sábado, 28 de setembro de 2013

Saramandaia

Assisti Saramandaia (2013) de Dias Gomes na TV Globo. Foi uma brilhante adaptação de Ricardo Linhares da antiga Saramandaia. Direção geral de Fabrício Mamberti e Denise Saraceni. Eu amo realismo fantástico, e Saramandaia foi incrível. Belíssimo cenário, cores, figurinos, elenco, interpretações, ideias. E foi difícil ficar acordada para ver, ainda mais em dias de jogos. Eu tinha que ficar vendo outras programações e zapeando para ver quando começava. Um dia inclusive teve prorrogações no jogo e Saramandaia não apareceu. Mas era tão incrível, que valeu todos os sacrifícios.

Saramandaia falou de preconceitos, liberdade e respeito. Com linguagem própria, a maioria tinha "diferencices", como João Gibão que tinha a "corcundice", mas que na verdade eram asas. Sua noiva Marcina, tinha calores, ficava vermelha e soltava fumaça quando se apaixonava. Era virgem porque não tinha conseguido namorar ninguém porque os queimava. João Gibão foi interpretado brilhantemente por Sérgio Guizé. Marcina por Chandelly Braz. Linda a personagem da mãe do João Gibão interpretada pela Renata Sorrah. A tolerância dessa mãe, a forma de ajudar o filho a superar as suas "diferencices" foi contagiante.

Que lindo o amor do Seu Encolheu e Dona Redonda. Vera Holtz e Matheus Nachtergaele arrasaram, o cachorrinho Pingo deles também. Foi muito triste a festa de 25 anos de casamento, onde ninguém apareceu, nem os melhores amigos. A filha foi interpretada por Thaís Melchior que contracenava com André Bankoff. A trama da Dona Redonda foi ampliada e surgiu então a irmã gêmea da Dona Redonda. As roupas modernas, de menina, eram ótimas. Eu amei todos os figurinos de Gogoia Sampaio. Os cenários eram de May Martins, Fernando Schmidt e Claydiney Barino.Os efeitos especiais também eram muitos. E iluminação de William Gavião e Alexandre Reigada era belíssima.Obra de arte!

 Gabriel Braga Nunes estava ótimo como Aristóbolo e Débora Bloch como a Risoleta. A cidade toda sabia que ele era Lobisomem, mas ele era discreto, no dia que saiu do armário, todos passaram a evitá-lo. Os diálogos eram ótimos. O padre, interpretado brilhantemente por Maurício Tizumba, foi excomungado por ter casado um Lobisomem. Dona Paradeira, uma parteira preconceituosa, foi interpretada pela ótima Ana Beatriz Nogueira. Seu marido que punha o coração pela boca por Marcos Palmeira.

Todos os casais eram apaixonantes, até mesmo os dos vilões. Lindinho o romance de Stela e Tiago. Adoro a Laura Neiva, tenho aprendido a gostar da interpretação de Pedro Tergolina. Muito bem escrito o conflito da personagem Laura Rosado. Ela tinha uma paixão fulminante pelo malvado Carlito Prata, mas se esforçava pra retomar o relacionamento com o Dr. Rochinha. Ela foi interpretada muito bem por Lívia de Bueno. O Carlito pelo Marcos Pasquim. E o doutor pelo André Frateschi. Eu adorei esse personagem, ele era fascinado pelas "mudancices" de Saramandaia. Achava lindas as asas do João Gibão, e emoção do ator quando as viu foi linda. Ele era fascinado pelas raízes do personagem do Tarcísio Meira

Como eu me emocionava com o casal Dona Pupu e Belisário. Que amor lindo! Ele só uma cabeça e ela sempre moderna, estimulando o amor do filho com a Risoleta. Os dois foram interpretados por Luiz Henrique Nogueira e Aracy Balabanian. Muito bonitinha a trama da Dora interpretada pela carismática Carolina Bezerra e sua amiga Camila Lucciola. Os casais principais foram interpretados por Lília Cabral e José Mayer e Leandra Leal e Fernando Belo.  Adoro a atriz Ilva Niño que fez a braço direito da Vitória. Adorava a turma da barbearia: Zéu Britto, André Abujamra e sua esposa Georgiana Góes. Estava muito bem Val Perre que interpretou o capanga do Zico Rosado. Gostava também do delegado que fez voto de castidade interpretado muito bem por Theodoro Cochrane. Adorei rever a bela Angela Figueiredo. E a braço direito da personagem dela foi interpretada por outra bela atriz, Dja Martins.

