sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Cidade Invisível - 2ª Temporada

Terminei de ver a 2ª Temporada de Cidade Invisível (2023) de Carlos Saldanha na Netflix. Eu amo essa série, amei a primeira temporada. Os personagens são tirados do folclore brasileiro. Essa temporada tem só 5 episódios, lembro de ler sobre dificuldades nas gravações, mas gostei bastante. Os cartazes são deslumbrantes.

Essa começa com a lenda da Matinta Perê interpretada por várias atrizes, uma delas é Letícia Spiller.
Manu Dieguez, que faz a filha do protagonista, está mais linda que nunca. Ela e Alessandra Negrini são lindas demais, em cenas deslumbrantes no Pará. Há cenas em natureza, barcos, lago, muito mágicas.
Elas seguem atrás da pista do pai. É aí que a filha faz um pacto com a Matinta Perê. Muito da série é sombria, à noite e bem escura. Senti falta das cenas na exuberante beleza das matas e do Pará.

A série passa a falar bastante dos povos originários, da preservação da natureza, fiquei profundamente emocionada. Indígenas que passam a lembrar de suas histórias e ver o seu passado de violência e mortes provocadas pelos brancos, pelo garimpo. Nesse núcleo estão Ermelinda Yepário e Zahy Guajajara (Maria Caninana).

Zahy Tentehar integra esse elenco. Eu gosto muito que a série fala que todos nós somos diferentes, que os poderes de cada um não é uma maldição e sim uma dádiva.


As cenas são muito mágicas e bonitas. Fiquei triste que muito provavelmente os personagens da Alessandra Negrini e do Marco Pigossi não seguem pra próxima temporada. Nesse surgem a Mula sem Cabeça (Simone Spoladore), Zaori (Mestre Sebá) e o Menino Lobo (Tomás de França).

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

A Mãe

Assisti A Mãe (2022) de Cristiano Burlan no Canal Brasil. Eu queria muito ver esse filme tão elogiado e premiado. É mais um filme difícil sobre uma mãe que procura seu filho desaparecido. Infelizmente há muitos filmes sobre esse tema no Brasil, já que matar e desaparecer com corpos no país é algo "cotidiano". A vida de Burlan é marcada por tragédias. Seu irmão foi assassinado, seu pai alcoólatra morreu de um acidente e sua mãe de feminicídio.

O filme começa com a última manhã desse jovem (Dustin Farias) com a mãe, a maravilhosa Marcélia Cartaxo em mais uma de suas atuações inacreditáveis. Eles moram em uma comunidade, dormem lado a lado em uma casa digna e muito bem cuidada. Ela vai embora trabalhar, atravessa a cidade pra vender objetos no centro como ambulante e volta tarde da noite já que passa muito tempo nas conduções.
Um amigo aparece e o convence a ir em uma festa que todo mundo queria ir. Depois ninguém sabe dele.

A desolação dessa mãe é dilacerante. Alguns parecem saber de tudo, mas por medo, se silenciam, deixam essa mãe desesperada, sem amparo.
Na escola não é diferente. Culpar mais ainda uma mãe solitária é de uma perversidade assustadora. É uma sociedade cruel, onde todos se abandonam e culpam uns aos outros. Só quando ela ouve no rádio um grupo de mães de filhos desaparecidos, é que ela passa a ter algum acolhimento. O elenco que permeia essa busca tem outros grandes nomes Tuna Dwek, Hélio Cícero, Helena Ignez, Che Moais, Carlos Meceni e Mawusi Tulani

Como disse uma amiga: "meus filhos viraram estatísticas, Pedrita".



Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Todas as Flores - Parte 2

Assisti Todas as Flores - Parte 2 (2023) de João Emmanuel Carneiro na GloboPlay. Como eu amo essa novela. A primeira parte eu comentei aqui. Se a mocinha sofre muito na primeira, nessa não é diferente. Sophie Charlotte está incrível como a doce Maíra que fica amarga, rancorosa e vingativa. Sua mãe sequestra seu filho, ela então começa um plano pra destruí-la. Rouba o seu dinheiro, faz cirurgia nos olhos e passa a ter baixa visão, mas mantém em segredo. Como lidar com bandido é sempre perigoso, ela se prejudica bastante.


 

Humberto, mais canalha que nunca, rendeu bons momentos. Fiquei triste com o desfecho dele. Inacreditável, porque é muito vilão, dá até vergonha querer ele sobrevivendo e se dando bem. Fábio Assunção arrasou. Ele e a dupla com a Regina Casé renderam momentos deliciosos.

A turma da fazenda continua sofrendo horrores. Como  os internos precisam mostrar que colaboram, vários nunca sabemos de que lado estão. Estão ótimos Samantha Jones, Duda Batsow e Luiz Fortes. Muito bom que a grande Denise Weinberg se une ao time. Ela é a grande cientista que faz experimentos e ainda cuida de toda a parte médica dos internos para melhor resultados nos crimes de tráfico de crianças e órgãos. A fazenda tinha algumas forçadas. Quem era indisciplinado era incapacitado por cirurgia e mantido por lá. Custo alto demais manter inúmeros inoperantes que precisavam de remédios, funcionários, refeições. Vendiam os órgãos depois, mas ter tanto interno era esquisito. Mas dramaturgicamente a trama funcionava muito bem. 

Como eu torcia por Mauritânia e Javé, mas era uma relação difícil. Ele tinha uma química forte e uma relação sexual longa com a filha da Mauritânia e o que todos desconfiavam, ainda era pai do filho da jovem, portanto, pai da neta da amada. Thalita Carauta em um dos seus melhores personagens. Gostei muito do Jhona Burjak. Cenas quentes de vários atores não faltaram. No twitter então viviam falando que a Rhodes parecia um motel de tanto casal que namorava por lá. Muitas cenas quentes e instigantes.
Minhas amigas terminaram de ver antes e disseram que gostaram dos desfechos. Eu concordo. Achei muito coerente o final do Pablo. Caio Castro estava ótimo. Abrir mão de uma fortuna não parecia ser o perfil dele. Como a novela falava de tráfico humano, a segunda temporada foi bem tensa, muito até, sofri bastante. Mas não dava pra imaginar que pessoas que trabalhavam há tantos anos com tráfico de pessoas, órgãos, fossem ter ações sem violência. E como a Maíra gostou de ter filho. Gostei muito! Grande novela!
Beijos,
Pedrita