sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Limite

Assisti Limite (1930) de Mário Peixoto no Canal Brasil. O que posso dizer? Finalmente! Esse é daqueles filmes que em qualquer festival de cinema, em qualquer rodinha com pessoas que amam cinema, ele pode ser comentado, então é bem chato, bem chato mesmo ficar de fora. Mas eu queria ver integralmente e com qualidade. 

Vi uma versão com a música original de Debussy, ufa. Acho um sacrilégio mudar a música original de um filme. Fico pensando se fariam isso com filmes do Bergman, Truffaut, etc. O único problema é que o sistema de gravar não gravou os segundos finais do filme. Por sorte tem no youtube uma péssima versão reduzida com má imagem, e consegui ver o finalzinho. Todas essas imagens do filme sempre vi, já que é cultuado. Sim, Limite é maravilhoso! Verdadeira obra de arte! Surpreendentemente original até para os dias de hoje. Cortes originais, montagens originais, modos diferentes de filmagens, simplesmente inacreditável!
Três pessoas estão à deriva em uma pequena embarcação, põe pequena nisso. Duas mulheres e um homem. O filme passa a mostrar essas pessoas no limite e também um pouco de suas vidas complexas. As mulheres são interpretadas por Olga Bueno e Taciana Rey. O homem que estava no barco por Raul Schnoor

Fiquei muito surpresa em saber que o Mário Peixoto participou, ele faz o homem sentado no cemitério. O filme foi gravado em Mangaratiba.

Gostei muito de ver as cidades como eram. O filme é bastante contemplativo, então deu pra ver as calçadas, as ruas de terra, casas longe uma das outras, mato em volta, algo muito raro nas grandes cidades. Diferente de muitos filmes da época, é bastante longo, 1h55. 

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

O Físico

Assisti O Físico (2013) de Philip Stölz no Film&Arts. Estou fuçando no Now da Net Claro o que tem pra ver dentro do meu pacote e achei esse filme. Eu tinha amado o livro de Noah Gordon, mas li em outros tempos, com outras visões, então não sabia como ia reagir a essa história hoje. É um bom folhetim, com um ótimo roteiro. Só depois que vi que assisti uma versão compactada, em 2 horas, parece que a versão inicial tinha 3 horas, mas acho que deve ser muito difícil localizar a versão longa. Como Rainha Margot que vi no cinema, nunca mais achei a versão completa que traz um discurso majestoso do rei que foi tristemente reduzido.

É um novelão que poderia tranquilamente ser feito em série com algumas temporadas. Fala muito de obscurantismo, tanto no ocidente como no oriente. Um órfão criança fica fascinado pelos truques do barbeiro (Stellan Skarsgard) e pelas poucas experiências médicas. Mesmo o barbeiro não querendo ele se junta a ele. O rapaz (Tom Payne) aprende tudo o que o barbeiro tem pra ensinar e fica fascinado com um físico que cura o protetor da catarata. Tem umas questões forçadas e desnecessárias, como o rapaz sentir que a pessoa vai morrer naquele dia. Só o fato dele querer saber medicina e ser habilidoso na profissão já estava bom. 
Ele fica sabendo que há uma escola para físicos no oriente, que lá matam cristãos como ele. A viagem dura um ano, então ele vai se transformando em judeu no caminho.

O professor é interpretado por Ben Kingsley, um personagem bem caricato. Spoiler: claro que tudo se resolve a contento sempre na última hora, no último segundo, tudo dá certinho demais.
E claro também que há uma jovem (Emma Catherine Rigby) e um amor proibido.
Fiquei curiosa pra saber se na versão longa tem o encontro do protetor com o físico. O filme termina na Inglaterra de novo, o físico construiu um hospital, mas só sabemos porque uma criança conta ao protetor do físico que segue para reencontrá-lo, o que não acontece no filme. Acho que só essa parte da volta eu queria maior. O resto estava bom do jeito que ficou porque o filme mesmo em 2 horas é logo demais.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Show Do Ancestral ao Eletrônico

Assisti ao show Do Ancestral ao Eletrônico na Casa de Cultura Vila Guilherme - Casarão. Foi meu primeiro show presencial depois de tanto tempo, que sensação estranha. Difícil imaginar que fiquei tanto tempo sem cultura presencial. Ótima banda, Maria Rita Stumpf (vocal), Matheus CâmaraEntropia Entalpia, (multi-instrumentista) e Danilo Andrade (pianista, arranjador e tecladista).

 E ainda  Michelle Abu (baterista e percussionista) e Jovi Joviniano (percussionista). E que repertório lindo, me emocionei com Mata Virgem de Raul Seixas, gosto muito da Cântico Brasileiro nº 3,  Kamaiurá . Maria Rita Stumpf canta muitas músicas humanistas, indígenas e sobre meio ambiente. Michelle Abu cantou uma música indígena também. Jovi Joviano cantou uma consagrada por Clementina de Jesus. Foi um belíssimo show e grátis!
O vídeo é de outro show.



Beijos,
Pedrita

domingo, 31 de outubro de 2021

Os Crimes de Limehouse

Assisti Os Crimes de Limenouse (2016) de Juan Carlos Medina no Telecine. Eu procurava um filme de suspense pra ver e achei esse no Now e não era que estava com a legenda do Pantera Negra? E dublado nem pensar. Então eu baixei o Telecine streaming, aí consegui ver com as legendas corretas, embora minúsculas, não há função pra ajustar o tamanho pra TV.
 

É baseado no livro de Peter Ackroyd que quero ler. Uma jovem é acusada de envenenar o marido. Olivia Cooke está ótima. Um detetive chega a cidade pra investigar assassinatos em série. Bill Nighy interpreta o policial. Daniel Mays o auxilia. Confesso que eu logo desconfiei e realmente acertei, mas é muito bom, daqueles filmes cheios de pistas, personagens interessantes. O detetive é meio incompetente e não descobre nada.
E amei que fala muito sobre teatro. A jovem, apaixonada pelo teatro de variedades, consegue uma função no grupo para ficar com os artistas. Então são muitos números de teatro, circo, comédias. No grupo de teatro estão Douglas Booth, Sam Reid, María Valverde e Eddie Marsan

Beijos,
Pedrita