sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

A Casa Monstro


Assisti A Casa Monstro (2006) de Gil Kenan no HBO Plus. Faz tempo que quero ver essa animação, desde que vi que estava nas programações dos canais HBO. É uma graça! Gostei bastante! Estava com receio de não gostar, mas me surpreendeu. Tem umas forçadas no final, uns exageros, mas no geral é uma graça e a animação é muito bem feita.

A Casa Monstro tem umas sacadas muito inteligentes sobre pais e filhos nos dias de hoje. Os pais são muito alienados, carinhosos, mas ainda não perceberam que o filho cresceu, nem são atentos ao entorno. Eles vão viajar no fim de semana e vem a doce babá. Ela vem toda comportada, quer conversar com o garoto sobre os seus conflitos. Aí o menino avisa que os pais já foram, ela muda de roupa, cabelo, coloca música alta no rádio, maltrata o garoto, coloca um amigo que bebe maluco na casa. Mostra bem o quanto os pais são desatentos, não conversam, não ouvem o filho, nem checam melhor a babá em serviço. O bom é que o garoto é inteligente e se protege.

Também adorei quando o pai dá bronca por telefone ao filho que dormiu na casa do amigo sem avisar. O garoto pede desculpas, diz todo doce que ama o pai e desliga. A garota que ele gosta aparece, ele finge ainda falar com o pai e dá uma dura nele. Muito engraçado.

No início o garoto vê o dono da casa em frentepegar mais um triciclo de uma criança que pisa na sua grama. Ele e seu amigo resolvem investigar a casa. É bem divertido! Como disse, no final exageram, um garoto dirige uma escavadeira, outro sobe e fica pendurado em um guindaste altíssimo, muito impróprio, tanto que ia ser realizado com atores e não desenho, mas pela inviabilidade de fazer as cenas, transformaram em animação. Gostei bastante de A Casa Monstro, é bem bonitinho!
Música do post: (Jonny Kaboom) House Trip (É preciso apertar o play)

Beijos,

Pedrita

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Inimigo Íntimo


Assisti Inimigo Íntimo (1997) de Alan J. Pakula no Maxprime. Esse filme é daqueles que todo mundo viu faz tempo, menos você. É mais ou menos. O que vale mesmo é ver os dois belíssimos Brad Pitt e Harrison Ford na tela. No início parecia um filme sobre os conflitos na Irlanda, o grupo revolucionário IRA, mas acaba sendo um filme sobre valores, com a visão americana deles.

O que mais incomoda é querer justificar ações dos personagens com fatos marcantes, pensamento tipicamente americano apesar do personagem do Brad Pitt dizer várias vezes ao personagem do Harrison Ford que essa não é uma história americana. Nosso protagonista viu seu pai ser morto na sua frente no jantar por homens encapuzados. Ele se torna no futuro um revolucionário do IRA. Então ele vai aos Estados Unidos comprar mísseis. Fica escondido na casa de uma família do personagem do Harrison Ford que é um policial e não tem idéia de quem abriga dentro do seu teto. Ele é um policial todo certinho.

Inimigo Íntimo começa então a debater os valores, preconceitos de profissionais, de ações revolucionárias, tudo com a visão forçada do que os americanos acreditam ser a verdade, como se só existisse uma única verdade. A questão do IRA vira pra lá de pano de fundo, mal explicam suas razões, transformam tudo em questões pessoais. O revolucionário parece que será perdoado de seus atos já que não tem culpa de um dia ter visto em criança seu pai ser morto. Como se existissem verdades, lados e justificativas únicas para os fatos. O roteiro de Inimigo Íntimo é bem fraquinho.
Alguns outros do elenco são: Margaret Colin , Natascha McElhone, Julia Stiles, Ashley Carin, Kelly Singer e Rubén Blades.
Música do post: Cranberries - There She Goes (Precisa apertar o play). Gostei muito que no início colocaram uma música do Cranberries que são irlandeses, mas não consegui descobrir qual era, fica essa pra ilustrar o post.
Beijos,
Pedrita

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Máscaras da Commedia Dell´Arte

Fui na exposição Máscaras da Commedia Dell´Arte no Istituto Italiano di Cultura de São Paulo. São mais ou menos 50 máscaras com explicações de materiais, períodos, gostei muito. Também selecionaram livros da biblioteca do instituto que falam da Commedia Dell´Arte como vários de Carlo Goldoni, grande autor de teatro que nasceu em 1707.

Ainda há duas roupas na exposição, uma de Arlecchino e outra de Colombina. A exposição é gratuita e fica até o dia 29 de fevereiro.
As imagens são de Edillaine Schneider.

