sábado, 30 de abril de 2016

Trinta

Assisti Trinta (2012) de Paulo Machline no TelecinePlay. Eu não tinha muita empolgação em ver esse filme apesar de admirar o Joãozinho Trinta como carnavalesco. Gostei. O filme mostra um período da vida de Joãozinho Trinta até o primeiro carnaval.

Matheus Nachtergaele está incrível como Joãozinho Trinta. Não sabia que o Trinta tinha sido bailarino do corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O filme conta que Trinta veio de São Luiz do Maranhão. A família arrumou um emprego de jornalista, mas ele prestou concurso e entrou para o corpo de baile. Logo percebeu que por ter 1,58 de altura nunca seria solista.

Trinta é convidado para nas horas vagas ajudar nos adereços do cenógrafo que era o Fernando Pamplona, também carnavalesco, interpretado por Paulo Tiephenthaler. A esposa, bailarina solista do municipal, é interpretada por Paolla Oliveira e é grande amiga de Trinta. Trinta sobe no Theatro Municipal até passar a ser cenógrafo de produções de ópera e ter seu nome em destaque nos programas. E é pelo Pamplona que Trinta chega aos barracões. Na Salgueiro, em um desentendimento do carnavalesco com o bicheiro dono da escola, Trinta é convidado a assumir as pressas a função. 

Trinta sofre então grande resistência da escola e o filme passa praticamente todo no preparo desse carnaval e nas desavenças entre Trinta e a equipe. O carnaval emprega muita gente, é uma grande produção, muita responsabilidade, expectativa. Uma mega produção. Liderar e se fazer respeitado não é uma tarefa fácil como em qualquer grande empresa. O personagem do Milhem Cortaz é o que mais tenta prejudicar Trinta, mesmo que isso venha prejudicar a escola. Fabrício Boliveira faz o auxiliar de Trinta que igualmente não acredita no carnavalesco no início. O bicheiro é interpretado por Ernani Morais. O parente de Trinta que tenta tirar o bailarino do municipal é interpretado por Marco Ricca. A mãe de Trinta por Léa Garcia. A destaque da escola que não quer participar da Salgueiro naquele ano por Mariana Nunes. O filme termina com a realização desse desfile que passa mesmo com imagens de carnavais de Joãozinho Trinta. Vários atores fazem participações: Jorge Maya, Vinícius de Oliveira, Augusto Madeira, Tatu Gabus Mendes e Marcello Melo Jr.. Lindos os figurinos de Kika Lopes.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Looper

Assisti Looper (2012) de Rian Johnson no HBO On Demand. Eu não conhecia esse filme, gosto de ficção científica. O começo é meio estranho, mas de repente toma um ritmo incrível e gostei demais. Surpreendente!

Nosso protagonista é um matador. Ele recebe pessoas que são problema no futuro para serem mortas. Até que chega ele mesmo do futuro para ser morto. É nesse momento que o filme dá uma grande reviravolta. Ele do futuro quer matar quem cria todo o problema no futuro que é agora uma criança. Ele do presente se refugia na casa de uma das três possíveis crianças. Ele é interpretado brilhantemente por Joseph Gordon-Levitt. A dona da fazenda é intepretada pela bela Emily Blunt, eu adoro essa atriz. Uma graça o menino que faz a criança interpretado por Pierce Gagnon.

Ele no futuro é interpretado por Bruce Willis. Paul Dano faz uma participação. Alguns outros do elenco são: Noah Segan, Piper Perabo, Qing Xu, Tracie Toms e Jeff Daniels.


Beijos,

Pedrita

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Solilóquios de Shakespeare

Assisti a peça Solilóquios de Shakespeare no Teatro Bibi Ferreira. A direção foi de Hermano Leitão. No período dos 400 anos da morte de William Shakespeare vários eventos aconteceram em sua homenagem. Esse foi um deles e muito especial. Vários atores encenaram textos emblemáticos.
Nessa foto, Gabriel Monteiro.

Eu tinha me esquecido o quanto é maravilhoso ouvir textos de Shakespeare, além de incríveis a atualidade sempre surpreendem. Todos interpretaram vários personagens. Claudiane Carvalho (foto) além de um feminino, interpretou um masculino. Gosto dessa flexibilidade. 

Gosto demais de todos os atores: Luana Martins Roger Rodrigues (foto), Rogerio Favoretto, Rudy Serrati e Viviane Esteves. Hermano Leitão aparece com um personagem. Foi uma única apresentação, que pena, nem posso convidá-los. O ingresso era um quilo de alimento não-perecível para as vítimas das chuvas em Caieiras. 

O teaser é do filme que foi lançado há uns anos atrás, com alguns atores dessa montagem que vi e outros que não estavam dessa vez e comentei aqui.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Nise - O Coração da Loucura

Assisti no cinema Nise - O Coração da Loucura (2016) de Roberto Berliner. Eu contava os dias para esse filme estrear. Desde que começaram as matérias sobre a sua confecção queria ver. Fico sempre muito envergonhada de conhecer tão pouco a história de brasileiros ilustres e fico buscando informações na cultura que preencham minhas lacunas. Minha vergonha aumentou no final do filme quando vi que o diretor Leo Hirzman teria feito três documentários sobre pacientes da psiquiatria na década de 80.