E sim, Fernanda Montenegro arrasou como a Dona Candinha e suas galinhas imaginárias. Eram lindas as cenas dela com Laura Neiva e Tarcísio Meira. A sintonia das duas nas cenas era linda! Já estou com saudades de Saramandaia.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Quarteto com Músicos da Filarmônica de Berlim

Fui ao concerto do Quarteto com Músicos da Filarmônica de Berlim na Sala Palma de Ouro em Salto, interior de São Paulo. Foi um desses presentes que acontecem na nossa vida que nunca esquecemos. Desses momentos mágicos, com música e músicos de altíssima qualidade. Vieram ao Brasil da Filarmônica de Berlim, o brasileiro violinista Luíz Fílip, o pianista japonês Masayuki Carvalho e o viola alemão, Walter Küssner. Da Alemanha ainda veio a violoncelista alemã Ulrike Hoffman. Eles interpretaram dois quartetos maravilhosos, de Antonin Dvorak (1841 - 1904), o Quarteto para Piano e Cordas nº 2 em Mi Bemol Maior Op. 87 e de Johannes Brahms, (1833 - 1897), o Quarteto para Piano e Cordas nº 1 em Sol Menor Op. 25. Belíssima essa Sala Palma de Ouro em Salto. Foi uma noite memorável, teatro lotado. Inesquecível!
Beijos,
Pedrita

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Piano a 4 Mãos

Assisti Piano a 4 Mãos nos Recitais Eubiose. Apresentaram-se Cristian Budu, brasileiro de pais romenos e Yannick Rafalimanana, francês, com pais de Madagascar. Cristian Budu acaba de ganhar o primeiro lugar no concurso de piano na Suíça. Os dois já ganharam vários concursos.


Espirituosos, alegres, com uma ótima técnica e sintonia, os pianistas interpretaram belas obras. Suíte Quebra Nozes de Tchaikovsky, Dolly de Fauré, Bramhs e Mozart

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Leonie

Assisti Leonie (2010) de Hisako Matsui no Max. Eu tinha um horário que poderia ver um filme, olhei pelo controle remoto, vi esse nome, fui ver as informações, sinopse, elenco, fiquei com vontade de assistir. E que surpresa! Esse é mais um filme secreto, daqueles que se não fosse a tv a cabo e a minha curiosidade nunca teria visto. A diretora é japonesa e o filme é baseado na biografia do arquiteto e escultor Isamu Noguchi (1904-1988) escrito pela japonesa Masayo Duss. Leonie é uma co-produção entre França, Inglaterra, Austrália, Alemanha, Bélgica, Estados Unidos e Japão.

Na verdade o filme conta a história da mãe de Isamu Noguchi, Leonie, uma mulher a frente do seu tempo até nos dias de hoje, corajosa, desbravadora. Ela era formada e procurou um emprego de editora. Era para um poeta japonês muito famoso, Yone Noguchi. A proximidade os atrai e eles tem um romance, mas Yone recebe uma proposta para voltar o Japão e a abandona. Ele não acredita que ela está grávida, acha que é um golpe para retê-lo. Ela então tem Isamu, vai morar com a mãe que vivia do cultivo da terra.

A mãe é outra mulher independente que vive em uma tenda na Califórnia. Percebemos que a mãe sempre estimulou a filha a ter coragem e independência. O pai do Isamu insiste que o menino vá ser educado no Japão, essa mulher segue pra lá e descobre depois de um tempo que é concubina.

Corajosa, abandona mais uma vez o marido que nunca se casou oficialmente, mas continua no Japão. Ela engravida novamente e nós não sabemos de quem e ela faz questão que não saibam, a filha é dela. Novamente ela é corajosa, após insistência do filho, autoriza que ele venha estudar nos Estados Unidos em um internato. Anos depois ela volta para os Estados Unidos. O filho se torna um grande escultor e arquiteto. Emily Mortimer interpreta maravilhosamente essa corajosa mulher. O poeta é interpretado por Shidô Nakamura. O filho é interpretado por vários atores, já que passa por várias fases: Jan Milligan, Bowie Gunn e Tony Brewer. Eu fiquei muito curiosa porque o filme não conta da irmã de Isamu. Vemos ela moça, mas não sabemos que rumo tomou. Nas biografias estrangeiras, ela se tornou uma bailarina de uma companhia. Esse filme é lindo. 
Beijos,
Pedrita