Música do post: stabat de Giovanni Battista Pergolesi (É preciso clicar no play para ouvir)


Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O Outro Lado da Noite: Filme Noir


Terminei de ler O Outro Lado da Noite: Filme Noir de A.C. Gomes de Mattos. Minha irmã me emprestou esse livro há muito tempo e eu vergonhosamente ainda não tinha lido. Eu queria ler quando tivesse visto mais filmes noir para acompanhar melhor. É um bom livro e foi bom ter esperado. Logo no parágrafo que menciona os filmes que iniciaram o filme noir eu só não tinha visto um. Acabei lendo bem rápido porque não li as sinopses e exemplificações de filmes noir que não vi.


Imagem do filme Pacto de Sangue


Eu desconhecia que haviam controvérsias os filmes que seriam noir. O autor escolheu uma vertente e escreveu o livro baseado nela. Pena que o livro seja estranho na sua estrutura. Há um capítulo Introdução que é o livro e outro com os filmes e resumos. Poderiam tirar o nome Introdução do livro para ser o livro e poderiam ter feito um índice remissivo. Não chega a ser muito completo, nem muito profundo, mas auxilia bastante na compreensão desses filmes.




Imagem do filme Laura

O autor comenta que esses filmes surgiram no período da Segunda Guerra Mundial, parece que nos últimos meses eu tenho visto e lido muitos filmes desse período, é só olharem os posts abaixo. Quando há a desilusão, as mulheres tornam-se mais independentes, as relações ficam mais imprevisíveis com o fantasma da morte. Então os filmes noirs trazem mulheres independentes, lindíssimas e arrasadoras de corações. Há a escuridão das cenas, o patrocínio mais claro dos cigarros, muito consumo de bebida alcóolica. Eu achei que o filme abaixo estaria entre a relação dos filmes noir, mas não achei no livro. Continuo achando que ele se inclui nessas definições. O autor conta que os produtores gostavam muito desses filmes que eram baratos, porque utilizavam praticamente os mesmos cenários anteriores, de rápida realização e bom retorno, motivo que pode ter intensificado a quantidade de filmes noir que surgiram. Também menciona vários escritores que tiveram adaptações de filmes noir como Raymond Chandler.



Imagem do filme A Dália Azul


Eu fiquei surpresa de saber que o filme A Dália Azul teria outro final, mas que os militares não acharam bom para a companhia que o assassino fossem um de "seus" soldados e por isso que o final ficou atropelado e tão tolo.



Imagem do filme Um Retrato de Uma Mulher

Trechos do livro O Outro Lado da Noite: Filme Noir de A.C. Gomes de Mattos:

“Nos últimos anos o filme noir tem recebido bastante atenção no meio popular e acadêmico, mas ainda há muito debate sobre o assunto.”

“Film noir foi a expressão inventada pelos críticos franceses do período imediatamente posterior à Segunda Guerra Mundial para designar um grupo de filmes criminais americanos, produzidos a partir dos anos 40, com certas particularidades temáticas e visuais que os distinguiam daqueles feitos antes da guerra.”


Música do post: george gershwin & lena horne - summertime (É preciso apertar o play)





Beijos,
Pedrita

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Sangue do meu sangue

Assisti Sangue do Meu Sangue (1949) de Joseph L. Mankiewicz no Telecine Cult. É absolutamente genial! É baseado no livro de Jerome Weidman. Começa com um triângulo amoroso. Um homem vai se casar com uma moça de família, mas revê uma paixão fora dos padrões familiares e passa a manter afetivamente as duas histórias. De repente o filme vira completamente, começa então uma história de uma família cheia de intrigas. O pai de nosso noivo é um banqueiro, que começa a ter problemas com o governo americano que proíbe algumas relações de créditos consideradas ilícitas. Em vez de seus filhos ajudarem, três dos quatro começam a fazer de tudo para tirar o banco de seu pai e lutar pelo poder.


Sangue do meu Sangue é um filme muito interessante sobre famílias, educações sem amor que geram inimigos e rancores na própria casa. Gostei demais. O noivo é o único filho que tenta efetivamente ajudar o pai e é interpretado por Richard Conte. O pai é interpretado por Edward G. Robinson. A moça que vira a cabeça de nosso protagonista é a bela Susan Hayward. Os outros três irmãos são interpretados por Luther Adler, Paul Valentine e Efrem Zimbalist Jr..


Sangue do meu Sangue ganhou prêmio de Melhor Ator (Edward G. Robinson), no Festival de Cannes.

Música do post: BILLIE HOLIDAY - I MUST HAVE THAT MAN - É preciso apertar o play.


Beijos,
Pedrita