entrega pra personagem da Jolie, que lê em silêncio e diz que eles tem q ir rápido pra outro lugar. Os vilões botaram fogo na floresta. Outro filme cheio de incoerências. Bem forçadas as cenas do incêndio. Há várias cenas forçadas. A mulher e o garoto passam a fugir na floresta pra ir até a imprensa, porque é pra imprensa o que o garoto precisa falar, dando entrevista para TV. O que? Nunca vamos ficar sabendo, porque o filme acaba antes da entrevista.
Tem um outro casal (Jon Bernthal e Medina Senghore) que se depara com os vilões e passam um mau bocado com eles. Ele é guarda florestal, ela a gente não faz ideia e vai continuar não fazendo. Ela está em gravidez avançada. Um que colocou comentário na internet explicou bem o filme, tudo é pra justificar uma caçada implacável. Essa é a função do filme porque o segredo do pai e da família morta no início nunca vamos saber.
Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 29 de junho de 2023

Vem pro Papai

Eu assisti Vem pro Papai (2019) de Ant Timpson no TelecinePlay. O diretor é da Nova Zelândia. Começa com um rapaz chegando a uma casa isolada em um lugar belíssimo. A casa nem tanto porque está bem detonada. Adoro o ator que faz o filho, Elijah Wood e está ótimo.

Nas conversas vemos que ele foi visitar o pai que não via há muitos anos. O pai é outro ótimo ator Stephen McHattie. As conversas não são muito afetivas, muito pelo contrário. O pai é um debochado grosseiro. Acostumada com filmes de tensão, logo imaginei que o pai tinha mesmo é levado o filho em alguma armadilha. O roteiro tem até alguma originalidade, mas nem tanto. Tem uma crítica que diz que o roteiro é bem ousado, mas não é não. 
Com o desenrolar da trama eu acertei e desconfiei de um fato que se concretiza. O filme passa a ser um bom filme de ação com alguns furos meio bobos. Um personagem pega uma arma de madeira no porta-malas do carro e vai para a casa. O filho se esconde no porta-malas, mas o personagem não volta a guardar a arma no porta-malas que seria bem difícil de ficar em banco ou no chão do carro. E outros pequenos furos. Martin Donavan também está no elenco. 

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 27 de junho de 2023

Açúcar Queimado de Avni Doshi

Terminei de ler Açúcar Queimado (2020) de Avni Doshi da Dublinense. Eu queria muito ler esse livro desde que foi lançado após ler a primeira frase "Eu estava mentindo se dissesse que o sofrimento da minha mãe nunca me deu prazer". Eu debato bastante sobre essa máxima de que mães são maravilhosas e fazem tudo por amor, que não existem mães ruins e um livro que tocasse nesse tema me interessava muito. A autora nasceu nos Estados Unidos, é de origem indiana e vive em Dubai.

O marcador de livros Bailarina Olhando a Planta do seu Pé Direito de Degas que foi publicado pela Folha.

A edição de Luisa Zardo é belíssima. A protagonista Antara gostava muito de desenhar e torna-se uma artista plástica que não acredita em seu próprio talento. A mãe da protagonista começa a ter esquecimentos. A filha percebe que vai ter que passar a cuidar da mãe que sempre a abandonou. A filha conseguiu se libertar da relação, casou, construiu uma família com o marido. E a presença da mãe começa a desestruturar novamente sua vida. Foi um livro que li de forma bem diferente, me fazia querer ler aos poucos, trecho por trecho e ficava muito, mas muito reflexiva a cada pedaço. Bebia cada palavra, parava e ficava muito tempo pensando, até voltar e ir em frente. Degustei cada pensamento, que livro impressionante e profundo!
Obra Mão com Anel (1967) de Paul Thek

Antara é fascinada pelas obras de Paul Thek. Enquanto ela vai tentando administrar o que precisa fazer com a mãe e seu casamento, a obra vai indo e vindo no tempo. Passamos então a conhecer a história de Antara. Há uma constante competição entre elas. A mãe só sabia viver a sua vida e seus conflitos. Volte e meia sua filha era criada por outras pessoas. A mãe vai para um lugar religioso e passa a ter um relacionamento com o líder. Enquanto isso sua filha é criada pelas pessoas do local. O pai também é ausente. Os poucos momentos que tenta proteger a filha duram pouco. Muda de cidade sem avisar, deixa a filha pra trás aos cuidados de outras pessoas. O abandono é constante. São relações muito complexas. Incrível como Antara é cobrada o tempo todo para não ignorar o pai, para cuidar da mãe, mas poucos param pra acolhê-la e entendê-la. Antara parece só ter obrigações.

Obra Abraçando o Infinito de Rooma Mehra

Ela resolve então engravidar do marido, meio sem pensar. Interessante como a sociedade não questiona uma mulher casada engravide, parece natural. Ela resolve engravidar no meio desse caos, no impulso, e todos acham normal, agem como se a gravidez estivesse sendo processada naturalmente. E como acontece muito, só falam da criança que virá e depois do bebê, Antara continua invisível. É um livro muito complexo!


Beijos,
Pedrita

domingo, 25 de junho de 2023

Tinnitus

Assisti no cinema Tinnitus (2022) de Gregorio Graziosi. Tinha muito tempo que eu não ia ao cinema porque os ingressos são muito caros, mas eu não tinha ideia o quanto tinham aumentado. Agora ir ao cinema ficou algo profundamente caro. E esse filme não estava em nenhum cinema que eu tenho desconto. Só costumo ir ao cinema quando a sala por algum motivo me dá 50% de desconto. Mas eu queria muito, mas muito ver esse filme desde que vi uma entrevista da Indira Nascimento, que respirei fundo e paguei o preço exorbitante do ingresso. O filme é sobre atletas de salto ornamental.

É sobre duas nadadoras de salto ornamental. Elas são Joana de Verona e Indira Nascimento e estão impressionantes! Que atrizes! Elas concorrem pelo Brasil e já ganharam muitas medalhas. Uma sofre um acidente pelo zumbido no ouvido Tinnitus.

O filme segue então com essa atleta tentando seguir sua vida sem o esporte. Ela passa a trabalhar como sereia em um aquário. Ficamos sabendo que ela está em um grupo de tratamento experimental e que é casada com o médico. O filme fala muito sobre obsessões, paranoias, perseguições, possessões. Ela vive com o médico em casa, ele não é o marido que é médico, ele é o médico em casa. Beira o insuportável ele decidir e agir como se ela fosse mesmo a cobaia. Ele invade a privacidade dela com as pílulas, sem conversar, como se o fato dela ter aceitado participar do grupo de estudo sobre Tinnutis fosse um aval para que todos decidissem por ela o tratamento sem consultá-la, sem explicar. A cena na banheira com ele enfiando o remédio na boca e ela ainda cheia de dúvidas é muito invasivo, abusivo mesmo.
Claro que a relação desanda, ela volta a saltar e sai de casa. O elenco continua incrível. Alli Willow faz a atleta obcecada pela protagonista. Thaia Perez é a treinadora. Antônio Pitanga é outro paciente do grupo de estudos e ele trabalha no Masp. É muito bom ver São Paulo nas cenas que é um personagem também. A protagonista busca a paz nos sons orientais.
Beijos,
Pedrita