sábado, 14 de junho de 2025

O Desfiladeiro

Assisti O Desfiladeiro (2025) de Scott Derrickson na AppleTV+. Eu não tinha ideia do que se tratava o filme, adoro a Anya Taylor Joy. Ele é Miles Teller. Belo casal! É um filme romântico com ação, roteiro bem coordenado, meio mirabolante demais, bom filme.

Os dois são atiradores de elite. Ele é enviado para uma base em um desfiladeiro, do lado de lá tem outra base igual. Logo imaginamos que ela estará do outro lado. No meio, o desfiladeiro cheio de nuvens. O lugar é deslumbrante. Li que foi realizado na Noruega. Tem outras locações, mas a paisagem belíssima é da Noruega. 
Claro que eles vão se apaixonar né? Sozinhos, isolados, só uma comunicação em textos a distância, lindos, não ia dar outro desfecho. Eu sempre acho engraçado a alimentação mágica desses filmes. O colega que entrega o posto fala que eles tem uma horta, mas tem uns 6 tomatinhos, o cara fica meses no lugar, a horta não tem estufa, o lugar é frio demais que mata qualquer horta, é minúscula e ainda sobra batata pra fazer bebida no alambique. E se a horta fosse suficiente, eles não teriam tempo para as funções militares, porque dá um trabalhão plantar, colher suficiente pra suprir uma pessoa por meses. Até a caça, seriam dias procurando o que comer. Ela consegue um coelho, imagina, mal alimenta um, que dirá dois. Não tem criação de galinhas, porcos, vacas. Vivem de luz mesmo. Nenhum helicóptero vai levar mantimentos desde 1947, eles caçam animais que dificilmente ficam em lugares tão altos e frios. Precisavam de uma orientação melhor pra tanto furo. Devem viver de vento e luz. O filme é interessante porque achamos que vai ficar nisso, cada um no seu quadrado, mas eles vão parar no desfiladeiro embaixo e lá é meio filme de Indiana Jones. Aparecem etapas como de joguinhos, perigos e mais perigos, cenários e mais cenários macabros, mortos-vivos, aranhas gigantes. A cena do jipe é mal feita e forçada, mas no geral tudo funciona.

Sigourney Weaver faz uma pequena participação. Desde o começo sabemos que ela é a mandante de tudo. Bem artificial ela dizer que ela que contratou, ela que vai eliminar. Líderes não se expõe e claro que ela morre, funciona dramaturgicamente, mas é bem fake. Sope Dirisu e William Houston também fazem participações.
Beijos,
Pedrita

terça-feira, 10 de junho de 2025

Vera - 4ª Temporada

Assisti a 4ª Temporada (2014) de Vera no Film&Arts. É a última com David Leon. Ele alegou que tinha outros projetos. É difícil mesmo ficar vinculado a um produto por tanto tempo. Pra Brenda Blethyn é diferente, primeiro porque ela é protagonista e depois porque é muito difícil conseguir projetos pra protagonizar acima dos 40. Ela é a estrela dessa série.

Eu particularmente não tenho muita identificação com nenhum dos seus parceiros. Gosto mesmo é da Vera. E já senti muita falta de alguns de sua equipe, que troca muito. Gosto do legista da 4ª temporada de Kingsley Ben-Adir, mas adorava o anterior. Só um é que sempre o mesmo, o de Jon Morrison. Nessa temporada, o parceiro dela está com dificuldades com a esposa, ela quer ir para uma casa maior, mais luxuosa, e ele não acha que é necessário. Na quinta, Vera diz que o parceiro se mudou com a esposa para uma casa maior e teve mais ambições.
O primeiro episódio é em um trem. O parceiro está com a família e a filha descobre uma mulher morta e fica muito traumatizada. É uma história muito triste.

No segundo um homem é encontrado morto na praia após uma noite de festejos. É uma história familiar de intolerância, ódio e segregação.

No terceiro é um tema recorrente, a caça. A Inglaterra tem a prática abominável de caça recreativa, a rainha mesmo ia se distrair caçando. E esse tema incomoda Vera também. Seu pai empalhava animais. São nesses episódios que vemos o abandono do pai e a tentativa de forçá-la a gostar de caçar. No último um homem é encontrado boiando.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Martyrs Lane

Assisti Martyrs Lane (2021) de Ruth Platt no Max. Porque sábado é dia de fantasminha! Que filme triste e profundo! Continuo triste e reflexiva!

Mais um filme sobre crianças completamente abandonadas. Kiera Thompson arrasa. Ela é Leah. A mãe (Denise Gough)  está catatônica, o pai é pastor e só cuida dos outros. Vive ausente. A irmã (Hannah Rae) mais velha só faz mal a menina. O pai (Steven Cree) ainda diz que a casa é de deus e vive colocando intrusos lá. 

Ele é incapaz de estar presente, e pior, quando ele vai conversar com a menina, fiquei mais tranquila, mas nada, ele fica falando de deus, inferno, anjo, tudo abstrato, com uma criança pequena. Ela se coloca em perigo duas vezes, gravemente, mas nem isso faz eles conversarem com ela, tentar entender o que acontece.

Sim, os problemas dela vem da fantasminha, da linda e talentosa Sienna Sayer, mas o abandono da menina é tanto que ela poderia se colocar em risco pra chamar a atenção. Nem precisava do sobrenatural pra vida da menina já ser assustadora. A irmã monstra adolescente tenta duas vezes contra a vida da outra. e nem é fantasminha. Todos brigam com ela.

É um filme muito triste e novamente sobre uma mãe que após a perda de uma filha, passa anos catatônica e abandonando os outros. São 10 anos desde a morte de uma de suas filhas. Se em um ano a pessoa não consegue minimamente assumir funções básicas, precisa urgente de terapia. E de apoio familiar. Com um marido desse era melhor estar sozinha.
Beijos,
Pedrita

domingo, 8 de junho de 2025

O Trem Italiano da Felicidade

Assisti O Trem Italiano da Felicidade (2024) de Cristina Commencini na Netflix. Mais um filme indicado por Miguel Barbieri em uma relação de filmes para se emocionar. É baseado no livro de Viola ArdoneCrianças da guerra: A história sobre o trem italiano da felicidade.

Eu desconhecia por completo essa história. Entre 1945 a 1952, várias crianças do sul da Itália foram enviadas ao norte para famílias temporariamente. No sul só tinha devastação, fome e escombros, então as famílias registravam as crianças para ir temporariamente viver no norte com famílias adotivas. Algumas ficavam dois anos, outras seis meses. Lá conseguiam comer, acabava a fome. Mesmo que fossem famílias simples, não abastadas, elas tinham roupas, alimentos e podiam estudar. Enquanto o sul tentava se reconstruir.
O filme conta a história fictícia de Amerigo que vivia miseravelmente com a mãe em Nápoles, em 1946. Ele vai no trem da felicidade, todos com muito medo, para famílias do norte. Eles vão para uma zona rural, onde tudo era simples, mas não faltavam alimentos, nem afeto. É lá que ele ganha um violino de um luthier e começa a tocar. A parte da música é bem furada, não entendem nada de música clássica, mas o restante é muito bom. Christian Cervone arrasa. Ele tem duas mães lindas, a biológica de Serena Rossi e a adotiva de Barbara Ronci. É um belo filme e ainda conta história.
Beijos,
Pedrita