Saramandaia falou de preconceitos, liberdade e respeito. Com linguagem própria, a maioria tinha "diferencices", como João Gibão que tinha a "corcundice", mas que na verdade eram asas. Sua noiva Marcina, tinha calores, ficava vermelha e soltava fumaça quando se apaixonava. Era virgem porque não tinha conseguido namorar ninguém porque os queimava. João Gibão foi interpretado brilhantemente por Sérgio Guizé. Marcina por Chandelly Braz. Linda a personagem da mãe do João Gibão interpretada pela Renata Sorrah. A tolerância dessa mãe, a forma de ajudar o filho a superar as suas "diferencices" foi contagiante.
Que lindo o amor do Seu Encolheu e Dona Redonda. Vera Holtz e Matheus Nachtergaele arrasaram, o cachorrinho Pingo deles também. Foi muito triste a festa de 25 anos de casamento, onde ninguém apareceu, nem os melhores amigos. A filha foi interpretada por Thaís Melchior que contracenava com André Bankoff. A trama da Dona Redonda foi ampliada e surgiu então a irmã gêmea da Dona Redonda. As roupas modernas, de menina, eram ótimas. Eu amei todos os figurinos de Gogoia Sampaio. Os cenários eram de May Martins, Fernando Schmidt e Claydiney Barino.Os efeitos especiais também eram muitos. E iluminação de William Gavião e Alexandre Reigada era belíssima.Obra de arte!
Gabriel Braga Nunes estava ótimo como Aristóbolo e Débora Bloch como a Risoleta. A cidade toda sabia que ele era Lobisomem, mas ele era discreto, no dia que saiu do armário, todos passaram a evitá-lo. Os diálogos eram ótimos. O padre, interpretado brilhantemente por Maurício Tizumba, foi excomungado por ter casado um Lobisomem. Dona Paradeira, uma parteira preconceituosa, foi interpretada pela ótima Ana Beatriz Nogueira. Seu marido que punha o coração pela boca por Marcos Palmeira.
Todos os casais eram apaixonantes, até mesmo os dos vilões. Lindinho o romance de Stela e Tiago. Adoro a Laura Neiva, tenho aprendido a gostar da interpretação de Pedro Tergolina. Muito bem escrito o conflito da personagem Laura Rosado. Ela tinha uma paixão fulminante pelo malvado Carlito Prata, mas se esforçava pra retomar o relacionamento com o Dr. Rochinha. Ela foi interpretada muito bem por Lívia de Bueno. O Carlito pelo Marcos Pasquim. E o doutor pelo André Frateschi. Eu adorei esse personagem, ele era fascinado pelas "mudancices" de Saramandaia. Achava lindas as asas do João Gibão, e emoção do ator quando as viu foi linda. Ele era fascinado pelas raízes do personagem do Tarcísio Meira.
Como eu me emocionava com o casal Dona Pupu e Belisário. Que amor lindo! Ele só uma cabeça e ela sempre moderna, estimulando o amor do filho com a Risoleta. Os dois foram interpretados por Luiz Henrique Nogueira e Aracy Balabanian. Muito bonitinha a trama da Dora interpretada pela carismática Carolina Bezerra e sua amiga Camila Lucciola. Os casais principais foram interpretados por Lília Cabral e José Mayer e Leandra Leal e Fernando Belo. Adoro a atriz Ilva Niño que fez a braço direito da Vitória. Adorava a turma da barbearia: Zéu Britto, André Abujamra e sua esposa Georgiana Góes. Estava muito bem Val Perre que interpretou o capanga do Zico Rosado. Gostava também do delegado que fez voto de castidade interpretado muito bem por Theodoro Cochrane. Adorei rever a bela Angela Figueiredo. E a braço direito da personagem dela foi interpretada por outra bela atriz, Dja Martins.
E sim, Fernanda Montenegro arrasou como a Dona Candinha e suas galinhas imaginárias. Eram lindas as cenas dela com Laura Neiva e Tarcísio Meira. A sintonia das duas nas cenas era linda! Já estou com saudades de Saramandaia.
Beijos,
Pedrita