O filme relata o período que a médica vai trabalhar no Engenho de Dentro. Ela vai para uma demonstração das eficácias da lobotomia e dos choques elétricos. Dois médicos vaidosos contam orgulhosos esses "avanços" da psiquiatria. Não sei se os leitores do blog sabem, mas sou há anos contra os manicômios desde que assisti Bicho de Sete Cabeças. Nunca fui a favor dos choques elétricos até porque soube deles pela ditadura militar que utilizavam em seus presos políticos em torturas. Nise diz ao diretor do hospital que não vai conseguir enviar pacientes para esses procedimentos, muito menos realizá-los. Ele diz que só há vaga no setor de terapia ocupacional que ficam enfermeiros, paga mal e não é a altura dela. Nise acaba aceitando. O filme mostra que os médicos acreditavam que a lobotomia e os choques levavam a cura. Nise da Silveira nunca achou que o seu trabalho curaria, mas sim integraria melhor as pessoas no meio que vivem.

Começa então um trabalho muito diferente do que vinha sendo ministrado. Um profissional do hospital sugere aulas de pintura. Nise diz que não há verba para o material. E ele consegue. Os internos começam então a se revelar nas artes, a chamar a atenção de críticos de arte. Os médicos do hospital não gostam do trabalho dela, veem com maus olhos. Glória Pires arrasa como Nise da Silveira, uma mulher de atos contidos, circunspecta. Nise da Silveira foi a única mulher que se formou naquela turma de medicina quando poucas mulheres se formavam no ensino superior. Todos os atores estão impressionantes, inclusive os que interpretam os loucos. Roney Vilela arrasa como Lúcio. Flávio Bauraqui e Fabricio Oliveira também está excelentes. Simone Mazzer está incrível como Adelina, difícil personagem de tanto desprendimento. Alguns outros igualmente brilhantes são interpretados por Julio Adrião, Bernardo Marinho e Claudio Jaborandhy.

Roberta Rodrigues faz a enfermeira, o enfermeiro é interpretado por Augusto Madeira. O que pintava por Felipe Rocha. A estagiária de artes plásticas por Georgina Góes. O diretor do hospital por ZéCarlos Machado. Outros médicos por Michel Bercovitch e Tadeu Aguiar. O marido de Nise por Fernando Eiras. Zezeh Barbosa, Eliane Costa e Perfeito Fortuna fazem uma participação.

O crítico Mário Pedrosa por Charles Fricks. A trilha sonora é de Jacques MorelenbaumNise - O Coração da Loucura ganhou inúmeros prêmios nos festivais internacionais, acompanhei cada prêmio com muita emoção: Melhor Filme e Melhor Atriz - Festival de Tóquio, 2015
Melhor Filme Juri Popular - Festival do Rio, 2015
Melhor Filme Juri Popular, Melhor Trilha Sonora e Melhor Direção de Arte - Fest Aruanda, João Pessoa, 2015
Seleção Oficial - Festival de Gotemburgo, 2016 
Seleção Oficial - Festival de Glasgow, 2016 
Filme de Encerramento - Festival Pachamama, Rio Branco, 2015
Seleção Oficial - Mostra Internacional de São Paulo, 2015

Nise da Silveira adorava gatos. Ela insere cães no hospital para auxiliar no tratamento e estimular a sensibilidade dos pacientes.  Trocava correspondências com Carl Yung. Escreveu vários livros, inclusive o livro Gatos, a Emoção de Lidar que quero ler. Em 1952 fundou o Museu da Imagem e do Consciente no Rio de Janeiro.


Beijos,
Pedrita

domingo, 24 de abril de 2016

Burning Symphony

Assisti ao show da Burning Symphony no SPHarpFestival do Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Esse foi a apresentação que meus tios mais gostaram do HarpFestival do ano passado e eu não tinha conseguido ver. Fiquei muito feliz que eles vieram esse ano de novo e pude conferir. Gostei demais. Nessa apresentação só não participou a bateria. A Burning Symphony toca rock. Não sei se foi para esse show, mas tocaram as obras mais tranquilas de grandes músicos. Tinha tempo que não ouvia a linda Stairway to Heaven do Led Zeppelin. Cada apresentação desse festival trazia uma harpa diferente. A Burning Symphony tocou com uma elétrica, diferente dessa foto. Lindo o repertório. Foi de graça na entrada do CCBB. Estava lotado.

Programa:
Iron Maiden: Fear of the dark, The Wicker man, blood brothers
Metallica: Nothing else matters
Stratovarius: Eagle heart, forever
Pink Floyd: Another brick in the wall
Led Zeppelin: Stairway to heaven 
Black Sabbath: Paranoid
Deep Purple: Smoke on the water
Bruce Dickinson: Tears of the dragon
Kansas: Dust in the wind

Rhapsody of fire: The magic of the wizard's dream

Beijos,
Pedrita